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EDIÇÃO #1 - MARÇO DE 2006
Factus FCT

Editorial

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 2:23 PM
 
Bem vindos a mais um número do FaCTus, este segundo número, ou primeiro número, tendo em conta que o primeiro FaCTus teve o número 0, este novo número aparece na alvorada do segundo semestre.
Passamos por algumas complicações para poder lançar este número, devido a problemas com a obtenção dos fundos necessários,  como devem ter reparado o FaCTus é distribuído de forma gratuita, mas há sempre custos, no entanto cá estamos nós com mais um número.
Aproveitamos para esclarecer que o motivo pelo qual o FaCTus não compareceu no fórum dos núcleos ficou a dever-se a falta de disponibilidade por parte dos elementos do núcleo e também devido a algumas situações pessoais que afectaram um dos membros.
Para o ano não percam a nossa presença.
Neste número, que têm um formato mais tradicional e mais páginas, falamos da nossa nova Biblioteca, a entrar em funcionamento no inicio do próximo ano lectivo, apresentamos artigos sobre eventos formativos que aconteceram na nossa faculdade, como foi o caso do III Fórum da Química, falamos do problema dos organismos geneticamente modificados, este mês  apresentamos uma nova coluna, com uma crítica musical, esta nova coluna irá conter a partir desta edição, toda uma parte lúdica do FaCTus, com inclusão também da Shout Box, uma coluna para onde os FCTenses podem mandar coisas, como por exemplo: poesia, piadas, desenhos, etc, tudo o que se enquadrar no espaço.
Apresentamos também a Agenda, onde constam as datas de eventos a acontecer na faculdade, e no espaço onde nesta edição aparece a imagem sem comentários, esperamos colocar um Cartoon, isto claro, dependendo do facto de algum FCTense com queda para o desenho se oferecer para realizar um.

E por esta edição é tudo, boa leitura!

Errata: Após uma conversa por e-mail com o Prof. Lampreia, chegou-se à conclusão que a morada de e-mail para onde foi enviado o pedido de colaboração do FaCTus do último número (Nov. '05), embora esteja atribuída ao Professor, não é o contacto de e-mail do professor, como tal, o Professor, estaria erradamente associado a uma falta de educação ao não ter respondido ao mesmo e-mail, o que não se verificou na verdade, tratando-se de um mal entendido.
Pelo qual pedimos desculpas ao Prof. Lampreia.

A Equipa do FaCTus.
 
