Edição #1 - Março de 2006

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Análise Crítica

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 14:58
 
Texto de Opinião por: Filipa M.ª Pereira

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Alterações Climáticas na Perspectiva Sociológica Ambiental

Análise Crítica: Sobreviverá a Humanidade ao capitalismo?

Realizado por: Filipa Mª Pereira nº14274, Monte da Caparica, Outubro de 2005

Cada vez é mais difícil ficar indiferente ás alterações climáticas do nosso planeta, embora ainda não tenhamos feito nada para o evitar a larga escala. O facto dos interesses individuais de cada um se contraporem ao nosso próprio bem comum torna ainda mais difícil alterar as atitudes no nosso quotidiano.

O conhecimento científico permite-nos prever a catástrofe mas não resolve os problemas sociais que implicam as modificações e alterações de comportamentos fase á destruição do nosso mundo do qual somos inteiramente dependentes.

Embora tenhamos hoje presente que os recursos naturais são limitados e que o progresso é limitado pela própria natureza, continuamos a permitir a sua saturação, e muitas vezes só agimos em situações de desespero.

As conferências ilimitadas que têm surgido em torno deste assunto parecem não por termo á poluição e gasto de recursos naturais, são feitos relatórios, implementadas leis e pelo menos no que toca a alguns países como é o caso de Portugal, nada é feito.

Em casos de países industrializados, que são na sua maioria as grandes potências o problema torna-se mais crítico, pois são os grandes poluidores que não querem perder o seu poder económico.

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Encontra-se aqui uma necessidade extrema de mudança de mentalidades e valores, que embora sejam difíceis de ser interiorizados dificilmente saem, pois como podemos verificar os próprios são difíceis de alterar.

A cultura e as necessidades socio-económicas em que cada um está inserido pode facilitar ou dificultar as mudanças, pois elas regem as nossas acções. Deste modo tem que se detectar esses grupos sociais e tentar alterar as suas perspectivas em relação ao futuro da sua própria cultura se nada for feito até lá.

Podemos pensar porque é que certas culturas ou impérios desapareceram de um momento para o outro, que aparentemente eram bem sucedidas em termos de desenvolvimento.

Se aplicarmos as leis de Darwin a nós próprios sabemos que só os mais aptos vão conseguir sobreviver, e que o esgotamento dos recursos naturais vai acabar inevitavelmente com os poderes económicos de algumas potências se não acabar com elas.

A grande tragédia é estarmos todos interligados, pelo menos em termos ocidentais. Não temos as culturas definidas num espaço, encontram-se diluídas pelos meios de comunicação e a rápida passagem de informação através do desenvolvimento informático.

Devido a esta interligação tão coesa devíamos ser capazes de chegarmos a acordos mais rapidamente o que não acontece.

Ainda não se resolveram as nossas diferenças e a encará-las como uma simples diversidade, até porque independentemente da cultura e herança social que se tenha as necessidades básicas são iguais.

No artigo que tenho por base o próprio Presidente do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), afirma que Estamos, de facto a arriscar a própria sobrevivência da humanidade, só isto deveria ser suficiente para mudarmos a nossa forma de agir.

Verifica-se apenas a indiferença, a falta de atenção e desinteresse pelas políticas, culpabiliza-se o sistema mas nada se faz para o alterar.

A nível local, tomando Portugal como estudo sobre o que pensam os Portugueses em relação a este problema das Alterações Climáticas, o que estão dispostos a fazer e o conhecimento que têm, foi realizado em 2003 pelo Observa um Relatório final.

O Relatório revelou que á escala da sociedade portuguesa é preferível continuar a ter os mesmos comportamentos em número mais reduzido, do que alterá-los ou simplesmente deixar de os ter, como por exemplo o uso do transporte individual.

Todas as implementações que possam afectar os rendimentos dos portugueses são rejeitadas, tais como o aumento do preço da electricidade. Deve-se á falta de consciência que temos Termoeléctricas a produzir electricidade através da queima de combustíveis fósseis e que isto não é sustentável.

