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Actividades dos Núcleos 2005/06

por Factus FCT - terça-feira, 17 de outubro de 2006 às 10:51
 
Tentamos entrar em contacto com os núcleos da F.C.T. para saber quais eram os seus planos de actividades para os próximos tempos, para os estudantes da F.C.T. estarem ao corrente das coisas que se passam na faculdade que não sejam relacionadas só com estudos que lhes podem interessar.
Conseguimos que alguns dos núcleos. nos enviassem a sua contribuição, outros nem por isso, para os que não foram contemplados, ou não puderam enviar o vosso plano de actividades a tempo da edição, basta entregarem um plano de actividades à redacção do FaCTus, que já na próxima edição do FaCTus ficaram incluídos, no "Canto dos Núcleos".
Mais informações e contactos dos Núcleos estão disponíveis na secção de Links do F@CTus.

NJS - Núcleo de Jogos de Estratégia, Ficção e Sociedade:

Tens tempo livre?
Acabaste as aulas e não te apetece ir já para casa?
Gostas de jogar Trivial? Monopólio? Scrabble?
És fã de card games? Magic? Lord of the Rings?
Já experimentaste jogs de miniaturas como Star Wars ou Hero Clix?
Já conheces todos os jogos da série Settlers of Catan?
Preferes a estratégia do clássico Risco ou do Stratego?
Queres aprender a jogar Zatre? Ballast? Quoridor? Nunca ouviste falar?!?!

O que estás à espera? Se estás farto destas perguntas, vem fazer-nos uma visita e descobre estes jogos e muitos, muitos mais!
Estamos à tua espera na sala A do pavilhão I.

X-FCT - Núcleo de Xadrez:
        
O núcleo de xadrez, X-FCT (ou NuXa para quem gostar mais), é um núcleo recheado de gente inteligentíssima e muito calculista. E como tal... E como tal, pretende que outras pessoas, pelo menos igualmente inteligentíssimas e calculistas, adiram ao núcleo e suas actividades (mas não muito inteligentes senão não conseguimos ganhar). O objectivo deste jogo é ganhar, apesar de muitos dizerem que o objectivo é jogar. Não!, no xadrez o objectivo é mesmo ganhar (nem participar, nem empatar, e muito menos perder - oh! como é horrível perder um jogo de xadrez!) E assim, este semestre estamos a pensar realizar algumas provas de cavalheirismo e demonstrações de mal-perder! Datas ainda não estão previstas, mas estarão e serão anunciadas. Não menos do que o habitual se esperaria deste núcleo e algumas destas provas serão parte integrante do já famoso campeonato semestral, que terá a sua segunda edição este semestre, se bem que com algumas alterações (surpresa ou a discutir). As restantes provas serão dizputas (putas) homo sapienas sapienas de uma insignificância tal que nunca farão parte de qualquer registo histórico ou parecido mas talvez de uma estória de ficção que nunca terá qualquer sucesso editorial ou popular e portanto das quais não vale a pena dizer nada a respeito.

Rádio FCT:

A RádioFCT é um núcleo que tem como objectivo disponibilizar a experiência radiofónica a todos os alunos da nossa faculdade. Pretendemos promover a formação no domínio do som e as animações nele inseridos, ou seja, programas de rádio dinâmicos que envolvam muita locução e criatividade por parte dos animadores, sem nunca deixar de lado o divertimento e a satisfação pessoal.
Tencionamos igualmente no futuro estabelecer parcerias com outros grupos de forma a envisionar eventos que venham a enriquecer o nicho cultural da FCT e funcionando concorrentemente na divulgação de novidades relativas aos núcleos.

De momento estamos em fases de re-estruturação, e esperamos retomar em breve a programação regular, com uma melhor organização e melhores condições técnicas.
 

Análise Crítica

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 14:58
 
Texto de Opinião por: Filipa M.ª Pereira

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Alterações Climáticas na Perspectiva Sociológica Ambiental

Análise Crítica: Sobreviverá a Humanidade ao capitalismo?

Realizado por: Filipa Mª Pereira nº14274, Monte da Caparica, Outubro de 2005

Cada vez é mais difícil ficar indiferente ás alterações climáticas do nosso planeta, embora ainda não tenhamos feito nada para o evitar a larga escala. O facto dos interesses individuais de cada um se contraporem ao nosso próprio bem comum torna ainda mais difícil alterar as atitudes no nosso quotidiano.

O conhecimento científico permite-nos prever a catástrofe mas não resolve os problemas sociais que implicam as modificações e alterações de comportamentos fase á destruição do nosso mundo do qual somos inteiramente dependentes.

Embora tenhamos hoje presente que os recursos naturais são limitados e que o progresso é limitado pela própria natureza, continuamos a permitir a sua saturação, e muitas vezes só agimos em situações de desespero.

As conferências ilimitadas que têm surgido em torno deste assunto parecem não por termo á poluição e gasto de recursos naturais, são feitos relatórios, implementadas leis e pelo menos no que toca a alguns países como é o caso de Portugal, nada é feito.

Em casos de países industrializados, que são na sua maioria as grandes potências o problema torna-se mais crítico, pois são os grandes poluidores que não querem perder o seu poder económico.

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Encontra-se aqui uma necessidade extrema de mudança de mentalidades e valores, que embora sejam difíceis de ser interiorizados dificilmente saem, pois como podemos verificar os próprios são difíceis de alterar.

A cultura e as necessidades socio-económicas em que cada um está inserido pode facilitar ou dificultar as mudanças, pois elas regem as nossas acções. Deste modo tem que se detectar esses grupos sociais e tentar alterar as suas perspectivas em relação ao futuro da sua própria cultura se nada for feito até lá.

Podemos pensar porque é que certas culturas ou impérios desapareceram de um momento para o outro, que aparentemente eram bem sucedidas em termos de desenvolvimento.

Se aplicarmos as leis de Darwin a nós próprios sabemos que só os mais aptos vão conseguir sobreviver, e que o esgotamento dos recursos naturais vai acabar inevitavelmente com os poderes económicos de algumas potências se não acabar com elas.

A grande tragédia é estarmos todos interligados, pelo menos em termos ocidentais. Não temos as culturas definidas num espaço, encontram-se diluídas pelos meios de comunicação e a rápida passagem de informação através do desenvolvimento informático.

Devido a esta interligação tão coesa devíamos ser capazes de chegarmos a acordos mais rapidamente o que não acontece.