Factus FCT

III Fórum da Química

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 2:47 PM
 
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No final do mês de Outubro, mais precisamente durante os dias 24, 25 e 26 desse mês, a F.C.T. foi um ponto focal no mundo da Química.
Durante esses dias ocorreu mais um Fórum da Química, a 3ª edição de um evento que já se está a tornar uma referência a nível nacional.
Um evento organizado por estudantes de disciplinas relacionadas com a Química, com o apoio do Departamento de Química e outras entidades relacionadas com a área e não só.
Fomos à conversa com a organização, e ficámos a saber algumas coisas sobre o Fórum da Química.
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Por exemplo, o fórum da química embora tenha tido as ultimas edições com uma periodicidade anual, não têm necessariamente de ser anual, já que a organização do mesmo está dependente da disponibilidade e empenhamento dos alunos que o realizam.
Os objectivos do evento são, dar a conhecer as inovações e realizações do mundo da química entre edições do fórum, com vista a este objectivo, a organização entra em contacto com personalidades do mundo da química, tanto a nível nacional como internacional, para falarem dos assuntos em cujas áreas se inserem.
O público alvo do fórum da química, não é só alunos mais avançados das licenciaturas de química, mas principalmente os alunos caloiros, para lhes dar a conhecer um pouco dos que os espera em anos mais avançados e principalmente para lhes dar uma ideia do que o futuro lhes reserva.
Cada edição do fórum da química têm tido uma boa adesão, tanto em termos dos alunos e docentes da F.C.T., como de visitantes de outros pontos do país.
Infelizmente nota-se uma falta de interesse de pessoas de outras áreas de conhecimentos.
A organização têm quase que vender o evento como se fosse um produto comercial para poder anunciar o fórum, já que existe muito mais na F.C.T. do que festas, mas no entanto eventos formativos não têm a devida relevância na F.C.T..
Parece que não, especialmente para alunos em início da sua vida académica, mas eventos formativos são bastante importantes na aquisição de experiência e novos horizontes.
No entanto, mesmo tendo em conta esta falta de interesse e de relevância, a organização têm estado a receber feedback muito positivo, sendo que o principal feedback, é as pessoas voltarem entre edições do Fórum da Química, especialmente pessoas de outros pontos do país, como por exemplo as Universidades de Aveiro e Porto.
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É por este tipo de feedback que a organização realiza este evento, todos nós gostamos de receber feedback positivo, e a organização são pessoas como nós, alunos da Faculdade.
Como um evento não é só organização, falamos também com alguma da assistência, o que nos disseram, foi que este Fórum foi melhor que os anteriores, com uma grande variedade de temas na ordem do dia e de grande interesse.
Para os estudantes de química, é ainda uma oportunidade de se informarem sobre as possíveis saídas profissionais.
Um dos Professores convidados, manifestou o seu entusiasmo pela qualidade das suas palestras, tecendo elogios à organização por ter conseguido reunir o painel de convidados que esteve presente este ano, lamentando apenas a fraca aderência das outras licenciaturas, apesar das conferências serem muito acessíveis.

E proximamente podem esperar por mais e melhores Fóruns da Química.
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Factus FCT

Imagem da Edição

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 3:40 PM
 
cantina

Cantina da F.C.T. quando chove e os meios de combater a crise.
 
Factus FCT

Lazer

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 3:43 PM
 
NJS e X-FCT

Xadrez Sudoku
xadrez

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As Brancas dão Mate em 3 Jogadas. Sudoku com as letras 'a' a 'i' - Nível Intermédio
 
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Luta, Revolta-te, Manifesta-te!

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 2:32 PM
 
Luta, Revolta-te, Manifesta-te!
No passado dia 9 de Novembro os estudantes voltaram a sair à rua, numa Manifestação coincidindo com a discussão e aprovação do Orçamento de Estado para 2006, caracterizado por fortes cortes no Ensino Superior.
Nós, os estudantes deste país, lutamos e continuaremos a lutar pela revogação da actual Lei de Financiamento do Ensino Superior, responsável pelo brutal aumento das propinas.
Continuamos a defender mais e melhor acção social escolar, para evitar que os nossos colegas mais carenciados sejam prejudicados e possam continuar os seus estudos.
Queremos mais e melhores condições materiais e humanas.
Não queremos um Processo de Bolonha, que não é discutido connosco alunos e por vezes nem com os próprio pessoal docente, um Processo de Bolonha que torna a Educação e a Formação Profissional cada vez mais caras.
Luta, Revolta-te, Manifesta-te!
Mudou o Governo mas nada mudou em relação a estas nossas bandeiras de luta.
As propinas aumentarão todos os anos, os apoios sociais e as bolsas continuarão a descer, continuará a chover na nossa cantina e em tantas outras cantinas, salas de aulas e laboratórios.
O Processo de Bolonha está já a andar e as suas consequências estão à vista de todos, como é exemplo a confusão das inscrições este ano, como é exemplo o facto de se passar a pagar um mestrado, com o respectivo numerus clausus, para ter a mesma formação da licenciatura de 5 anos.
Há de facto, com isto um aumento do custo para os estudantes, das nossas licenciaturas.
E tu, que lês estas linhas e pensas todos os anos há manifestações e greves e essas coisas e não altera nada, não podes nem desanimar nem tão pouco baixar os braços.
É com a luta continuada que lá vamos. Só assim podemos mudar realmente as coisas.
É urgente desde já consciencializar todos os estudantes para a injustiça das propinas.
É urgente travar o Processo de Bolonha, sem que haja uma verdadeira discussão sobre a sua funcionalidade, se realmente os benefícios que ele traz compensam os direitos perdidos.
Tivemos desde o início do ano várias iniciativas em que o Processo de Bolonha foi discutido abertamente, infelizmente a participação dos alunos foi extremamente baixa. Não te acanhes, participa nas discussões promovidas na F.C.T., diz o que pensas sobre o teu futuro.
Luta, Revolta-te, Manifesta-te!
É fundamental que tenhamos um campus onde possamos aprender em edifícios adequados.
É importante unirmos-nos por mais bolsas para quem não pode pagar estas propinas ridículas, já que podes muito bem ser tu o próximo a precisar da Acção Social Escolar.
E se achas que tudo isto é muito difícil conseguir, deixamos-te aqui uma observação: costuma-se dizer que quem luta, umas vezes perde e outras ganha. Quem nunca luta, perde sempre. Se baixares os braços, nunca terás uma cantina onde não chova, nunca deixarás de pagar propinas brutais e ridículas, não terás no futuro Acção Social que te apoie e andarás a tirar uma licenciatura sem muito bem saberes com que equivalências.
Muitas Lutas ainda virão.
Participa nelas.
A tua presença é imprescindível.