Em relação ás causas os portugueses não reconhecem os factores mais contribuidores das Alterações Climáticas, mediante isto não é possível terem uma atitude alargada contra o aumento cavalgante deste problema.

Encontra-se o caso de termos politica mas não haver fiscalização, haverem projectos mas a sua aplicação ser inviável devido a falta de cooperação da sociedade.

Tudo parece gritar para uma mudança, que se mantém subjugada aos interesses individuais e desinteresse pela nossa própria sobrevivência, ou seja uma alienação dos problemas transportados para os industriais e poderes políticos presentes.


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Anexo: (Artigo)

http://gaia.org.pt/pipermail/gaia-geral/
2005-January/003725.html

[GAIA-geral] Sobreviverá a Humanidade ao capitalismo?

Pedro_Jorge_Pereira
Sexta-Feira, 28 de Janeiro de 2005 - 16:35:27 WET

Sobreviverá a Humanidade ao capitalismo?

O ponto de não-retorno no aquecimento do planeta, com perí­odos de seca, más colheitas e falta de água, poderá ser atingido mais cedo do que os 10 anos até agora previstos, revela um estudo publicado em Londres, elaborado pelo Instituto de Pesquisa sobre Polí­ticas Públicas, de Londres, pelo Centro para o Progresso Norte-Americano, de Washington, e pelo Institute Austrália, de Sydney. O relatório, intitulado «Enfrentar o desafio do clima» e elaborado por centros de estudos britânicos e norte-americanos, é dirigido aos dirigentes do mundo inteiro e a sua publicação, no diário Independente, coincide com o iní­cio da presidência da Grã-Bretanha do G-8.

Dr. Rajendra Pachauri, o presidente do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC), afirmou, numa conferência, na Mauritânia, onde estavam presentes 114 governos, que acredita que o mundo já atingiu o ní­vel de concentrações perigosas de dióxido de carbono na atmosfera e apelou a cortes urgentes e "muito profundos" nos níveis de poluição, se a humanidade quiser "sobreviver". Recorde-se que a administração Bush colocou Pachauri no seu posto depois de a Exxon, a multinacional petrolífera que mais se opõe às políticas internacionais de alteração climática, se ter queixado do seu predecessor, considerando-o "demasiado agressivo".

Pachauri afirmou ainda que "As alterações climáticas são a sério. Temos uma pequena janela de oportunidade que se está a fechar rapidamente. Não há tempo a perder.". Depois afirmou ao The Independent que a morte generalizada de recifes de coral e o rápido degelo no Árctico o tinham levado a concluir que o ponto de perigo que o IPCC deveria impedir já tinha sido atingido. Em Novembro de 2004, um estudo realizado por cerca de 300 cientistas concluí­a que o Árctico estava a aquecer ao dobro da velocidade do resto do mundo e que a cobertura de gelo tinha diminuí­do em cerca de 20% nas últimas 3 décadas.

O gelo está 40% mais fino do que na década de 70 e poderá desaparecer pelo fim do século

Como nota final de pessimismo, recordemos que as actuais alterações climáticas são fruto da poluição emitida nos anos 60. As décadas seguintes elevaram a poluição a ní­veis cavalgantes, o que apenas nos pode fazer esperar efeitos climáticos extremos para o futuro. Estamos, de facto, a arriscar a própria sobrevivência da humanidade. A pergunta que, agora, se coloca é a seguinte: Ainda iremos a tempo de inverter esta loucura?

Temperatura poderá subir 11 graus até meados do século

O clima da Terra pode ser mais sensível do que se pensa ao aumento dos gases com efeito de estufa na atmosfera, concluem os cientistas que lançaram um projecto para testar modelos de evolução climática, através da colaboração de 90.000 mil pessoas de 140 países. Dentro de cerca de 50 anos, a temperatura média do planeta pode aumentar até 11 graus Celsius, dizem os investigadores hoje na revista "Nature", onde apresentam os primeiros resultados do projecto Climateprediction.net.