Ainda não se resolveram as nossas diferenças e a encará-las como uma simples diversidade, até porque independentemente da cultura e herança social que se tenha as necessidades básicas são iguais.

No artigo que tenho por base o próprio Presidente do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), afirma que Estamos, de facto a arriscar a própria sobrevivência da humanidade, só isto deveria ser suficiente para mudarmos a nossa forma de agir.

Verifica-se apenas a indiferença, a falta de atenção e desinteresse pelas políticas, culpabiliza-se o sistema mas nada se faz para o alterar.

A nível local, tomando Portugal como estudo sobre o que pensam os Portugueses em relação a este problema das Alterações Climáticas, o que estão dispostos a fazer e o conhecimento que têm, foi realizado em 2003 pelo Observa um Relatório final.

O Relatório revelou que á escala da sociedade portuguesa é preferível continuar a ter os mesmos comportamentos em número mais reduzido, do que alterá-los ou simplesmente deixar de os ter, como por exemplo o uso do transporte individual.

Todas as implementações que possam afectar os rendimentos dos portugueses são rejeitadas, tais como o aumento do preço da electricidade. Deve-se á falta de consciência que temos Termoeléctricas a produzir electricidade através da queima de combustíveis fósseis e que isto não é sustentável.

Em relação ás causas os portugueses não reconhecem os factores mais contribuidores das Alterações Climáticas, mediante isto não é possível terem uma atitude alargada contra o aumento cavalgante deste problema.

Encontra-se o caso de termos politica mas não haver fiscalização, haverem projectos mas a sua aplicação ser inviável devido a falta de cooperação da sociedade.

Tudo parece gritar para uma mudança, que se mantém subjugada aos interesses individuais e desinteresse pela nossa própria sobrevivência, ou seja uma alienação dos problemas transportados para os industriais e poderes políticos presentes.


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Anexo: (Artigo)

http://gaia.org.pt/pipermail/gaia-geral/
2005-January/003725.html

[GAIA-geral] Sobreviverá a Humanidade ao capitalismo?

Pedro_Jorge_Pereira
Sexta-Feira, 28 de Janeiro de 2005 - 16:35:27 WET

Sobreviverá a Humanidade ao capitalismo?

O ponto de não-retorno no aquecimento do planeta, com perí­odos de seca, más colheitas e falta de água, poderá ser atingido mais cedo do que os 10 anos até agora previstos, revela um estudo publicado em Londres, elaborado pelo Instituto de Pesquisa sobre Polí­ticas Públicas, de Londres, pelo Centro para o Progresso Norte-Americano, de Washington, e pelo Institute Austrália, de Sydney. O relatório, intitulado «Enfrentar o desafio do clima» e elaborado por centros de estudos britânicos e norte-americanos, é dirigido aos dirigentes do mundo inteiro e a sua publicação, no diário Independente, coincide com o iní­cio da presidência da Grã-Bretanha do G-8.

Dr. Rajendra Pachauri, o presidente do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC), afirmou, numa conferência, na Mauritânia, onde estavam presentes 114 governos, que acredita que o mundo já atingiu o ní­vel de concentrações perigosas de dióxido de carbono na atmosfera e apelou a cortes urgentes e "muito profundos" nos níveis de poluição, se a humanidade quiser "sobreviver". Recorde-se que a administração Bush colocou Pachauri no seu posto depois de a Exxon, a multinacional petrolífera que mais se opõe às políticas internacionais de alteração climática, se ter queixado do seu predecessor, considerando-o "demasiado agressivo".

Pachauri afirmou ainda que "As alterações climáticas são a sério. Temos uma pequena janela de oportunidade que se está a fechar rapidamente. Não há tempo a perder.". Depois afirmou ao The Independent que a morte generalizada de recifes de coral e o rápido degelo no Árctico o tinham levado a concluir que o ponto de perigo que o IPCC deveria impedir já tinha sido atingido. Em Novembro de 2004, um estudo realizado por cerca de 300 cientistas concluí­a que o Árctico estava a aquecer ao dobro da velocidade do resto do mundo e que a cobertura de gelo tinha diminuí­do em cerca de 20% nas últimas 3 décadas.

O gelo está 40% mais fino do que na década de 70 e poderá desaparecer pelo fim do século

Como nota final de pessimismo, recordemos que as actuais alterações climáticas são fruto da poluição emitida nos anos 60. As décadas seguintes elevaram a poluição a ní­veis cavalgantes, o que apenas nos pode fazer esperar efeitos climáticos extremos para o futuro. Estamos, de facto, a arriscar a própria sobrevivência da humanidade. A pergunta que, agora, se coloca é a seguinte: Ainda iremos a tempo de inverter esta loucura?

Temperatura poderá subir 11 graus até meados do século

O clima da Terra pode ser mais sensível do que se pensa ao aumento dos gases com efeito de estufa na atmosfera, concluem os cientistas que lançaram um projecto para testar modelos de evolução climática, através da colaboração de 90.000 mil pessoas de 140 países. Dentro de cerca de 50 anos, a temperatura média do planeta pode aumentar até 11 graus Celsius, dizem os investigadores hoje na revista "Nature", onde apresentam os primeiros resultados do projecto Climateprediction.net.

Este projecto inspirou-se no sucesso do SETI home, em que mais de um milhão de pessoas descarregaram da Internet para o seu computador um programa que permitia analisar dados captados pelo radiotelescópio de Arecibo, em busca de sinais de vida inteligente no espaço. Fazendo "download" de um programa a partir do "site" http://www.climateprediction.net, qualquer pessoa pode pôr a correr no computador uma versão do modelo climático desenvolvido pelo MetOffice britânico (o equivalente ao Instituto de Meteorologia). Cada versão tem diferentes parâmetros, que o farão evoluir de forma diferente durante o equivalente a 45 anos. Os resultados são enviados para a Universidade de Oxford.

Distribuindo estas operações de computação, os cientistas puderam testar o equivalente a quatro milhões de anos de evolução climática. Para isso, desde que o projecto foi lançado, em 2003, foram usados o equivalente a 8000 anos de um computador a fazer o processamento dos dados em permanência algo que ultrapassa a capacidade dos mais poderosos super computadores.

