1. Os processos tafonómicos compreendem fenómenos que ocorrem sob os organismos desde a sua morte até à recuperação do seu registo fóssil. São extremamente importantes para inferirmos as condições em que ocorreu a fossilização, visto que os variados agentes destrutivos actuam de diferentes formas sobre os organismos, consoante a composição dos seus esqueletos
2. Podemos considerados alguns processos tafonómicos, cinco dos quais são:
Desarticulação: Este processo está relacionado com a desintegração de elementos do esqueleto através das articulações (acção enzimática). Processa-se logo após a morte do organismo
Fragmentação: A fragmentação resulta da quebra de partes do esqueleto devido a impactos físicos sobre os objectos, à acção de agentes bióticos e de predadores.
Abrasão: Este processo actua sobre os organismos desgastando a sua superfície, arredondando-os levando a uma perda consecutiva dos seus detalhes superficiais. A extensão deste desgaste está relacionada com o tempo de exposição e com a energia do meio.
Bioerosão: Está relacionada com a presença de um traço característico nos organismos que vivem habitualmente em águas pouco profundas devido à erosão a que estão sujeitos.
Corrosão/Dissolução: Ocorre oxidação e produção de ácidos fracos que actuam sob o esqueleto do organismo devido à instabilidade química dos minerais constituintes do mesmo.
3. Os processos tafonóminos actuam em determinadas estruturas esqueléticas, deste modo, o estudo destes processos indicam-nos em que condições terá ocorrido a fossilização de determinado indivíduo e nesse sentido podem ser utilizados na caracterização/explicação de processos sedimentares.
Os esqueletos constituídos por uma elevada quantidade de elementos esqueléticos facilmente desarticuláveis, que para chegar aos dias de hoje foi necessário ter ocorrido um rápido enterro dos mesmos, esqueletos de bivalves que se desarticulam rapidamente depois da morte do organismo e esqueletos arborescentes que indicam perturbações mínimas do ambiente sedimentar.