Este projecto inspirou-se no sucesso do SETI home, em que mais de um milhão de pessoas descarregaram da Internet para o seu computador um programa que permitia analisar dados captados pelo radiotelescópio de Arecibo, em busca de sinais de vida inteligente no espaço. Fazendo "download" de um programa a partir do "site" http://www.climateprediction.net, qualquer pessoa pode pôr a correr no computador uma versão do modelo climático desenvolvido pelo MetOffice britânico (o equivalente ao Instituto de Meteorologia). Cada versão tem diferentes parâmetros, que o farão evoluir de forma diferente durante o equivalente a 45 anos. Os resultados são enviados para a Universidade de Oxford.

Distribuindo estas operações de computação, os cientistas puderam testar o equivalente a quatro milhões de anos de evolução climática. Para isso, desde que o projecto foi lançado, em 2003, foram usados o equivalente a 8000 anos de um computador a fazer o processamento dos dados em permanência algo que ultrapassa a capacidade dos mais poderosos super computadores.

Baseando-se nos resultados dos primeiros 2000 modelos analisados graças à colaboração dos voluntários, os cientistas concluíram que, sem cortes significativos nas emissões de gases com efeito de estufa, a temperatura da Terra e o nível do mar vão subir, explicou David Stainforth, da Universidade de Oxford e líder do projecto, citado pela agência Reuters.

As estimativas do Painel Internacional das Alterações Climáticas das Nações Unidas apontam para que a temperatura média aumente entre 1,4 e 5,8 graus Celsius até 2100. O Climateprediction.net prevê alterações na temperatura média da Terra entre dois e 11 graus, quando as emissões de gases de estufa forem o dobro das de antes da revolução industrial. Esse momento deve ser atingido em meados do século XXI.

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"People say they don't care about politics; they're not involved or don't want to get involved, but they are. Their involvement just masquerades as indifference or inattention. It is the silent acquiescence of the millions that supports the system. When you don't oppose a system, your silence becomes approval, for it does nothing to interrupt the system.

People use all sorts of excuses for their indifference. They even appeal to God as a shorthand route for supporting the status quo. They talk about law and order. But look at the system, look at the present social "order" of society. Do you see God? Do you see law and order? There is nothing but disorder, and instead of law there is only the illusion of security. It is an illusion because it is built on a long history of injustices: racism, criminality, and the enslavement and genocide of millions. Many people say it is insane to resist the system, but actually, it is insane not to."

*/Mumia Abu-Jamal/*

Referência Bibliográfica:

SCHMIT, L.(2000). Sociologia do ambiente-genealogia de uma dupla emergência, Análise Social, ICS-UL, nº150, 175-210.
PATO, João (2003). As Alterações Climáticas no Quotidiano. Estudo Comportamental de Curta Duração, ISCTE Observa:
http://www.observa.iscte.pt/v2/docs/
Relatorio%20Final%20Alteracoes%20Climaticas.pdf


Nota da redação:
Este é o texto integral, tal como nos chegou ás mãos para esta edição, a ser lançada, na altura, em Novembro/Dezembro de 2005.
 

C'est Paris por vous!