Baseando-se nos resultados dos primeiros 2000 modelos analisados graças à colaboração dos voluntários, os cientistas concluíram que, sem cortes significativos nas emissões de gases com efeito de estufa, a temperatura da Terra e o nível do mar vão subir, explicou David Stainforth, da Universidade de Oxford e líder do projecto, citado pela agência Reuters.

As estimativas do Painel Internacional das Alterações Climáticas das Nações Unidas apontam para que a temperatura média aumente entre 1,4 e 5,8 graus Celsius até 2100. O Climateprediction.net prevê alterações na temperatura média da Terra entre dois e 11 graus, quando as emissões de gases de estufa forem o dobro das de antes da revolução industrial. Esse momento deve ser atingido em meados do século XXI.

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"People say they don't care about politics; they're not involved or don't want to get involved, but they are. Their involvement just masquerades as indifference or inattention. It is the silent acquiescence of the millions that supports the system. When you don't oppose a system, your silence becomes approval, for it does nothing to interrupt the system.

People use all sorts of excuses for their indifference. They even appeal to God as a shorthand route for supporting the status quo. They talk about law and order. But look at the system, look at the present social "order" of society. Do you see God? Do you see law and order? There is nothing but disorder, and instead of law there is only the illusion of security. It is an illusion because it is built on a long history of injustices: racism, criminality, and the enslavement and genocide of millions. Many people say it is insane to resist the system, but actually, it is insane not to."

*/Mumia Abu-Jamal/*

Referência Bibliográfica:

SCHMIT, L.(2000). Sociologia do ambiente-genealogia de uma dupla emergência, Análise Social, ICS-UL, nº150, 175-210.
PATO, João (2003). As Alterações Climáticas no Quotidiano. Estudo Comportamental de Curta Duração, ISCTE Observa:
http://www.observa.iscte.pt/v2/docs/
Relatorio%20Final%20Alteracoes%20Climaticas.pdf


Nota da redação:
Este é o texto integral, tal como nos chegou ás mãos para esta edição, a ser lançada, na altura, em Novembro/Dezembro de 2005.
 
B

Bolonha e as implicações nos Cursos

por Factus FCT - quinta-feira, 19 de outubro de 2006 às 15:01
 
O Processo de Bolonha está aí à porta, estamos a menos de um semestre dele entrar em vigor e ele vai trazer uma maneira diferente de enfrentar o Ensino Superior da que estamos habituados a ver na FCT.
Vai trazer os cursos em formato 3+2, Licenciatura+Mestrado e em alguns casos Mestrados Integrados (5+0).
Antes consideravam-se os Bacharelato uma saída rápida de um curso, agora as Licenciaturas vão ser equivalentes aos Bacharelatos e as actuais Licenciaturas vão passar a chamar-se Mestrados, vamos passar a ter cursos mais especializados quando se se fizer os dois ciclos e Licenciaturas com mais formação de base, vamos ter que pensar novamente se queremos continuar a estudar depois do primeiro ciclo, vamos ter direito a preocupar-nos com médias de entrada no 2º ciclo, vamos ter direito a propinas no 2º ciclo não subsidiadas pelo Estado, ou seja vamos ter um segundo ciclo no Ensino Público, mais ou menos como uma visita ao Ensino Privado, mas vamos ter direito a fazer o 2º ciclo onde quiseremos e pudermos pagar.
Mas nem tudo são más noticias, existem muitos casos em que as alterações de Bolonha vão favorecer os estudantes mas tudo varia de pessoa para pessoa, há casos em que é suficiente uma Licenciatura de 3 anos, outros casos em que não suficiente, há estudantes que com Bolonha vão ter uma hipótese de sair da faculdade com uma licenciatura em 3 anos, há muita coisa em aberto em relação ao tema Bolonha, coisas que só irão ter resposta no futuro, por isso o necessário é que os actuais alunos não sejam prejudicados com a transição e que tenham mais hipóteses de ter sucesso no mercado de trabalho.
E a melhor maneira de um estudante ter sucesso é ter conhecimento da sua situação, por esse motivo o FaCTus tentou falar com todas as comissões pedagógicas de licenciatura que existem na faculdade, os mais atentos vão constatar que não foi possível falar com todas elas, com algumas não foi possível contactar os membros, noutros casos os outros cursos pura e simplesmente não têm comissões pedagógicas.
Temos que esclarecer umas coisas relativamente a estas entrevistas, elas foram feitas antes de se conhecer os planos de transição das licenciaturas, no entanto pela altura em que lerem estas linhas as vossas comissões de curso já devem ter informações sobre os mesmos, este artigo foi elaborado com o intuito de incitar os estudantes menos atentos a analisar a sua situação e verificarem se ela não traz complicações durante o plano de transição, não com o intuito de dizer tudo o que há para dizer sobre a implementação de Bolonha num curso especifico.
Se tu fores um desses casos complicados o que deves fazer em primeiro lugar é falar com a tua  Comissão Pedagógica ou com o teu Coordenador de Licenciatura, qualquer um deles poder-te-á informar melhor sobre o que se vai passar no teu curso e no teu caso especifico.
Uma das grandes fontes de informação sobre o Processo de Bolonha na F.C.T. é a página que Professor Lampreia mantêm em http://bolonha.fct.unl.pt/.

Licenciatura em Química Aplicada

Da conversa com a Rui Pinto e Vanessa Nascimento, da CPLQA, soubemos que o curso irá ser reestruturado de 5 para 3 anos, sob a forma de 1º ciclo e o 2º ciclo terá 2 anos, em que surge uma grande diversidade de mestrados.
Como consequência da reestruturação do curso para 3 anos, houve a extinção de várias cadeiras, principalmente cadeiras de 4º e 5º ano da licenciatura antiga. Inicia-se agora a discussão para definir o plano de transição, cujo prazo de coexistência entre ambos os planos curriculares deverá ser, de acordo com a lei em vigor, de um ano lectivo.
Para já os alunos estão na expectativa, mas pessimistas quanto ao futuro, receando sair prejudicados.
A Comissão Pedagógica, em conjunto com os Professores membros, tem tentado encontrar soluções que satisfaçam as expectativas dos alunos e os objectivos do próprio processo de Bolonha. Tem tentado promover o debate entre todos os agentes envolvidos, facilitando e mediando, muitas vezes, o diálogo entre professores e alunos.
Choca-lhes o silêncio negligente perpetuado pela associação de estudantes, que não tem mobilizado, informado nem unificado a voz dos estudantes, que assim perdem representatividade e força para serem agente dinâmico no decorrer deste Processo. Por outro lado, consideram que houve uma grande precipitação por parte dos órgãos dirigentes, demonstrando falta de sensibilidade e de respeito para com os problemas dos alunos.
Esperam que a entrada em vigor no processo de Bolonha seja atrasada por um ano lectivo, com data de início para 2007/2008, para que haja um período interno (embora não formal) de dois anos de transição, e que permita aos alunos inscreverem-se no ano lectivo de 2006/2007 de acordo com as cadeiras dos novos planos curriculares, evitando assim, o atraso de um ano, situação muito comum aos alunos de 3ºano da licenciatura em Química Aplicada.

