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Processos tafonómicos destrutivos

 
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Processos tafonómicos destrutivos
por Paulo Legoinha - quinta, 16 março 2006, 23:27
 
Estude o capítulo 3.3, páginas 223 a 226, de PALEOBIOLOGY: A synthesis (Derek Briggs & Peter Crowther):

1. O que são processos tafonómicos?

2. Enumere e descreva resumidamente alguns dos processos tafonómicos destrutivos.

3. Como podem ser utilizados na caracterização de processos sedimentares? Dê exemplos (3).

Seja o mais sintético e objectivo possível.
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Re: Processos tafonómicos destrutivos
por Cláudia Agostinho - segunda, 20 março 2006, 00:07
 
Os processos tafonómicos contribuem para o estabelecimento de discrepâncias entre associações originais de espécies e o que se observa no registo fóssil. São extremamente importantes para inferirmos as condições em que ocorreu a fossilização, uma vez que as acções destas ficam gravadas nos fósseis. Os variados agentes destrutivos actuam de diferentes formas sobre os organismos, consoante a composição dos esqueletos destes e a sua sensibilidade aos primeiros. A Desarticulação, a Fragmentação, a Abrasão, a Bioerosão e a Corrosão são os cinco processos tafonómicos destrutivos, que actuam no esqueleto do organismo deixando marcas que nos permitem saber o que ocorreu no tempo da fossilização. A Desarticulação consiste na desintegração rápida de elementos do esqueleto a partir das articulações, consoante alguns factores, que condicionam a velocidade do processo. A Fragmentação ocorre levando à quebra de partes do esqueleto, por impacto físico causado por diversos motivos, cujos debilitados propiciam a que se fragmente. A Abrasão é o desbaste de partes do esqueleto ocorrendo consecutiva perda de detalhes superficiais. A acção da Bioerosão deixa um rastro nos organismos marinhos que habitam zonas profundas do mar, por exemplo a perfuração nas esponjas, influenciado pela resistência relativa do material do esqueleto em destruição ao agente erosivo. A instabilidade química dos minerais constituintes do esqueleto dos organismos marinhos e oriundos de locais profundos do sedimento, leva a que ocorra oxidação e consecutiva produção de ácidos fracos, isto quando estão algum tempo expostos aos agentes corrosivos (Corrosão e Dissolução). Quando são encontrados fósseis com características peculiares, significa que o ambiente em que a fossilização ocorreu tinha condições que permitiram que tal sucedesse. Como por exemplo, esqueletos com muitos elementos, que são facilmente desarticulados, para chegar aos dias de hoje implica que tivesse ocorrido um rápido enterro dos mesmos, ou esqueletos arborescentes que indicam perturbações mínimas do ambiente sedimentar, e ainda no caso dos esqueletos volumosos, que são menos sujeitos à quebra, mais resistentes à destruição mecânica e mais propícios à corrosão. Briggs, D.; Crowther, P. Paleobiology: A synthesis (capítulo 3.3, pág. 223-226) http://moodle.fct.unl.pt/file.php/809/Briggs_CrowtherSect211_230.pdf (18.03.06)
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Re: Processos tafonómicos destrutivos
por Carina Silva - terça, 21 março 2006, 22:33
 

Processos tafonómicos são processos que estabelecem relações entre organismos originais e o existente registo fossilífero.

Os processos de destruição do esqueleto de determinado organismo, depende de características físicas do ambiente sedimentar, ou seja, a destruição do esqueleto depende da existência no sedimento de um ou mais processos tafonómicos activos.

Os processos tafonómicos destrutivos são cinco:

1- Desarticulação : é a desintegração dos elementos do esqueleto a partir das articulações.

2- Fragmentação : resulta do impacto físico que ocorre levando à fracturação de algumas partes do esqueleto.

3- Abrasão : desgaste de algumas partes do esqueleto com perda consecutiva de detalhes superficiais.

4- Bioerosão : Os organismos que habitam zonas profundas marinhas são marcados com um rasto provocado por este processo tafonómico destrutivo.

5- Corrosão e Dissolução : resultam da instabilidade química dos minerais constituintes do esqueleto dos organismos marinhos e oriundos de locais de sedimento profundo.

Estes processos podem ser utilizados na caracterização de processos sedimentares, ou seja, existem fósseis que apresentam características específicas, sendo capazes de nos indicar qual o ambiente adequado onde essa fossilização característica ocorreu.

Exemplo: a maioria dos esqueletos dos bivalves que se tornam facilmente desarticulados após a sua morte; os esqueletos com inúmeros elementos que são os melhores indicadores de enterro rápido, e por fim, os esqueletos gerais, maciços que são menos propícios à ruptura e mais resistentes à destruição mecânica.