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 15:03
 
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Paris viveu durante algumas semanas, um cenário de guerra. Mas não falamos de uma guerra qualquer. Não são exércitos que se opõem uns aos outros. São populações que se viram contra as autoridades. São jovens, na sua maioria mais novos que qualquer FCTense que causam os desacatos. E quais as razões para assistirmos a uma revolta de que não há memória, desde os acontecimentos de Los Angeles, na década de 80?
Paris sempre nos habituou a grandes manifestações e revoluções sociais, veja-se a Revolução Francesa, e o na altura denominado Terror, veja-se o caso da Comuna de Paris, na segunda metade do século XIX, ou o Maio de 68. Mas nunca se tinha visto, com esta dimensão, uma revolta que, tal como em Los Angeles ou noutras cidades, fosse motivada não por fins políticos mas contra tudo e todos.
Vamos por partes. Uma coisa são os motivos que, inicialmente, levaram aos protestos, outra coisa são as pilhagens, o vandalismo e o terror que grupos de bandidos e oportunistas têm levado a caso. Estes últimos não passam de destabilizadores que, nestas situações, aparecem sempre.
Agora, o que motivou esta situação inicial é que tem de ser estudado.
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643381.jpg Tudo começa com a morte de dois jovens imigrantes africanos, numa central eléctrica, ao fugirem de uma perseguição policial. Acusados de racistas pelas populações imigrantes, as forças policiais, quando os protestos começaram, tomaram medidas que ainda mais justificaram este rotulo, ao destruírem uma mesquita e ao tratarem todo o imigrante como terrorista, como aliás desde o 11 de Setembro alguns governos têm tratado a questão da imigração (lembremos-nos do caso do cidadão brasileiro morto em Inglaterra, no Verão.). Ora tudo isto gerou um descontentamento por parte das comunidades imigrantes, em especial os Jovens, criando-se uma enorme bola de neve, fomentada por comentários racistas de um ministro.
Ora esta bola de neve tem raízes mais profundas do que a lamentável morte dos dois jovens. Estas populações têm sido constantemente votadas à marginalização. Oriundos de países pobres, chegam à Europa em busca duma vida melhor à qual todos os seres humanos têm direito. Acabam por ser explorados, mal pagos, vítimas de discriminações, considerados sempre o bode expiatório do problema do desemprego. São colocados em bairros que são autênticos guetos, que se tornam barris de pólvora, que neste caso acabaram por explodir. Os jovens destes bairros pouca ou nenhuma motivação têm, derivada à situação em que vivem. É obvio que algum dia esta situação aconteceria. A discriminação, o racismo, a xenofobia, os apartheids urbanos, a pobreza e o desemprego só podem gerar estas lamentáveis guerras urbanas.
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E muito se tem falado que qualquer dia acontece o mesmo em Portugal. Com ou sem alarmismos, é algo bem possível. Os sintomas são os mesmos. Lá, como cá a solução não passa por simples cargas policiais. Lá, como cá, é preciso reivindicar e fomentar politicas que combatam a pobreza, que impulsionem Emprego para Franceses (Portugueses, no nosso caso) e Imigrantes com os mesmos direitos, é necessário eliminar o racismo e impulsionar a paz e amizade entre todos, é urgente defender um ordenamento do território que não gere exclusão. Está nas nossas mãos prevenir estes males.

Créditos das fotos: Agências noticiosas Lusa e FrancePress.
 

Cinema e o Mundo que nos rodeia

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 15:14
 
Texto de Opinião por: Ricardo Ferreira

Tive oportunidade de ir por alguns dias à 26ª edição do festival internacional de cinema fantástico do porto, o já bastante conhecido Fantasporto.
É a segunda vez que vou ao Fantasporto, tendo sido a primeira o ano passado, este ano que passou tive a oportunidade de ver nos poucos dias que passei no Porto, filmes de grande qualidade e filmes de qualidade duvidosa, mas acho que disso não há hipótese de fugir, já que gostos há muitos.
O Fantasporto, como festival de cinema fantástico, tem como objectivo promover esse género de cinema, mas não é por isso que filmes menos *fantásticos* não fazem parte do cardápio de filmes apresentados aos cinéfilos que se desloquem ao Porto, o ano passado por exemplo pude ver o Sideways um filme bastante alternativo mas que de *fantástico* não tinha muito.
Outra grande atracção do Fantasporto são os 7 ciclos, ou temáticas, em que os filmes em exposição são divididos, gostei particularmente dos filmes incluídos no ciclo Orient Express, que tenta mostrar que o cinema proveniente da Ásia, que tem visto nos últimos anos um grande aumento na qualidade de filmes, não é só filmes de artes marciais e filmes de terror, mas que também há filme de muita qualidade como por exemplo o Samaritan Girl, um filme Sul Coreano de Kim Ki Duk, que conta uma história realmente boa, e que duvido muito ou não fosse por festivais como o Fantasporto nunca teria ouvido falar do filme nem tão pouco o visto.
Outro filme muito bom, que conta uma realidade diferente, mas igualmente brutal é o filme Shooting Dogs, um filme Inglês/Alemão de Michael Caton Jones, que conta a história de um genocídio de raundenses de etnia Tutsi por parte de ruandenses de etnia Hutu no Ruanda em 1994, uma visão algo mais realista do que a apresentada no filme Hotel Ruanda.
Este filme não deixa ninguém indiferente e faz-nos questionar, o quão evoluída é realmente a raça humana, e chego á conclusão que nem mesmo 3 milhões de anos de evolução servem para alguma coisa...
De qualquer forma, o Fantasporto é uma experiência que qualquer um devia passar, e pela nossa faculdade não se perdia nada em seguir com mais atenção os filmes propostos pelo Núcleo de Cinema, já que por vezes também temos direito a ciclos de cinema de grande qualidade.
Vejam cinema e pensem na vida.
 