Licenciatura em Ciências da Natureza

O FaCTus foi à conversa com Pedro Castro e Rui Inácio, da comissão pedagógica de LCN, e ficámos a saber que Ciências da Natureza é um curso que se encontra com as inscrições anuais fechadas, devido ao número reduzido de inscrições há dois anos. Sendo assim, não está prevista qualquer reestruturação, sendo que os alunos que voltarem a entrar no curso, quando forem reabertas vagas, entrarão para um novo plano curricular, cuja comissão não sabe qual é. Sabem apenas que será dividido pelos dois ciclos, 3 + 2 anos.
Os professores demonstram alguma apatia sobre o processo, tal como os alunos, visto lhes terem garantido que não seriam afectados por nada e que quem entrou para o currículo actual, assim continuará.

Licenciatura em Conservação e Restauro

Falámos também com a Micaela Viegas e a Maria Gomes, da CPLCR, que nos informaram que o curso também será reestruturado em dois ciclos, de duração 3+2 anos, mas que não sofrerá grandes alterações nas cadeiras leccionadas, portanto encontra-se tudo preparado para que  quando Bolonha entrar em vigor no próximo ano lectivo, não aconteçam grandes sobressaltos. Os Professores também se encontram sem opinião sobre o processo e, do lado dos alunos, não há grande informação. Na opinião das nossas colegas, Bolonha não traz nada de novo ao curso, exceptuando um acréscimo de gastos com o curso, no que toca ao financiamento do 2º ciclo e um Estágio opcional no 7º semestre.

Licenciatura em Engenharia Civil

À conversa com Lígia Carvalho, da CPLEC, soubemos que o curso se manterá sem grandes alterações ao currículo, exceptuando a existência dos dois ciclos, 3+2 anos. Só os alunos até ao 3º ano é que serão afectados, sendo que está tudo preparado para entrar para o ano. Os professores não mostram ter grande opinião . Não ocorreu grande discussão com os alunos.

Licenciatura em Engenharia Informática

Falámos com Bruno Areal, Ricardo Silva e Luís Teixeira da CPLEI, sobre as mudanças em Informática com a introdução de Bolonha, o que descobrimos foi talvez um dos poucos cursos pensados de raíz para o sistema 3+2,  em que se tentou cumprir com os propostos do tratado de Bolonha e tentando manter ao mesmo tempo as bases necessárias recomendadas pelo ACM/IEEE, prevê-se uma transição tranquila em que os alunos não sairão nem beneficiados nem prejudicados, quanto ao segundo ciclo ainda não há novidades, pelo simples motivo que ainda não está pronto, mas sabe-se que vai entrar em vigor em 2007/2008.
As opiniões dos alunos tal como em todos os cursos não foram levadas muito em conta no novo curso, mas na elaboração do plano de transição as opiniões e sugestões já têm conseguido alguma coisa.
No final a ideia que passa é que se tentou aproveitar as vantagens de Bolonha, tentando também descartar-se das coisas menos boas, com isso obteve-se um curso mais especializado, mas não necessariamente pior.

Licenciatura em Engenharia Química

Relativamente a LEQ falámos com a Marta Sofia que nos disse que a reestruturação já está completa, vai ficar Mestrado Integrado em Engenharia Química e Bioquímica, no entanto relativamente ao plano de transição ainda não tinha informações.
O sentimento do estudantes relativamente à transição para Bolonha é que vão sair como mestres, o que é uma vantagem, fora isso como o novo curso é um mestrado integrado, não deve haver muito mais vantagens, há algumas questões quanto a alteração para um curso com mais bases de bioquímica, o que para alguns será positivo mas outros alunos mais antigos acham que se perde um pouco o sentimento de Engenharia Química.
Vão-se efectuar sessões de esclarecimento com os alunos os informar sobre as questões da transição, no entanto a opinião é que os professores do departamento estão a fazer um bom trabalho, há no  entanto alguma ambivalência em relação a Bolonha, alguns professores estão a favor, outros tem uma opinião mais reservada.
Uma das preocupações com a transição para o processo de Bolonha, são as propinas do 2º ciclo outra é os alunos terem que fazer cadeiras a mais com a transição.
Soubemos também que a haver envolvimento da comissão pedagógica será na transição, porque na elaboração do novo curso não houve muita interacção.

Licenciatura em Engenharia Física

Sobre Engenharia Física pedimos a colaboração do David Faria da CPLEF para responder às nossas perguntas, ficámos a saber que o curso reestruturado é muito similar ao curso antigo, já que agora é Mestrado Integrado em Engenharia Física.
O curso ficou ligeiramente alargado, tendo em conta que a duração do curso é a mesma, ficou mais mestrado do que licenciatura.
Sabe-se que como previsto os dois ciclos vão entrar em funcionamento no próximo ano lectivo, quanto ao plano de transição a decorrer no próximo ano lectivo, plano esse onde vai haver interacção entre a CP e os professores, não se prevêem situações complicadas, já que os planos curriculares são mais ou menos equivalentes, existem algumas situações pontuais mas vão ser vistas caso a caso.
Os professores da licenciatura estão no geral a favor da implementação de Bolonha, no entanto alguns pensam que foi tudo feito muito á pressa.
 
Licenciatura em Bioquímica

Da Comissão Pedagógica da Licenciatura em Bioquímica contámos com a presença de Miguel Mondragão e Diana Garcia que nos responderam a algumas perguntas.
Relativamente à licenciatura, ela entrou em funcionamento há dois anos, e já foi criada na altura com Bolonha em vista, por isso as alterações no curso vão ser praticamente minímas, até porque os alunos mais velhos do curso estão no 2º ano, tendo por isso uma transição para Bolonha facilitada.
O 2º ciclo de Bioquímica parece já estar feito, no entanto pelos motivos acima referidos o 2º ciclo não deve entrar em vigor para os alunos actuais antes de 2007/08.
No geral a transição para Bolonha de Bioquímica pelo que nos foi dito parece relativamente fácil e indolor.
Os professores de Bioquímica tal como tantos outros também estão no seu geral a favor de Bolonha, com alguns a ter algumas opiniões mais reservadas.