Fonte electrónica:

Briggs, D.; Crowther, Paleobiology: A synthesis (capítulo 3.3, pág. 223-226) http://moodle.fct.unl.pt/file.php/809/Briggs_CrowtherSect211_230.pdf (21.03.06)

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Re: Processos tafonómicos destrutivos
por Monica Pereira - quarta, 22 março 2006, 08:42
 

1.                           1.   Os processos tafonómicos contribuem para o estabelecimento de discrepâncias entre a associação original de espécie e o que se observa no registo fóssil, sendo imprescindível à compreensão das tendências que actuaram na formação de aglomerados fossilíferos.

2.                            2.  Dos processos tafonómicos destrutivos fazem parte a desarticulação, a fragmentação dos esqueletos, abrasão, bioerosão, corrosão e dissolução.

A desarticulação corresponde à desintegração de vários elementos esqueléticos ao longo das junções ou articulações. Na maioria dos casos, esta processa-se muito rapidamente depois da morte de um organismo, dependente dos agentes bióticos. Ambientes anóxicos promovem a preservação dessas articulações.

A fragmentação dos esqueletos é resultado dos impactos físicos de objectos e de agentes bióticos, levando à quebra de partes de esqueletos.

Da abrasão ou desgaste físico do qual resulta o arredondamento de elementos esqueléticos.

A bioerosão provoca uma marca nos organismos marinhos que vivem em zonas profundas do mar, a qual vai afectar a resistência do esqueleto à erosão.

A corrosão e dissolução dos esqueletos resulta da instabilidade química dos esqueletos minerais, o que leva à oxidação desses materiais.

3.                        3.      Quando são encontrados fósseis com características particulares, significa que o ambiente em que a fossilização ocorreu possuía condições favoráveis para que tal sucedesse.

Exemplo disso, são os esqueletos constituídos por uma elevada quantidade de elementos esqueléticos facilmente desarticuláveis, que para chegar aos dias de hoje foi necessário ter ocorrido um rápido enterro dos mesmos. Um outro exemplo é o dos esqueletos arborescentes que indicam perturbações mínimas do ambiente sedimentar, bem como os esqueletos volumosos, que são resistentes à fractura, à destruição mecânica e mais propícios à corrosão.

Fontes Bibliográficas: Briggs, D.; Crowther, P. Paleobiology: A synthesis (capítulo 3.3, pág. 223-226) (18.03.06)

http://moodle.fct.unl.pt/file.php/809/Briggs_CrowtherSect211_230.pdf

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Re: Processos tafonómicos destrutivos
por Rui Martins - quinta, 23 março 2006, 02:54
 

Na bioerosão, "Shallow" é exactamente o oposto de profundo, até que pode também significar "baixio". :)

Também se pode referir a uma pessoa superficial como "a shallow person"
(só a título de exemplo)

:)

Cumprimentos,

Rui Martins

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Re: Processos tafonómicos destrutivos
por catarina reis - quarta, 22 março 2006, 15:00
 

1. Processos tafonómicos, de acção antrópica ou provocados por agentes dagénicos, são responsaveis pelo estudo das leis do enterramento, isto é, conhecer quais os factores responsáveis pela transição de materiais orgânicos da biosfera para a litosfera ou para o registo geológico. São também responsáveis pelo estudo das circunstâncias em que restos de organismos mortos estiveram envolvidos, antes e depois da sua incorporação no registo arqueológico.

2. Existem 5 processos tafonómicos destrutivos: a desarticulação, desintegração da várias partes do esqueleto, tais como tecidos (acção enzimática), ligamentos; a fragmentação, que ocorre através de impactos fisicos com objecto por parte do organismo ou por acção de predadores; a abrasão, desbaste de partes de esqueleto com consecutiva perda de detalhes superficiais; a bioerosão, associada ao reconhecimento de restos de fósseis marinhos tais como esponjas e vários tipos de algas; a corrosão e dissolução,  onde ocorre oxidação e consecutiva produção de ácidos fracos (agentes corrosivos) e está relacionada com instabilidade química de minerais provenientes de esqueletos de organismos marinhos.

3. A desarticulação e a dispersão de diferentes partes anatómicas está dependente de processos mecânicos, tais como a acção fluvial, a gravidade, assim como agentes que incluem o Homem e animais predadores. Numa analise conjunta, vários tipos de esqueletos e suas variadas caracteríticas sensíveis a agentes destrutivos podem providenciar excelentes indicadores de processos de sedimentação como também podem ser utilizados para definir facies tafonómicas. ex: bivalves, esqueletos maciços, e esqueletos que indicam um rápido enterramento.