Crítica de Música - Front Door

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 15:37
 
Por: Hugo "Janado" - RádioFCT

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Bem vindo à primeira coluna musical do Jornal FaCTus, acreditem que esta não é uma qualquer, e como forma de festejar este acontecimento o pedaço de papel onde se encontra impressa foi perfumado com a minha fragrância.
Conheci os Front Door através de um amigo meu, com a música Storm, a qual, com o lançamento desta demo, se encontra na sua terceira versão. Composta por 4 elementos, esta banda formada em Portugal, com as suas letras emo tal como o seu som bem esgalhado não me passaram despercebidos, misturando ondas como o screamo e o punk, em 5 músicas.
Com tão pouco tempo de existência apresentam já uma enorme qualidade. Foi a música Glass que mais me viciou neles, apresentando uma fusão perfeita entre letras, som e energia. Love Lessons é daquelas músicas de amor que muitos de nós gostaríamos de escrever, com um começo sereno, sensível e alegre (em termos sonoros), transporta-nos a pouco e pouco para uma libertação, para um pedido, para um desejo. De salientar ainda o piano que toca logo após o primeiro refrão em pano de fundo, genial. Gosto muito da energia da Awaken, e da grande bateria que em conjunto com uma guitarra, introduz The Wilting Rose (adoro o nome desta música).
Sem dúvidas que estes sócios percebem do que estão a fazer, apresentando uma bela mistura de acústico com eléctrico, de canto melódico e suave, com o grito poderoso e energético, deixando-me intrigado quanto ao seu futuro, devido à qualidade existente em gente tão nova. Se uma demo já tem esta qualidade, imagino um álbum.
Se foram cheirar o papel, atão são muita pacóvios, se tiveram de manter a cara afastada a pelo menos 100 metros da folha, atão é melhor começar a pensar em voltar a tomar banho.

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(quatro em cinco, caso sejas mau a Análise Matemática)

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Banda: Front Door
Voz e Guitarra: Dane Uhler
Baixo e Voz: Jesse Borden
Guitarra e Voz: Trevor Borden
Bateria: Gonçalo Almeida

Site: http://frontdoormusic.com/

 