Licenciatura em Engenharia Geológica

Engenharia Geológica vai passar a ser um curso 3+2, com duas vertentes no 2º Ciclo, Geotecnia e Georrecursos, falámos com o Pedro Gonçalves da CPLEG sobre Bolonha, e na altura ele não tinha muitas informações para nos dar, no entanto pode nos indicar que a transição para Bolonha irá ser complicada, já que existem alunos um bocado espalhados pelo curso.
Demonstrou-se preocupação com a questão das propinas no 2º Ciclo, mas também se vê a possibilidade de sair da Faculdade com Licenciatura ao fim de 3 anos possa beneficiar aqueles alunos que estejam com mais dificuldades em acabar o curso.

Licenciatura em Engenharia do Ambiente

Falámos com João Martins da CPLEA sobre Bolonha e Ambiente, como já todas as pessoas sabem, Ambiente é um curso que de há dois anos para cá gosta de inovar, ter ideias novas e criar o caos nos alunos do curso.
Ambiente inicialmente foi reestruturado a pensar no 4+1, no entanto isto foi o ano passado, este ano com as mudanças que houve, foi necessário rever essa reestruturação para 3+2, sabe-se que esta orientação vai ser implementada com base no Mestrado Integrado, dando a formação base nos 3 anos iniciais e oferecendo 4 Mestrados no 2º Ciclo, sendo que houve algumas fusões de cadeiras que passaram a funcionar por módulos, organizou-se também algumas cadeiras o que resultou na despromoção de anos de algumas delas, por exemplo algumas cadeiras de 4º ano passaram para o 3º ano ou ainda alterações de semestres de cadeiras.
Estas constantes mexidas no curso, deixou os alunos com os cabelos em pé, quanto aos professores da licenciatura, alguns são abertamente contra o Processo de Bolonha, outros nem por isso, mas muitos disseram que houve precipitação em fazer e falta de informação.
O papel da CPLEA no processo, tem sido de ajudar a esclarecer os alunos do que se vai passar, tendo já feito um plenário de esclarecimento.
 
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C'est Paris por vous!

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 15:03
 
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Paris viveu durante algumas semanas, um cenário de guerra. Mas não falamos de uma guerra qualquer. Não são exércitos que se opõem uns aos outros. São populações que se viram contra as autoridades. São jovens, na sua maioria mais novos que qualquer FCTense que causam os desacatos. E quais as razões para assistirmos a uma revolta de que não há memória, desde os acontecimentos de Los Angeles, na década de 80?
Paris sempre nos habituou a grandes manifestações e revoluções sociais, veja-se a Revolução Francesa, e o na altura denominado Terror, veja-se o caso da Comuna de Paris, na segunda metade do século XIX, ou o Maio de 68. Mas nunca se tinha visto, com esta dimensão, uma revolta que, tal como em Los Angeles ou noutras cidades, fosse motivada não por fins políticos mas contra tudo e todos.
Vamos por partes. Uma coisa são os motivos que, inicialmente, levaram aos protestos, outra coisa são as pilhagens, o vandalismo e o terror que grupos de bandidos e oportunistas têm levado a caso. Estes últimos não passam de destabilizadores que, nestas situações, aparecem sempre.
Agora, o que motivou esta situação inicial é que tem de ser estudado.
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643381.jpg Tudo começa com a morte de dois jovens imigrantes africanos, numa central eléctrica, ao fugirem de uma perseguição policial. Acusados de racistas pelas populações imigrantes, as forças policiais, quando os protestos começaram, tomaram medidas que ainda mais justificaram este rotulo, ao destruírem uma mesquita e ao tratarem todo o imigrante como terrorista, como aliás desde o 11 de Setembro alguns governos têm tratado a questão da imigração (lembremos-nos do caso do cidadão brasileiro morto em Inglaterra, no Verão.). Ora tudo isto gerou um descontentamento por parte das comunidades imigrantes, em especial os Jovens, criando-se uma enorme bola de neve, fomentada por comentários racistas de um ministro.
Ora esta bola de neve tem raízes mais profundas do que a lamentável morte dos dois jovens. Estas populações têm sido constantemente votadas à marginalização. Oriundos de países pobres, chegam à Europa em busca duma vida melhor à qual todos os seres humanos têm direito. Acabam por ser explorados, mal pagos, vítimas de discriminações, considerados sempre o bode expiatório do problema do desemprego. São colocados em bairros que são autênticos guetos, que se tornam barris de pólvora, que neste caso acabaram por explodir. Os jovens destes bairros pouca ou nenhuma motivação têm, derivada à situação em que vivem. É obvio que algum dia esta situação aconteceria. A discriminação, o racismo, a xenofobia, os apartheids urbanos, a pobreza e o desemprego só podem gerar estas lamentáveis guerras urbanas.
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E muito se tem falado que qualquer dia acontece o mesmo em Portugal. Com ou sem alarmismos, é algo bem possível. Os sintomas são os mesmos. Lá, como cá a solução não passa por simples cargas policiais. Lá, como cá, é preciso reivindicar e fomentar politicas que combatam a pobreza, que impulsionem Emprego para Franceses (Portugueses, no nosso caso) e Imigrantes com os mesmos direitos, é necessário eliminar o racismo e impulsionar a paz e amizade entre todos, é urgente defender um ordenamento do território que não gere exclusão. Está nas nossas mãos prevenir estes males.

Créditos das fotos: Agências noticiosas Lusa e FrancePress.
 