Briggs, D.; Crowther, Paleobiology: A synthesis (capítulo 3.3, pág. 223-226)

http://moodle.fct.unl.pt/file.php/809/Briggs_CrowtherSect211_230.pdf (18.03.06)

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Re: Processos tafonómicos destrutivos
por Marta Martins - quarta, 22 março 2006, 23:55
 

1.Os processos tafonómicos contribuem para o estabelecimento de discrepâncias entre associações originais de espécies e o registo fóssil. São bastante importantes na indicação das condições em que se deu a fossilização.

2.Os processos tafonómicos destrutivos subdividem-se em 5 tipos:

(1)    Desarticulação corresponde à desintegração dos elementos do esqueleto a partir de articulações pré-existentes. Na maioria dos casos, a desarticulação processa-se muito rapidamente depois da morte de um organismo.

(2)    Fragmentação corresponde à fracturação dos esqueletos resultante quer do impacte físico de objectos, quer de agentes bióticos.

(3)    Abrasão também designado de desgaste físico, que resulta no arredondamento dos elementos do esqueleto e o desgaste da superfície.

(4)    Bioerosão está geralmente associada ao traço (marca) fóssil deixado pelos organismos.

(5)    Corrosão e dissolução processos que actuam sobre os esqueletos que resultam da instabilidade química dos esqueletos minerais.

3.Registos fósseis com características especiais indicam que o ambiente de fossilização tinha determinadas condições que permitiram o processo de fossilização.  

Exemplos: esqueletos maciços, que são mais resistentes à destruição mecânica; esqueletos arborescentes que indicam perturbações do ambiente sedimentar e os esqueletos de bivalves que se desarticulam rapidamente depois da morte do organismo.

 Refrências bibliográficas:

Briggs, D.; Crowther, Paleobiology: A synthesis (capítulo 3.3, pág. 223-226)

http://moodle.fct.unl.pt/file.php/809/Briggs_CrowtherSect211_230.pdf (22.03.06)

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Re: Processos tafonómicos destrutivos
por Rui Martins - quinta, 23 março 2006, 03:12
 

1 - Processos Tafonómicos compreendem os fenómenos que se passam desde a morte do organismo até à recuperação do seu registo fóssil.

2 - Destes processos, destacam-se:

Desarticulação: Ocorre em esqueletos constituidos por vários elementos nas suas juntas ou articulações. É um processo relativamente rápido após a morte do organismo, desde que haja condições para tal.

Fragmentação: É a destruição total ou parcial por acção mecânica, quer por esmagamento ou por factores bióticos (predação ou necrofagia)

Abrasão: Resulta de uma fricção constante ou algum tipo de erosão e desgasta as superfícies dos registos, arredondando-as e muitas vezes reduzindo os seus detalhes.

Bioerosão: Resultante da acção de micro-organismos que acabam por erodir ou diminuir a resistencia à erosão de determinados registos fósseis, em especial de seres de águas pouco profundas.

Corrosão/dissoloção: Acção química oxidativa ou dissolutiva, por acção acídica levando a uma erosão do registo fóssil perdendo detalhes superficiais e por isso é por vezes dificil de distinguir dos 2 processos referidos anteriormente. 

 3 - Os processos tafonómicos ajudam-nos a inferir sobre as condições a que o registo fóssil esteve sujeito, permitindo uma abordagem a sobre o que terá ocorrido durante a sua fossilização.

A desarticulação de esqueletos com multiplos elementos indica um provável enterramento rápido. Um esqueleto muito desgastado/erodido pode ser resultado de um enterramento lento, ou de uma exposição a factores erosivos. Certas fragmentações de esqueletos de gastrópodes são características de predação por crustáceos.

Briggs, D.; Crowther, Paleobiology: A synthesis (capítulo 3.3, pág. 223-226)
http://moodle.fct.unl.pt/file.php/809/Briggs_CrowtherSect211_230.pdf (23.03.06)

Foto de Ricardo Neves
Re: Processos tafonómicos destrutivos
por Ricardo Neves - domingo, 26 março 2006, 16:22
 

1-Os processos tafonómicos contribuem para o estabelecimento de discrepâncias entre associações originais de espécies e o que se observa no registo fóssil. São extremamente importantes para inferirmos as condições em que ocorreu a fossilização, visto que os variados agentes destrutivos actuam de diferentes formas sobre os organismos, consoante a composição dos esqueletos destes .

 2- São os cinco processos tafonómicos destrutivos: desarticulação, a Fragmentação, a Abrasão, a Bioerosão e a Corrosão

A Desarticulação consiste na desintegração rápida de elementos do esqueleto a partir das articulações, consoante alguns factores, que condicionam a velocidade do processo.