Crédito das fotos: Rute Presado (c) 2005
 
Factus FCT

Nova Biblioteca F.C.T.

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 2:50 PM
 
biblioteca fct
Como já devem ter reparado, estruturalmente a nova Biblioteca da F.C.T. está quase pronta, faltando apenas os arranjos exteriores e o apetrechamento do interior, ou seja, no inicio do próximo ano lectivo, em Setembro a biblioteca já estará testada, funcional e aberta ao público.
A nova biblioteca, um edifício pensado especificamente para o efeito, que conta para além das habituais funcionalidades em cerca de 7000 m2 e 5 pisos, com 6  salas de leitura com documentação em regime de livre acesso, 28 gabinetes individuais de trabalho, 8 gabinetes de trabalho em grupo, 1 sala multimédia, bar, sala de exposições, auditório para cerca de 90 pessoas, que pode ser utilizado por exemplo, para a realização de tertúlias, 3 depósitos de documentação, 550 lugares de leitura, acesso wireless à internet e 150 computadores disponíveis. Em suma, novas capacidades que são do interesse de todos os utilizadores da biblioteca.
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Este novo espaço vai dar capacidade à biblioteca para organizar mais eventos formativos, como por exemplo, uma acção de formação de utilizadores, que pretende abranger num nível mais geral, principalmente os novos alunos da faculdade, e a um nível mais avançado, para os utilizadores existentes, estas formações incidem, principalmente no ensino da utilização das ferramentas ao dispor dos utentes, como por exemplo: bases de dados, catálogos, etc.
No seguimento de actividades actuais, como por exemplo a palestra dada recentemente por Gonçalo Cadilhe, a nova biblioteca, tendo em conta os novos espaços, vai apostar no reforço da programação cultural, com palestras e exposições de arte, e muito mais.
A nova biblioteca vai ter um horário de funcionamento alargado, embora sem garantir nada, falou-se de um horário das 09:00 às 20:00, este horário alargado vai beneficiar muitos alunos e responder a algumas críticas ao actual horário.
Uma outra novidade e ponto de interesse, é o facto de a nova biblioteca estar munida de uma câmara de expurgo ecológica, na qual o tratamento dos livros é feito por meio de anóxia, favorecendo a saúde tanto de utilizadores como funcionários.
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Outra nota interessante, é o facto desta câmara de expurgo poder ser utilizada pela licenciatura de Conservação e Restauro, dando assim a esta licenciatura um complemento bastante único a nível nacional.
Outro ponto de interesse é o fundo documental, destinado a Literatura, B.D., Divulgação Cientifica e informações sobre Portugal, orientado principalmente para alunos deslocados.
Para a nova biblioteca foi também criada uma escultura, do escultor Victor Ribeiro, que irá ser colocada dentro e fora do edifício, separada por uma vidraça, o tema escolhido para a escultura foi uma árvore.
O elemento que se encontra no interior simboliza a germinação, o do exterior o gérmen que se fez árvore. Assentes num plano horizontal com sulcos ondulantes, o rio do saber alimenta a árvore que se torna forte e robusta.
Vamos finalmente ter acesso a uma biblioteca moderna, que prima por ser um espaço positivo e convidativo, e que vai ser, ainda mais, um grande complemento de informação e saber.