Cartoon

por Factus FCT - segunda-feira, 20 de novembro de 2006 às 20:18
 
Cartoon
 

Cinema e o Mundo que nos rodeia

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 15:14
 
Texto de Opinião por: Ricardo Ferreira

Tive oportunidade de ir por alguns dias à 26ª edição do festival internacional de cinema fantástico do porto, o já bastante conhecido Fantasporto.
É a segunda vez que vou ao Fantasporto, tendo sido a primeira o ano passado, este ano que passou tive a oportunidade de ver nos poucos dias que passei no Porto, filmes de grande qualidade e filmes de qualidade duvidosa, mas acho que disso não há hipótese de fugir, já que gostos há muitos.
O Fantasporto, como festival de cinema fantástico, tem como objectivo promover esse género de cinema, mas não é por isso que filmes menos *fantásticos* não fazem parte do cardápio de filmes apresentados aos cinéfilos que se desloquem ao Porto, o ano passado por exemplo pude ver o Sideways um filme bastante alternativo mas que de *fantástico* não tinha muito.
Outra grande atracção do Fantasporto são os 7 ciclos, ou temáticas, em que os filmes em exposição são divididos, gostei particularmente dos filmes incluídos no ciclo Orient Express, que tenta mostrar que o cinema proveniente da Ásia, que tem visto nos últimos anos um grande aumento na qualidade de filmes, não é só filmes de artes marciais e filmes de terror, mas que também há filme de muita qualidade como por exemplo o Samaritan Girl, um filme Sul Coreano de Kim Ki Duk, que conta uma história realmente boa, e que duvido muito ou não fosse por festivais como o Fantasporto nunca teria ouvido falar do filme nem tão pouco o visto.
Outro filme muito bom, que conta uma realidade diferente, mas igualmente brutal é o filme Shooting Dogs, um filme Inglês/Alemão de Michael Caton Jones, que conta a história de um genocídio de raundenses de etnia Tutsi por parte de ruandenses de etnia Hutu no Ruanda em 1994, uma visão algo mais realista do que a apresentada no filme Hotel Ruanda.
Este filme não deixa ninguém indiferente e faz-nos questionar, o quão evoluída é realmente a raça humana, e chego á conclusão que nem mesmo 3 milhões de anos de evolução servem para alguma coisa...
De qualquer forma, o Fantasporto é uma experiência que qualquer um devia passar, e pela nossa faculdade não se perdia nada em seguir com mais atenção os filmes propostos pelo Núcleo de Cinema, já que por vezes também temos direito a ciclos de cinema de grande qualidade.
Vejam cinema e pensem na vida.
 

Cresce na F.C.T., uma ligação ao futuro...

por Factus FCT - quinta-feira, 9 de novembro de 2006 às 13:40
 
Estão possivelmente a pensar ter filhos durante o decurso da vossa vida, certo? Já pensaram que os vossos filhos vão ser o vosso legado neste mundo? Mas e o que aconteceria se devido a algum acidente ou realmente quisessem, se vissem pais durante o tempo em que estão aqui na F.C.T., quais eram as vossas hipóteses?
Foi com base nestas ideias, que quisemos descobrir quais seriam as hipóteses de um estudante, para tal fomos ao sitio certo para resolver a questão, fomos à creche (Centro de Educação Pré-escolar) na F.C.T., localizada ao lado da casa das folhas, é uma construção que embora tenha por base o pré-fabricado, foi erguida a pensar e com o fim especifico de alojar um local onde a segurança tem de reinar suprema.
O projecto deste Centro teve inicio em 1998 e partiu de uma ideia antiga do na altura director da F.C.T., o Prof. Doutor Leopoldo Guimarães, que contou com a colaboração de duas funcionárias Carla Claro e Marina Marques para encetar um estabelecimento ainda que provisório, que foi considerado por muitos pioneiro pelas suas características. No entanto sem o apoio da Direcção da Faculdade e da Reitoria da Universidade Nova não seria possível criar a creche a pensar nas necessidades de docentes, funcionários e também dos alunos.
A creche em funcionamento já há 6 anos, tem tido uma história de sucesso, cujos resultados ultrapassaram as expectativas, considerada como uma creche piloto por parte da Segurança Social, por cumprir todas as regras, é um local onde as crianças têm todas as oportunidades de serem cuidadas, de se divertirem e de aprender em segurança e num ambiente familiar e acolhedor.
Cresce FCT
Por ano o número de vagas na creche para filhos de alunos é 25%, o que faz algum sentido, tendo em conta que normalmente não é por parte dos alunos que há a maior procura, no entanto de ano para ano a procura por parte dos alunos têm vindo a aumentar.
Um dos motivos que foi nos indicado pela Dra. Carla Marques, por parte da administração da creche para a baixa procura por parte dos alunos, é que os estudantes que têm filhos, talvez prefiram deixar os mesmos com os avós do que trazê-los para a faculdade.
Os principais motivos que foram apresentados como favoráveis a deixar os filhos na creche da F.C.T. são: a confiança que inspira, a proximidade pais-filhos, o facto de se saber o que se passa, de ser um ambiente familiar, transparente, e o preço, já que o calculo da mensalidade é efectuado tendo em conta os rendimentos familiares, o que no caso de estudantes, pode ser uma grande ajuda.
Cresce FCT
Na opinião da Liliana Coelho, uma das educadoras, os motivos que os pais teriam para deixar os filhos na creche são, por exemplo, boas educadoras (risos), maior proximidade com os filhos, será possivelmente mais fácil deixar os filhos na F.C.T. do que na área de residência, um ambiente mais familiar, o facto de as educadores e auxiliares terem todas formação especifica na área, o cumprimento das regras impostas, comprovadas por inspecções periódicas, a adequação das actividades e equipamentos à realidade de cada criança, entre outros.
Perguntamos também se haveria ideias de expandir a actual creche, e foi-nos indicado, que o actual Reitor da U.N.L., o Prof. Doutor Leopoldo Guimarães, tal como quando era director da F.C.T., continua a dar o seu total apoio e o da Reitoria à creche, bem com o apoio incondicional por parte da Direcção, e a insistência da Administração em levar este projecto mais além, por isso já existem vários estudos de arquitectura feitos para as novas Instalações, alguns com os pedidos de aprovação feitos nas entidades oficias que regulam este tipo de estabelecimentos. O espaço foi cedido pela Reitoria, faltando apenas verbas para a realização das obras. Com estas obras, seria até possível expandir o actual quadro de actividades da creche, para incluir também A.T.L., ou seja um espaço que na opinião de educadoras e inspectores já tem todas as condições, vai ficar ainda melhor.
Pedimos autorização a pais e educadores, e fomos assistir a uma tarde relativamente especial na creche, com a participação do Mad Melga, da Mad Science, um programa que tenta fomentar o interesse pelas ciências às crianças mais novas, antes deste evento, tivemos oportunidade de falar um pouco mais com a Liliana Coelho, perguntamos-lhe como é trabalhar com crianças, e obtivemos a resposta que se esperava, trabalhar com crianças é uma experiência gratificante, já que as crianças são muito mais livres de pensar, sentir e também muito mais sinceras, coisas muito raras de encontrar num adulto, é claro que foi referido que por vezes é preciso uma dose extra de paciência e gosto pelo que se faz, mas que em compensação, quando se entra de manhã na creche, os problemas dissolvem-se á porta, e que deu para sentir saudades durante as férias da Páscoa.
Cresce FCT
Perguntamos também como é um dia normal destas crianças, e ficamos a saber que os dias apesar de terem um projecto, são feitos mais com base no que as crianças sentem, por exemplo, se for um dia em que seja necessário falar sobre um tema, porque houve uma noticia que fez as crianças perguntar sobre esse assunto, fala-se sobre esse tema, obtêm-se assim dias flexíveis, em que se tenta manter um equilíbrio entre divertimento e a aprendizagem.
No âmbito da apresentação Mad Science que teve como tema a electricidade, vimos uma actividade alegre, divertida, que fomenta a vontade de conhecer das crianças e que teve também um excelente recepção por parte das mesmas.
Aproveitamos a ocasião e entrevistámos o André, a Daniela e a Joana, três crianças do grupo do jardim de infância, perguntamos a todos se gostavam de estar na creche e a resposta foi um sim bastante sorridente, quando perguntamos o que queriam ser quando fossem grandes já obtivemos respostas diferentes, temos futuramente uma pintora, uma ginasta e um professor. Sobre o que gostam mais de fazer na creche, fora o omnipresente brincar, descobrimos que gostam de desenhar, representar e usar o computador, gostam também de todas as educadoras, sem excepção.
Cresce FCT
Pelo pouco que passamos da tarde na creche, deu para perceber que caso haja uma situação para alunos em que esteja em causa deixar os estudos por causa de uma criança, a creche da F.C.T. é uma opção mesmo muito viável, e uma oportunidade de continuar os estudos e ao mesmo tempo não prescindir da alegria de ser pai ou mãe.
 Cresce FCT