Editorial

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 14:23
 
Bem vindos a mais um número do FaCTus, este segundo número, ou primeiro número, tendo em conta que o primeiro FaCTus teve o número 0, este novo número aparece na alvorada do segundo semestre.
Passamos por algumas complicações para poder lançar este número, devido a problemas com a obtenção dos fundos necessários,  como devem ter reparado o FaCTus é distribuído de forma gratuita, mas há sempre custos, no entanto cá estamos nós com mais um número.
Aproveitamos para esclarecer que o motivo pelo qual o FaCTus não compareceu no fórum dos núcleos ficou a dever-se a falta de disponibilidade por parte dos elementos do núcleo e também devido a algumas situações pessoais que afectaram um dos membros.
Para o ano não percam a nossa presença.
Neste número, que têm um formato mais tradicional e mais páginas, falamos da nossa nova Biblioteca, a entrar em funcionamento no inicio do próximo ano lectivo, apresentamos artigos sobre eventos formativos que aconteceram na nossa faculdade, como foi o caso do III Fórum da Química, falamos do problema dos organismos geneticamente modificados, este mês  apresentamos uma nova coluna, com uma crítica musical, esta nova coluna irá conter a partir desta edição, toda uma parte lúdica do FaCTus, com inclusão também da Shout Box, uma coluna para onde os FCTenses podem mandar coisas, como por exemplo: poesia, piadas, desenhos, etc, tudo o que se enquadrar no espaço.
Apresentamos também a Agenda, onde constam as datas de eventos a acontecer na faculdade, e no espaço onde nesta edição aparece a imagem sem comentários, esperamos colocar um Cartoon, isto claro, dependendo do facto de algum FCTense com queda para o desenho se oferecer para realizar um.

E por esta edição é tudo, boa leitura!

Errata: Após uma conversa por e-mail com o Prof. Lampreia, chegou-se à conclusão que a morada de e-mail para onde foi enviado o pedido de colaboração do FaCTus do último número (Nov. '05), embora esteja atribuída ao Professor, não é o contacto de e-mail do professor, como tal, o Professor, estaria erradamente associado a uma falta de educação ao não ter respondido ao mesmo e-mail, o que não se verificou na verdade, tratando-se de um mal entendido.
Pelo qual pedimos desculpas ao Prof. Lampreia.

A Equipa do FaCTus.
 

III Fórum da Química

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 14:47
 
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No final do mês de Outubro, mais precisamente durante os dias 24, 25 e 26 desse mês, a F.C.T. foi um ponto focal no mundo da Química.
Durante esses dias ocorreu mais um Fórum da Química, a 3ª edição de um evento que já se está a tornar uma referência a nível nacional.
Um evento organizado por estudantes de disciplinas relacionadas com a Química, com o apoio do Departamento de Química e outras entidades relacionadas com a área e não só.
Fomos à conversa com a organização, e ficámos a saber algumas coisas sobre o Fórum da Química.
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Por exemplo, o fórum da química embora tenha tido as ultimas edições com uma periodicidade anual, não têm necessariamente de ser anual, já que a organização do mesmo está dependente da disponibilidade e empenhamento dos alunos que o realizam.
Os objectivos do evento são, dar a conhecer as inovações e realizações do mundo da química entre edições do fórum, com vista a este objectivo, a organização entra em contacto com personalidades do mundo da química, tanto a nível nacional como internacional, para falarem dos assuntos em cujas áreas se inserem.
O público alvo do fórum da química, não é só alunos mais avançados das licenciaturas de química, mas principalmente os alunos caloiros, para lhes dar a conhecer um pouco dos que os espera em anos mais avançados e principalmente para lhes dar uma ideia do que o futuro lhes reserva.
Cada edição do fórum da química têm tido uma boa adesão, tanto em termos dos alunos e docentes da F.C.T., como de visitantes de outros pontos do país.
Infelizmente nota-se uma falta de interesse de pessoas de outras áreas de conhecimentos.
A organização têm quase que vender o evento como se fosse um produto comercial para poder anunciar o fórum, já que existe muito mais na F.C.T. do que festas, mas no entanto eventos formativos não têm a devida relevância na F.C.T..
Parece que não, especialmente para alunos em início da sua vida académica, mas eventos formativos são bastante importantes na aquisição de experiência e novos horizontes.
No entanto, mesmo tendo em conta esta falta de interesse e de relevância, a organização têm estado a receber feedback muito positivo, sendo que o principal feedback, é as pessoas voltarem entre edições do Fórum da Química, especialmente pessoas de outros pontos do país, como por exemplo as Universidades de Aveiro e Porto.
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É por este tipo de feedback que a organização realiza este evento, todos nós gostamos de receber feedback positivo, e a organização são pessoas como nós, alunos da Faculdade.
Como um evento não é só organização, falamos também com alguma da assistência, o que nos disseram, foi que este Fórum foi melhor que os anteriores, com uma grande variedade de temas na ordem do dia e de grande interesse.
Para os estudantes de química, é ainda uma oportunidade de se informarem sobre as possíveis saídas profissionais.
Um dos Professores convidados, manifestou o seu entusiasmo pela qualidade das suas palestras, tecendo elogios à organização por ter conseguido reunir o painel de convidados que esteve presente este ano, lamentando apenas a fraca aderência das outras licenciaturas, apesar das conferências serem muito acessíveis.