Nota: Este artigo foi elaborado com a colaboração da Dr.ª Ana Pereira, Bibliotecária e Coordenadora da Biblioteca e pelo Professor Doutor José Moura, Presidente do Conselho Cientifico, agradecemos a ambos a colaboração prestada.
 
Factus FCT

Núcleo da Licenciatura em Engenharia do Ambiente

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 3:12 PM
 
O Núcleo de Estudantes da Licenciatura em Engenharia do Ambiente (NELEA) é uma entidade académica em formação constituída exclusivamente por alunos de Eng. do Ambiente da FCT. As conversações que levaram à actual iminência da formação do NELEA foram iniciadas e desenvolvidas no passado ano lectivo de 04/05 por um pequeno grupo de alunos do 4º e 5º anos, depois do incentivo dado pela Associação Nacional de Estudantes de Engenharia do Ambiente (ANEEA) à Comissão Pedagógica da Licenciatura de Engenharia do Ambiente nesse sentido. A ideia seria a formação de uma estrutura académica que, integrada na ANEEA, representasse a LEA da FCTUNL a nível nacional. Como FCTenses, tomámos de imediato consciência da importância que a FCT poderia assumir nesta entidade. Sendo a LEA leccionada na FCT um dos mais importantes e o mais antigo curso de EA do país, a não presença na ANEEA era, de facto, uma lacuna importante e necessária de suprimir. Depois de um período de discussão em que se debateram futuras iniciativas e projectos a desenvolver futuramente pelo NELEA e se procurou divulgar a ideia junto dos alunos, eis que temos finalmente o NELEA aprovado na última AGA no passado mês de Dezembro.
Alguns dos objectivos do NELEA passarão pela defesa dos interesses dos estudantes da LEA, tanto dentro da FCT como no panorama nacional, a promoção de eventos na FCT no âmbito da EA, pela criação de um espaço de apoio pedagógico destinado exclusivamente aos mesmos alunos e pelo auxílio aos alunos de EA na introdução no mercado de trabalho.
Surgiram já muitas ideias e algumas certezas acerca das acções futuras do NELEA mas só para teres um cheirinho daquilo que pode vir a tornar-se numa realidade, algumas das iniciativas que têm sido discutidas são por exemplo a organização de uma conferência anual que visasse discutir temas actuais e importantes relacionados com o mercado de trabalho da EA ou a colaboração com projectos que envolvem a melhoria do desempenho ambiental da FCT como o projecto Campus Verde. Todos os estudantes da LEA vão beneficiar da existência do NELEA. Na qualidade de membro ordinário não directivo poderás participar em actividades ou auxiliar em acções baseadas em pequenas ajudas pontuais sem comprometer a tua vida pessoal ou académica. Com esta iniciativa pretende-se reforçar ainda mais o espírito de grupo, de união e de entreajuda que desde sempre caracteriza a LEA da FCT. Não é por acaso que grandes nomes do actual panorama nacional do ambiente surgem associados à FCTUNL!
A tua participação fortalece-nos e é mais um passo para uma LEA melhor. Se te agrada a ideia de ganhar experiência e estofo profissional na tua área, se tens espírito de iniciativa e se tens o qb de altruísmo dentro de ti então junta-te a nós!