Nota: Este artigo foi elaborado com a colaboração da Administração do CEPE, da Educadora da Sala de Jardim de Infância , "Mad Melga" do programa Mad Science, das restantes funcionárias da Creche, dos Pais, que possibilitaram ser possível tirar fotos às crianças e principalmente das crianças que nos deixaram participar de um pouco do seu mundo.
 

Crítica de Música - Front Door

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 15:37
 
Por: Hugo "Janado" - RádioFCT

album cover

Bem vindo à primeira coluna musical do Jornal FaCTus, acreditem que esta não é uma qualquer, e como forma de festejar este acontecimento o pedaço de papel onde se encontra impressa foi perfumado com a minha fragrância.
Conheci os Front Door através de um amigo meu, com a música Storm, a qual, com o lançamento desta demo, se encontra na sua terceira versão. Composta por 4 elementos, esta banda formada em Portugal, com as suas letras emo tal como o seu som bem esgalhado não me passaram despercebidos, misturando ondas como o screamo e o punk, em 5 músicas.
Com tão pouco tempo de existência apresentam já uma enorme qualidade. Foi a música Glass que mais me viciou neles, apresentando uma fusão perfeita entre letras, som e energia. Love Lessons é daquelas músicas de amor que muitos de nós gostaríamos de escrever, com um começo sereno, sensível e alegre (em termos sonoros), transporta-nos a pouco e pouco para uma libertação, para um pedido, para um desejo. De salientar ainda o piano que toca logo após o primeiro refrão em pano de fundo, genial. Gosto muito da energia da Awaken, e da grande bateria que em conjunto com uma guitarra, introduz The Wilting Rose (adoro o nome desta música).
Sem dúvidas que estes sócios percebem do que estão a fazer, apresentando uma bela mistura de acústico com eléctrico, de canto melódico e suave, com o grito poderoso e energético, deixando-me intrigado quanto ao seu futuro, devido à qualidade existente em gente tão nova. Se uma demo já tem esta qualidade, imagino um álbum.
Se foram cheirar o papel, atão são muita pacóvios, se tiveram de manter a cara afastada a pelo menos 100 metros da folha, atão é melhor começar a pensar em voltar a tomar banho.

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(quatro em cinco, caso sejas mau a Análise Matemática)

janado

Banda: Front Door
Voz e Guitarra: Dane Uhler
Baixo e Voz: Jesse Borden
Guitarra e Voz: Trevor Borden
Bateria: Gonçalo Almeida

Site: http://frontdoormusic.com/

 