E proximamente podem esperar por mais e melhores Fóruns da Química.
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Imagem da Edição

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 15:40
 
cantina

Cantina da F.C.T. quando chove e os meios de combater a crise.
 

Lazer

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 15:43
 
NJS e X-FCT

Xadrez Sudoku
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As Brancas dão Mate em 3 Jogadas. Sudoku com as letras 'a' a 'i' - Nível Intermédio
 

Luta, Revolta-te, Manifesta-te!

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 14:32
 
Luta, Revolta-te, Manifesta-te!
No passado dia 9 de Novembro os estudantes voltaram a sair à rua, numa Manifestação coincidindo com a discussão e aprovação do Orçamento de Estado para 2006, caracterizado por fortes cortes no Ensino Superior.
Nós, os estudantes deste país, lutamos e continuaremos a lutar pela revogação da actual Lei de Financiamento do Ensino Superior, responsável pelo brutal aumento das propinas.
Continuamos a defender mais e melhor acção social escolar, para evitar que os nossos colegas mais carenciados sejam prejudicados e possam continuar os seus estudos.
Queremos mais e melhores condições materiais e humanas.
Não queremos um Processo de Bolonha, que não é discutido connosco alunos e por vezes nem com os próprio pessoal docente, um Processo de Bolonha que torna a Educação e a Formação Profissional cada vez mais caras.
Luta, Revolta-te, Manifesta-te!
Mudou o Governo mas nada mudou em relação a estas nossas bandeiras de luta.
As propinas aumentarão todos os anos, os apoios sociais e as bolsas continuarão a descer, continuará a chover na nossa cantina e em tantas outras cantinas, salas de aulas e laboratórios.
O Processo de Bolonha está já a andar e as suas consequências estão à vista de todos, como é exemplo a confusão das inscrições este ano, como é exemplo o facto de se passar a pagar um mestrado, com o respectivo numerus clausus, para ter a mesma formação da licenciatura de 5 anos.
Há de facto, com isto um aumento do custo para os estudantes, das nossas licenciaturas.
E tu, que lês estas linhas e pensas todos os anos há manifestações e greves e essas coisas e não altera nada, não podes nem desanimar nem tão pouco baixar os braços.
É com a luta continuada que lá vamos. Só assim podemos mudar realmente as coisas.
É urgente desde já consciencializar todos os estudantes para a injustiça das propinas.
É urgente travar o Processo de Bolonha, sem que haja uma verdadeira discussão sobre a sua funcionalidade, se realmente os benefícios que ele traz compensam os direitos perdidos.
Tivemos desde o início do ano várias iniciativas em que o Processo de Bolonha foi discutido abertamente, infelizmente a participação dos alunos foi extremamente baixa. Não te acanhes, participa nas discussões promovidas na F.C.T., diz o que pensas sobre o teu futuro.
Luta, Revolta-te, Manifesta-te!
É fundamental que tenhamos um campus onde possamos aprender em edifícios adequados.
É importante unirmos-nos por mais bolsas para quem não pode pagar estas propinas ridículas, já que podes muito bem ser tu o próximo a precisar da Acção Social Escolar.
E se achas que tudo isto é muito difícil conseguir, deixamos-te aqui uma observação: costuma-se dizer que quem luta, umas vezes perde e outras ganha. Quem nunca luta, perde sempre. Se baixares os braços, nunca terás uma cantina onde não chova, nunca deixarás de pagar propinas brutais e ridículas, não terás no futuro Acção Social que te apoie e andarás a tirar uma licenciatura sem muito bem saberes com que equivalências.
Muitas Lutas ainda virão.
Participa nelas.
A tua presença é imprescindível.

