Anexo:
(Artigo)
http://gaia.org.pt/pipermail/gaia-geral/
2005-January/003725.html
[GAIA-geral]
Sobreviverá a Humanidade ao capitalismo?
Pedro_Jorge_Pereira
Sexta-Feira,
28 de Janeiro de 2005 - 16:35:27 WET
Sobreviverá
a Humanidade ao capitalismo?
O
ponto de não-retorno no aquecimento do planeta, com
períodos
de seca, más colheitas e falta de água,
poderá
ser atingido mais cedo do que os 10 anos até agora
previstos,
revela um estudo publicado em Londres, elaborado pelo Instituto de
Pesquisa sobre Políticas Públicas, de
Londres,
pelo Centro para o Progresso Norte-Americano, de Washington, e pelo
Institute Austrália, de Sydney. O relatório,
intitulado
«Enfrentar o desafio do clima» e elaborado por
centros de
estudos britânicos e norte-americanos, é dirigido
aos
dirigentes do mundo inteiro e a sua publicação,
no
diário Independente, coincide com o
início da
presidência da Grã-Bretanha do G-8.
Dr.
Rajendra Pachauri, o presidente do Painel Intergovernamental sobre
Alterações Climáticas
(Intergovernmental Panel
on Climate Change - IPCC), afirmou, numa conferência, na
Mauritânia, onde estavam presentes 114 governos, que acredita
que o mundo já atingiu o nível de
concentrações
perigosas de dióxido de carbono na atmosfera e apelou a
cortes
urgentes e "muito profundos" nos níveis de
poluição,
se a humanidade quiser "sobreviver". Recorde-se que a
administração Bush colocou Pachauri no seu posto
depois
de a Exxon, a multinacional petrolífera que mais se
opõe
às políticas internacionais de
alteração
climática, se ter queixado do seu predecessor,
considerando-o
"demasiado agressivo".
Pachauri
afirmou ainda que "As alterações
climáticas
são a sério. Temos uma pequena janela de
oportunidade
que se está a fechar rapidamente. Não
há tempo a
perder.". Depois afirmou ao The Independent que a morte
generalizada de recifes de coral e o rápido degelo no
Árctico
o tinham levado a concluir que o ponto de perigo que o IPCC deveria
impedir já tinha sido atingido. Em Novembro de 2004, um
estudo
realizado por cerca de 300 cientistas concluía que
o
Árctico estava a aquecer ao dobro da velocidade do resto do
mundo e que a cobertura de gelo tinha diminuído em
cerca
de 20% nas últimas 3 décadas.
O
gelo está 40% mais fino do que na década de 70 e
poderá
desaparecer pelo fim do século
Como
nota final de pessimismo, recordemos que as actuais
alterações
climáticas são fruto da
poluição emitida
nos anos 60. As décadas seguintes elevaram a
poluição
a níveis cavalgantes, o que apenas nos pode fazer
esperar
efeitos climáticos extremos para o futuro. Estamos, de
facto,
a arriscar a própria sobrevivência da humanidade.
A
pergunta que, agora, se coloca é a seguinte: Ainda iremos a
tempo de inverter esta loucura?
Temperatura
poderá subir 11 graus até meados do
século
O
clima da Terra pode ser mais sensível do que se pensa ao
aumento dos gases com efeito de estufa na atmosfera, concluem os
cientistas que lançaram um projecto para testar modelos de
evolução climática, através
da
colaboração de 90.000 mil pessoas de 140
países.
Dentro de cerca de 50 anos, a temperatura média do planeta
pode aumentar até 11 graus Celsius, dizem os investigadores
hoje na revista "Nature", onde apresentam os primeiros
resultados do projecto Climateprediction.net.
Este
projecto inspirou-se no sucesso do SETI
home,
em que mais de um milhão de pessoas descarregaram da
Internet
para o seu computador um programa que permitia analisar dados
captados pelo radiotelescópio de Arecibo, em busca de sinais
de vida inteligente no espaço. Fazendo "download" de
um programa a partir do "site" http://www.climateprediction.net,
qualquer pessoa pode pôr a correr no computador uma
versão
do modelo climático desenvolvido pelo MetOffice
britânico
(o equivalente ao Instituto de Meteorologia). Cada versão
tem
diferentes parâmetros, que o farão evoluir de
forma
diferente durante o equivalente a 45 anos. Os resultados são
enviados para a Universidade de Oxford.
Distribuindo
estas operações de
computação, os
cientistas puderam testar o equivalente a quatro milhões de
anos de evolução climática. Para isso,
desde que
o projecto foi lançado, em 2003, foram usados o equivalente
a
8000 anos de um computador a fazer o processamento dos dados em
permanência algo que ultrapassa a capacidade dos
mais
poderosos super computadores.
Baseando-se
nos resultados dos primeiros 2000 modelos analisados graças
à
colaboração dos voluntários, os
cientistas
concluíram que, sem cortes significativos nas
emissões
de gases com efeito de estufa, a temperatura da Terra e o
nível
do mar vão subir, explicou David Stainforth, da Universidade
de Oxford e líder do projecto, citado pela agência
Reuters.
As
estimativas do Painel Internacional das
Alterações
Climáticas das Nações Unidas apontam
para que a
temperatura média aumente entre 1,4 e 5,8 graus Celsius
até
2100. O Climateprediction.net prevê
alterações na
temperatura média da Terra entre dois e 11 graus, quando as
emissões de gases de estufa forem o dobro das de antes da
revolução industrial. Esse momento deve ser
atingido em
meados do século XXI.
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"People
say they don't care about politics; they're not involved or don't
want to get involved, but they are. Their involvement just
masquerades as indifference or inattention. It is the silent
acquiescence of the millions that supports the system. When you don't
oppose a system, your silence becomes approval, for it does nothing
to interrupt the system.
People
use all sorts of excuses for their indifference. They even appeal to
God as a shorthand route for supporting the status quo. They talk
about law and order. But look at the system, look at the present
social "order" of society. Do you see God? Do you see law
and order? There is nothing but disorder, and instead of law there is
only the illusion of security. It is an illusion because it is built
on a long history of injustices: racism, criminality, and the
enslavement and genocide of millions. Many people say it is insane to
resist the system, but actually, it is insane not to."
*/Mumia
Abu-Jamal/*
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