A Fragmentação ocorre levando à quebra de partes do esqueleto, por impacto físico causado por diversos motivos, cujos debilitados propiciam a que se fragmente.

A Abrasão é o desbaste de partes do esqueleto ocorrendo consecutiva perda de detalhes superficiais. A acção da Bioerosão deixa um rastro nos organismos marinhos que habitam zonas profundas do mar, por exemplo a perfuração nas esponjas, influenciado pela resistência relativa do material do esqueleto em destruição ao agente erosivo.

A Corrosão vem da instabilidade química dos minerais constituintes do esqueleto dos organismos marinhos e oriundos de locais profundos do sedimento, leva a que ocorra oxidação e consecutiva produção de ácidos fracos, isto quando estão algum tempo expostos aos agentes corrosivos.

3-Quando são encontrados fósseis com características individuais, significa que o ambiente em que a fossilização ocorreu tinha condições que permitiram que tal sucedesse.

Os esqueletos constituídos por uma elevada quantidade de elementos esqueléticos facilmente desarticuláveis, que para chegar aos dias de hoje foi necessário ter ocorrido um rápido enterro dos mesmos, esqueletos de bivalves que se desarticulam rapidamente depois da morte do organismo e esqueletos arborescentes que indicam perturbações mínimas do ambiente sedimentar.

Briggs, D.; Crowther, P. Paleobiology: A synthesis (capítulo 3.3, pág. 223-226) http://moodle.fct.unl.pt/file.php/809/Briggs_CrowtherSect211_230.pdf (18.03.06)

Foto de margarida martins
Re: Processos tafonómicos destrutivos
por margarida martins - domingo, 26 março 2006, 21:57
 

Processos tafonómicos destrutivos 

1.      Os processos tafonómicos compreendem fenómenos que ocorrem sob os organismos desde a sua morte até à recuperação do seu registo fóssil. Estes processos manifestam-se mais ou menos de acordo com as características sedimentares do meio.

2.      Deste modo podem ser considerados alguns processos tafonómicos entre eles:

 

Desarticulação: Este processo está relacionado com a desintegração de elementos do esqueleto através das articulações (acção enzimática). Processa-se logo após a morte do organismo.

 

Fragmentação: A fragmentação resulta da quebra de partes do esqueleto devido a impactos físicos sobre os objectos, à acção de agentes bióticos e de predadores.

Abrasão: Este processo actua sobre os organismos desgastando a sua superfície, arredondando-os levando a uma perda consecutiva dos seus detalhes superficiais. A extensão deste desgaste está relacionada com o tempo de exposição e com a energia do meio.

Bioerosão: Está relacionada com a presença de um traço característico nos organismos que vivem habitualmente em águas pouco profundas devido à erosão a que estão sujeitos.

Corrosão/Dissolução: Ocorre oxidação e produção de ácidos fracos que actuam sob o esqueleto do organismo devido à instabilidade química dos minerais constituintes do mesmo. 

3.      Os processos tafonóminos atrás descritos actuam em determinadas estruturas esqueléticas, deste modo, o estudo destes processos indicam-nos em que condições terá ocorrido a fossilização de determinado indivíduo e nesse sentido podem ser utilizados na caracterização/explicação de processos sedimentares. 

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Breve Análise da tabela 1:

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 Através de uma análise global desta tabela podemos facilmente concluir o que foi atrás descrito.

 

A titulo de exemplo um esqueleto massivo está sujeito a uma taxa de enterramento baixa e a uma energia do meio alta, por outro lado um esqueleto com elementos desarticulados já foi sujeito a uma taxa de enterramento elevada e uma energia do meio baixa.

Em suma, a fossilização depende fundamentalmente das características dos organismos (esqueleto) e das condições do meio (energia, taxa de enterramento, correntes/ondas de transporte).

Briggs, D.; Crowther, Paleobiology: A synthesis (capítulo 3.3, pág. 223-226)
http://moodle.fct.unl.pt/file.php/809/Briggs_CrowtherSect211_230.pdf (23.03.06)

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Re: Processos tafonómicos destrutivos
por Mafalda Alemão - segunda, 27 março 2006, 18:27
 

1. Os processos tafonómicos participam no estudo dos princípios que regem a transição dos restos orgânicos da biosfera para a litosfera, desde o momento em que morre o organismo, até ao momento em que esse resto é recolhido, como fóssil. Estes são estudados pelo ramo da paleontologia que se ocupa do enterramento e fossilização dos organismos, ou seja de todos os processos relacionados com a formação de uma jazida a tafonomia.