Critíca de música: Humble - 2Tone

por Factus FCT - quinta-feira, 9 de novembro de 2006 às 13:51
 
Crítica por: Hugo "Janado" - RádioFCT

Humble

HUMBLE é uma banda de ska-core. Ângelo Silva, Nuno Silva e Tito Santana com idades entre os 13 e 14 anos em 1996 formam uma banda na localidade de Moura (no Alentejo), é assim que é descrito o início desta banda no seu site oficial.
No dia 11 de Fevereiro dirigi-me à St. Dominics International School em Cascais com mais dois amigos, para assistir a um concerto com 5 bandas, os Front Door, Trotil, EnDay, Triplet e Humble. Um dos meus amigos já há muito que me falava dos Humble, uma banda de ska-core com muita energia em palco e com música que nos obrigava a não descansar os pés enquanto eles ocupassem o palco, e não, não me refiro a correr desalmadamente para longe deste. Fui então com grandes expectativas para este concerto, pois apenas conhecia os Triplet e os Front Door.
Quando o Ângelo (Voz, Guitarra) começou a tocar as primeiras notas da I Hope Youre Not Recording Me, o people começou simplesmente a dançar e a curtir a boa onda. A energia em palco era brutal, eles não paravam quietos e nós também não, saltava-se, gritava-se HEY!, dançava-se, era uma curte simplesmente brutal devido a uma atitude muito positiva em palco e aos sons contagiantes, EI!, afinal é ska.core. Soei que nem um porco de tanto curtir a boa vibe e também o mosh, como em Ma Kassoa e Chillin. Só para verem o espírito que se apoderou do povo que assistia ao concerto, a certa altura abraçaram-se de frente para o palco, enquanto curtiam todos juntos. O SOM não há cá misturadas dessas, pelo menos não quando se ouve ska-core, se fosse só ska, nunca se sabe. Acabei por adorar os Humble ao vivo, e fiquei totalmente decidido em comprar o álbum 2Tone.
Três dos seus membros frequentam a nossa faculdade, o Ângelo (Voz, Guitarra), o irmão do Ângelo, o Nuno (Bateria, Voz) e o Filipe (Guitarra, Voz). Foi através do Nuno que adquiri o álbum, e desde então não me sai do leitor de cds, e é aqui que entra a crítica ao álbum. Após a excelente impressão que me deixaram no concerto na St. Dominics, as expectativas eram altas. Sou um grande fã de punk, screamo e afins, por isso, ska-core era algo novo para mim, já ouvia algum ska é certo, mas nunca me dei ao trabalho de ouvir um álbum inteiro duma banda deste tipo.
Muitas vezes, as pessoas queixam-se que certas bandas gravam álbuns com músicas tão parecidas, que parecem uma faixa contínua sem músicas diferentes o suficiente para serem diferenciáveis. Ao longo das 9 faixas deste álbum tal não acontece, ok, tudo bem que o estilo gira muito à volta do ska, mas, por exemplo, duas das faixas mostram um lado mais agressivo, falo de Take My Own Soul, uma mistura muita positiva entre punk e ska, com uns palm mutings e uns grooves ska deliciosos e Gui First, com brutas guitarras e umas vocais bem transportadas do estilo ska para o mais agressivo do punk-rock. Todo o álbum é pautado por um estilo musical bem disposto e com muito boas vibrações. O maior exemplo disso é o primeiro single deste álbum, On The River, que a par de Girl compõe a dupla de músicas mais calmas do cd. Adoro a On The River, passo os dias a cantarolar o refrão, tem muita nível, muito bem construída e que deixa o people aqui do meu guêtto totalmente fora de si, digo fora de si, porque atrás das grades é difícil estar fora seja de que sítio for.
A Hope Youre Not Recording Me é aquela música que muitas bandas gostariam mesmo de ter como primeiro single, simplesmente domina, para além de ficar no ouvido é realmente muito boa, é a perfeita mistura entre a rockalhada e o ska, conquista-nos logo no início com um pequeno solo de guitarra que marca logo o tom desta música, deixando antever boas coisas. A Chillin tem um início que me faz querer dançar o vira, e um fim que me faz querer saltar para o mosh. Tal como esta, a Ma Kassoa, a Think Twice e a So Long apresentam uma bela mistura de rock com ska, mostrando com facilidade a destreza por eles apresentada para misturar com sucesso as duas ondas tão diferentes. 2Tone contém ainda um pequeno bónus, na forma de uma faixa adicional. Não posso deixar de enviar um fat props aos Humble devido aos seus talentos vocais, tanto o Ângelo, que parece dar um tom jamaicano à voz nos momentos ska, e que de um momento para o outro a altera totalmente para cantar com um tom mais agressivo, como aos restantes membros que fazem back-vocals bem esgalhadas e com cenas muita manhosas, acreditem que se ouvirem o albúm vão perceber o que quero dizer, apresentam grande acerto e vozes muito boas.
É de salientar ainda a bela apresentação que 2Tone tem, está mesmo impec, só pelo aspecto apetece comprar. De louvar é também a aposta que a Editora Graphonola fez nos Humble, ajudando-os a conseguir gravar um registo musical com muita qualidade e com grande apresentação.

Banda: Humble

Voz e Guitarra: Ângelo Silva
Baixo e Voz: Tito
Guitarra e Voz: Filipe
Bateria e Voz: Nuno Silva

Album: Humble - 2Tone

2Tone

1 Hope Youre Not Recording Me
2 Chillin
3 Ma Kassoa (The One)
4 Think Twice
5 Girl
6 So Long
7 On The River
8 Take My Own Soul
9 Gui First

Site: http://humblestyle.com ou http://humble.pt.vu

Hugo Janado - RádioFCT
 
D

Desfile do Caloiro '06

por Factus FCT - segunda-feira, 20 de novembro de 2006 às 19:39
 
Novo ano, novos caloiros, é assim todos os anos e ainda bem, gente nova nesta faculdade é que é preciso.

O FaCTus gosta de saber o que pensam os caloiros sobre alguns assuntos muito importantes. Para tal efeito fizemos uma lista de cinco perguntas rápidas, para alem das habituais nome e curso, e pedimos a colaboração de uns quantos caloiros para as respostas. Aqui ficam as respostas:

1. Floribela ou Morangos com Açúcar?
Floribela: 20%
Morangos com Açúcar: 50%
Não sabe/não responde: 30% 
2. Tagus ou Superbock?
Tagus: 0%
Superbock: 70%
Outra: 30%
3. Lampreia ou Choco Frito?
Lampreia: 0%
Choco Frito: 70%
Não sabe/não responde: 30%
4. Senhor(a) Doutor(a) ou So Tor(a)?
Sr(a) Dr(a): 60%
So Tor(a): 30%
Não sabe/Não responde: 10%
5. Qual o melhor curso?
Nesta resposta não houve, mais uma vez, consenso, todos os caloiros responderam cursos diferentes, felizmente todos acertaram no próprio curso. Bom, todos não, houve um irredutível caloiro, que agora e sempre resiste aos invasores romanos, num pequeno canto... Pois, houve uma pobre alma que não tinha bem a certeza qual era o melhor curso, para ele os nossos pesares, dúvidas existenciais na Faculdade são complicadas.

Analisando estes resultados existem alguns pontos a melhorar. O consumo de telenovelas ainda é muito alto. O consumo de Tagus é muito baixo, vão ter muitas hipóteses para corrigir isso. O que há de errado com lampreias?  

A equipa do FaCTus gostaria de agradecer, e desejar boa sorte nos respectivos cursos, a alguns caloiros que serviram de objectos estatísticos a esta entrevista: João Santos (Electro), Ana Ferreira (Bioquímica), Inês Mourão (Ambiente), Bernardo Azevedo (Biomédica), Ana Serafim (Conservação e Restauro), André Ferreira (Química e Bioquímica), Tânia Leitão (Informática), Sofia Dias (Matemática), Francisco Branco (LEGI) e ao Rogério Mauro (Civil).

Desfile do Caloiro

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