Vem saber mais sobre o NELEA!

Em http://gasa.dcea.fct.unl.pt/cpa/nelea/ podes conhecer-nos um pouco melhor e encontrar mais ideias e projectos a desenvolver no futuro. Podes participar construtivamente e se assim o desejares podes deixar opiniões ou ideias acerca do NELEA no nosso fórum disponível em: http://gasa.dcea.fct.unl.pt/cpa/forum/viewtopic.php?t=81.
Para nos contactares envia um mail para a mailing list do NELEA nelea_fct@googlegroups.com ou aparece no nosso fórum. Se desejares juntar-te ao NELEA envia um pedido de subscrição para a mailing list.

Saudações ambientais!

contacto: Gonçalo Mendes
email: nelea_fct@googlegroups.com
site: http://gasa.dcea.fct.unl.pt/cpa/nelea
forum:  http://gasa.dcea.fct.unl.pt/cpa/forum/viewtopic.php?t=81
texto por: Gonçalo Mendes
 
Factus FCT

Núcleo de Astronomia

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 3:06 PM
 
Núcleo de Astronomia

Tudo começou com uma ideia astronomicamente luminosa E que tal se criássemos um núcleo de astronomia?. E foi assim que em finais de 1991 nasceu o NAFCT Núcleo de Astronomia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
No início o núcleo era constituído por um pequeno grupo de pessoas que partilhavam o gosto pela astronomia e que contavam com o apoio do Professor Cândido Marciano. Alguns anos mais tarde e depois de várias gerações de FCTenses terem passado por este núcleo ficam-nos na memória actividades como o Astronomia no verão, Astrofestas, Saídas de campo a vários locais de Portugal, observações na FCT e fora, palestras, e muitas outras.
Mas a vida do núcleo não pode ser resumida somente a estas actividades, uma vez que por trás de cada actividade descrita, de cada palavra lida, encontram-se horas e horas de trabalho, reuniões, noites sem dormir, algumas discussões, muitas alegrias, mas acima de tudo fortes amizades.
Se também gostas de ver estrelas, tens espírito de aventura e o céu como horizonte, vem participar nas próximas actividades do Núcleo de Astronomia. Podes contactar-nos através da Associação dos Estudantes ou mandando-nos um e-mail para:  nafct@students.fct.unl.pt

contacto:  Paulo Velho
email:  nafct@students.fct.unl.pt
texto por: Paulo Velho
 
Factus FCT

Organismos Genéticamente Modificados (OGM)

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 2:39 PM
 
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O que são os Organismos Genéticamente Modificados (OGM)?
Os OGMs são organismos aos quais foram introduzidos genes estranhos, próprios de outros organismos completamente diferentes. Por exemplo, uma batata não pode trocar naturalmente os seus genes com uma bactéria. Graças à engenharia genética, pode-se fazer tal milagre e melhorar a produção.
Isto é um extraordinário campo de investigação. De um dia para o outro, podemos melhorar as culturas de modo a que tenham frutos maiores, sejam mais resistentes às pragas, sejam mais nutritivos, etc, etc Nasce assim a comida Frankenstein (como já muitos lhe chamam) e uma enorme controvérsia à sua volta. Serão seguros? Quais as suas consequências?
É importante referir que os OGM já comprovaram os seus méritos: as suas aplicações na indústria farmacêutica têm ajudado na luta contra várias doenças. A insulina humana, por exemplo, é extraída de microorganismos modificados.
Mas uma coisa é fazer experiências em laboratório A polémica em torno desta questão, nasce quando os agricultores de todo o mundo podem produzi-los no seu backyard.
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Facilmente Propagáveis Bomba Biológica
As culturas transgénicas podem, facilmente, cruzar-se com as convencionais da mesma espécie, o que significa que, quer se queira quer não, todos os nossos alimentos terão um certo grau de contaminação.
No caso do milho, que já é cultivado em Portugal, é obrigatória uma distância de 200 metros para culturas convencionais, e 300 metros para biológicas mas pode ser substituído por 50 metros desde que sejam colocadas 28 linhas de milho.
Estas distâncias, conferem uma fraca protecção e são manifestamente insuficientes, dado que o pólen pode percorrer distâncias muito superiores.
Em todo o mundo, já existem casos em que os produtores biológicos tiveram de desistir do ramo, por já não terem sementes puras estavam todas contaminadas.
Principio da Precaução
Generalizar a produção agrícola de ONGs é abrir uma caixa de Pandora as consequências serão imprevisíveis. Historicamente, temos exemplos de produtos que inicialmente eram considerados seguros e foram utilizados em grande escala. Lembram-se dos CFCs? A princípio eram óptimos. Estáveis, duráveis, não poluentes até se descobrirem o seu efeito na camada do Ozono e no aquecimento global.
Assim, as associações ambientalistas invocam a aplicação do princípio da precaução: as culturas não deviam ser disseminadas, pois as consequências dos OGMs ainda não são totalmente conhecidas.
Mais grave que isso a tecnologia usada, ainda não é totalmente dominada. Já foram produzidos e vendidos produtos com mais transgenes do que o previsto, como foi admitido pela empresa Monsanto a mais conhecida do Sector.

