1. 1. Os processos tafonómicos contribuem para o estabelecimento de discrepâncias entre a associação original de espécie e o que se observa no registo fóssil, sendo imprescindível à compreensão das tendências que actuaram na formação de aglomerados fossilíferos.
2. 2. Dos processos tafonómicos destrutivos fazem parte a desarticulação, a fragmentação dos esqueletos, abrasão, bioerosão, corrosão e dissolução.
A desarticulação corresponde à desintegração de vários elementos esqueléticos ao longo das junções ou articulações. Na maioria dos casos, esta processa-se muito rapidamente depois da morte de um organismo, dependente dos agentes bióticos. Ambientes anóxicos promovem a preservação dessas articulações.
A fragmentação dos esqueletos é resultado dos impactos físicos de objectos e de agentes bióticos, levando à quebra de partes de esqueletos.
Da abrasão ou desgaste físico do qual resulta o arredondamento de elementos esqueléticos.
A bioerosão provoca uma marca nos organismos marinhos que vivem em zonas profundas do mar, a qual vai afectar a resistência do esqueleto à erosão.
A corrosão e dissolução dos esqueletos resulta da instabilidade química dos esqueletos minerais, o que leva à oxidação desses materiais.
3. 3. Quando são encontrados fósseis com características particulares, significa que o ambiente em que a fossilização ocorreu possuía condições favoráveis para que tal sucedesse.
Exemplo disso, são os esqueletos constituídos por uma elevada quantidade de elementos esqueléticos facilmente desarticuláveis, que para chegar aos dias de hoje foi necessário ter ocorrido um rápido enterro dos mesmos. Um outro exemplo é o dos esqueletos arborescentes que indicam perturbações mínimas do ambiente sedimentar, bem como os esqueletos volumosos, que são resistentes à fractura, à destruição mecânica e mais propícios à corrosão.
Fontes Bibliográficas: Briggs, D.; Crowther, P. Paleobiology: A synthesis (capítulo 3.3, pág. 223-226) (18.03.06)
http://moodle.fct.unl.pt/file.php/809/Briggs_CrowtherSect211_230.pdf