2. Processos tafonómicos destrutivos:
desarticulação: desagregação dos elementos esqueléticos;

fragmentação: divisão do esqueleto devido a impactos físicos de objectos e de agentes bióticos;

abrasão: raspagem ou desgaste do esqueleto, com alisamento da superfície;

bioerosão: desgaste progressivo das estruturas deixando um rasto nos organismos marinhos de grandes profundidades;

corrosão e dissolução: oxidação das substâncias que formaram os fósseis por mineralização, em ambientes marinhos profundos.

 

              3. Os processos tafonómicos podem ser utilizados na caracterização de processos sedimentares, quando são descobertos fósseis caracterizados de forma distinta devido a partes descritivas únicas que os constituem, em condições favoráveis à fossilização. Como por exemplo: fossilização de bivalves, de esqueletos com enterramento rápido e de esqueletos com numerosas partes.

 

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Re: Processos tafonómicos destrutivos
por susana castro - sábado, 22 abril 2006, 17:06
 
  1. A tafonomia refere-se ao estudo dos processos de preservação e de como é que estes afectam a informação no registo fossilífero, contribuindo para o estabelecimento de discrepâncias entre associações originais de espécies e o que se observa no registo fóssil.
  2. Existem cinco processos tafonómicos destrutivos, são eles: a desarticulação, a fragmentação, a abrasão, a bioerosão e a corrosão/dissolução. A desarticulação corresponde à desintegração dos elementos do esqueleto a partir de articulações pré-existentes. A fragmentação ocorre através de impactos físicos por parte do organismo ou por acção de predadores. A abrasão envolve a perda de pormenores superficiais. A bioerosão provoca um desgaste progressivo das estruturas deixando um rasto nos organismos marinhos de grandes profundidades. A corrosão/dissolução corresponde à acção química oxidativa ou dissolutiva, por acção acídica levando a uma erosão do registo fóssil perdendo detalhes superficiais e por isso é por vezes difícil de distinguir dos 2 processos referidos anteriormente.
  3. Estes processos podem ser utilizados na caracterização de processos sedimentares, ou seja, existem fósseis que apresentam características específicas, sendo capazes de nos indicar qual o ambiente adequado onde essa fossilização característica ocorreu . Exemplos: esqueletos maciços, que são mais resistentes à destruição mecânica; esqueletos arborescentes que indicam perturbações do ambiente sedimentar e os esqueletos de bivalves que se desarticulam rapidamente depois da morte do organismo .
Foto de raquel machado
Re: Processos tafonómicos destrutivos
por raquel machado - quarta, 31 maio 2006, 17:06
 

1. Os processos tafonómicos compreendem fenómenos que ocorrem sob os organismos desde a sua morte até à recuperação do seu registo fóssil. São extremamente importantes para inferirmos as condições em que ocorreu a fossilização, visto que os variados agentes destrutivos actuam de diferentes formas sobre os organismos, consoante a composição dos seus esqueletos

      2. Podemos considerados alguns processos tafonómicos, cinco dos quais são:

Desarticulação: Este processo está relacionado com a desintegração de elementos do esqueleto através das articulações (acção enzimática). Processa-se logo após a morte do organismo

 

Fragmentação: A fragmentação resulta da quebra de partes do esqueleto devido a impactos físicos sobre os objectos, à acção de agentes bióticos e de predadores.

 

Abrasão: Este processo actua sobre os organismos desgastando a sua superfície, arredondando-os levando a uma perda consecutiva dos seus detalhes superficiais. A extensão deste desgaste está relacionada com o tempo de exposição e com a energia do meio.

 

Bioerosão: Está relacionada com a presença de um traço característico nos organismos que vivem habitualmente em águas pouco profundas devido à erosão a que estão sujeitos.

 

Corrosão/Dissolução: Ocorre oxidação e produção de ácidos fracos que actuam sob o esqueleto do organismo devido à instabilidade química dos minerais constituintes do mesmo.

 

3. Os processos tafonóminos actuam em determinadas estruturas esqueléticas, deste modo, o estudo destes processos indicam-nos em que condições terá ocorrido a fossilização de determinado indivíduo e nesse sentido podem ser utilizados na caracterização/explicação de processos sedimentares.  

Os esqueletos constituídos por uma elevada quantidade de elementos esqueléticos facilmente desarticuláveis, que para chegar aos dias de hoje foi necessário ter ocorrido um rápido enterro dos mesmos, esqueletos de bivalves que se desarticulam rapidamente depois da morte do organismo e esqueletos arborescentes que indicam perturbações mínimas do ambiente sedimentar.