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Os OGMs por cá
Em Portugal já se pode cultivar milho transgénico. As primeiras colheitas parecem ter sido vantajosas: tiveram uma boa produção e não precisaram de tantos herbicidas.
Receia-se que o futuro não seja tão risonho e se tais receios forem confirmados, já será impossível voltar atrás.
Todos nós temos opção de escolha: podemos escolher se queremos correr os eventuais riscos do seu consumo, podemos escolher se queremos apoiar nesta modificação radical no mundo. O problema é que em breve pode não ser possível optar, já que as alterações serão irreversíveis. Parece que a maior parte da população está receptiva ao problema e prefere alimentos não modificados. Assim a comissão europeia deliberou que é obrigatório rotular os produtos, se 1% dos ingredientes são GMs. Mais informações sobre os OGMs no mercado em: http://weblog.greenpeace.org/ge/action.html
É um tema que, para a sua importância, tem sido muito pouco falado. Estranhamente a oposição tem sido feita maioritariamente por associações ambientalistas apesar de as consequências afectarem-nos à população em geral, agricultores incluídos. É vital que haja uma grande discussão e uma cuidada reflexão sobre os Frankensteins que podem ser libertados.
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Notas:
Dado que os OGMs comportam riscos, porquê utilizá-los?
Controle de pragas As plantas podem produzir os seus próprios insecticidas, o que nos poupa o trabalho de os aplicar; Outras são resistentes aos herbicidas, logo poderão ser aplicadas maiores quantidades para matar as ervas daninhas, sem prejudicar as culturas.
Diminuição da fome mundial mais comida=menos fome, logicamente Mas só se a comida chegar a todos. Actualmente a produção é suficiente para todos, mas é mal distribuída.
Enriquecimento nutricional Podem-se introduzir nutrientes em falta nos alimentos GM
Indústria Farmacêutica Pode-se guardar os princípios activos dos medicamentos, nos alimentos. Diminuição das doenças
Melhoramento ambiental Modificando plantas para recolherem maior quantidades de contaminantes, podemos limpar o meio ambiente.
E quais serão os riscos?
Potencialmente perigosos para a saúde Os testes são rigorosamente feitos, mas por períodos curtos; perigo de reacções inesperadas, q não foram testadas, perigo de reacções alergénicas;
Novas doenças/organismos mais resistentes Os vírus, quando expostos aos OGMs podem mutar para formas mais perigosas. As bactérias patogénicas também se tornam mais perigosas e resistentes.
Aumento do consumo de herbicidas Se os OGMs são mais resistentes porque não arrasar os trevos com toneladas de herbicidas?
Aumento de toxicidade da água, solo e dos alimentos; Eliminação de organismos benéficos; Aumento das resistências das ervas daninhas por consequência directa do ponto anterior
SuperPragas! Quando um OGMs cruza-se com uma espécie nativa, criam-se híbridos com as resistências dos OGMs. E como nos livrar desses organismos indesejados, se são resistentes aos herbicidas?
Alteração dos ecossistemas as plantas trangénicas, se não têm predadores naturais, facilmente competirão com as outras e, nalguns casos, são tóxicas para a vida selvagem (mesmo fora do campo de cultivo).