Crédito das fotos: Rute Presado (c) 2005
 

Nova Biblioteca F.C.T.

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 14:50
 
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Como já devem ter reparado, estruturalmente a nova Biblioteca da F.C.T. está quase pronta, faltando apenas os arranjos exteriores e o apetrechamento do interior, ou seja, no inicio do próximo ano lectivo, em Setembro a biblioteca já estará testada, funcional e aberta ao público.
A nova biblioteca, um edifício pensado especificamente para o efeito, que conta para além das habituais funcionalidades em cerca de 7000 m2 e 5 pisos, com 6  salas de leitura com documentação em regime de livre acesso, 28 gabinetes individuais de trabalho, 8 gabinetes de trabalho em grupo, 1 sala multimédia, bar, sala de exposições, auditório para cerca de 90 pessoas, que pode ser utilizado por exemplo, para a realização de tertúlias, 3 depósitos de documentação, 550 lugares de leitura, acesso wireless à internet e 150 computadores disponíveis. Em suma, novas capacidades que são do interesse de todos os utilizadores da biblioteca.
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Este novo espaço vai dar capacidade à biblioteca para organizar mais eventos formativos, como por exemplo, uma acção de formação de utilizadores, que pretende abranger num nível mais geral, principalmente os novos alunos da faculdade, e a um nível mais avançado, para os utilizadores existentes, estas formações incidem, principalmente no ensino da utilização das ferramentas ao dispor dos utentes, como por exemplo: bases de dados, catálogos, etc.
No seguimento de actividades actuais, como por exemplo a palestra dada recentemente por Gonçalo Cadilhe, a nova biblioteca, tendo em conta os novos espaços, vai apostar no reforço da programação cultural, com palestras e exposições de arte, e muito mais.
A nova biblioteca vai ter um horário de funcionamento alargado, embora sem garantir nada, falou-se de um horário das 09:00 às 20:00, este horário alargado vai beneficiar muitos alunos e responder a algumas críticas ao actual horário.
Uma outra novidade e ponto de interesse, é o facto de a nova biblioteca estar munida de uma câmara de expurgo ecológica, na qual o tratamento dos livros é feito por meio de anóxia, favorecendo a saúde tanto de utilizadores como funcionários.
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Outra nota interessante, é o facto desta câmara de expurgo poder ser utilizada pela licenciatura de Conservação e Restauro, dando assim a esta licenciatura um complemento bastante único a nível nacional.
Outro ponto de interesse é o fundo documental, destinado a Literatura, B.D., Divulgação Cientifica e informações sobre Portugal, orientado principalmente para alunos deslocados.
Para a nova biblioteca foi também criada uma escultura, do escultor Victor Ribeiro, que irá ser colocada dentro e fora do edifício, separada por uma vidraça, o tema escolhido para a escultura foi uma árvore.
O elemento que se encontra no interior simboliza a germinação, o do exterior o gérmen que se fez árvore. Assentes num plano horizontal com sulcos ondulantes, o rio do saber alimenta a árvore que se torna forte e robusta.
Vamos finalmente ter acesso a uma biblioteca moderna, que prima por ser um espaço positivo e convidativo, e que vai ser, ainda mais, um grande complemento de informação e saber.

Nota: Este artigo foi elaborado com a colaboração da Dr.ª Ana Pereira, Bibliotecária e Coordenadora da Biblioteca e pelo Professor Doutor José Moura, Presidente do Conselho Cientifico, agradecemos a ambos a colaboração prestada.
 


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