Questões melindrosas sobre os OGMs
o Os testes de segurança alimentar são feitos pelas companhias que estão interessadas em vender.
o Os agricultores não podem guardar sementes para a colheita seguinte. Terão de voltar a comprá-las às empresas detentoras das patentes; Assim as empresas conseguem um enorme controlo na economia. A única excepção é o arroz dourado que em princípio será cedido gratuitamente, para atenuar os problemas nutricionais que afectam principalmente a Ásia.
o Grande parte da carne que comemos vem de animais alimentados com transgénicos.
o As empresas de OGMs conseguem duplicar os lucros quando fazem organismos resistentes aos seus próprios herbicidas, para depois serem mais largamente utilizados.
o A formação sobre a utilização de OGMs é deixada a cargo das empresas interessadas.
Animais GMs?
Infelizmente a ciência continua a dar passos no mundo sádico das experiências com animais. Nenhum animal Frankenstein foi ainda lançado no mercado para consumo humano, mas os laboratórios já mostraram com orgulho os seus novos pupilos. Eis alguns exemplos:
o Galinhas sem penas (Israel) mais facilmente processadas no matadouro.
o Peixes fluorescentes (EUA) inicialmente para o controlo da qualidade das águas, deverão ser vendido como peixe de aquário.
o Salmão melhorado (EUA) -  Crescimento mais rápido.
o Ratos Florescentes (China) curiosidade académica.
 
Factus FCT

Política

by Factus FCT - Wednesday, 18 October 2006, 2:53 PM
 
Texto de Opinião por: Luís Henriques

Este artigo não pretende definir exaustivamente Política; nem pretende caracterizá-la cientificamente. Com base em alguns princípios lineares, tentaremos defender uma aplicação prática com vista à resolução dos problemas dos cidadãos.
Política pode definir-se como a acção de governo das nações, tendo em conta as necessidades materiais e espirituais do Povo.
Para fundamentar a Política, os Homens têm criado Ideologias que definem os seus actos de forma mais ou menos flexível na gestão dos problemas nacionais. Uma Ideologia é, então, um sistema coerente de ideias criadas por um grupo, para servir as suas aspirações. Uma ideologia política é um sistema coerente de ideias criadas por um grupo, para fundamentar uma opinião sobre a melhor forma de organizar um Povo num Território.
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Actualmente, é com perturbação que vemos dois elementos, indissociáveis, separados: a Política e o Povo. À definição de Política é inerente a proximidade dos cidadãos, o conhecimento da sua vida, da sua mentalidade, das suas necessidades. A Política, tal como está aplicada à realidade, não só não conhece os cidadãos, como usa o seu especial poder de gestão para administrar determinadas relações com grupos restritos, numa troca de privilégios, que não conhece a igualdade inerente ao governo de um País.
Temos personificado a Política, mas sabemos que se move na direcção pretendida por Seres Humanos. Os quais parecem cada vez mais alheados e menos competentes, servindo-se dos mecanismos do Estado para servir interesses particulares.
Após esta constatação, queremos sugerir que os Homens que estão presentes nos vários órgãos do Estado, em especial nos governos central e local, deviam reunir um conjunto específico de qualidades. O amor ao Povo é absolutamente necessário um sentimento elevado é inerente a uma Política, devendo, por exemplo, pensar-se duas vezes antes de declarar guerra a outro País, ou manter um débil Serviço Nacional de Saúde; conhecer o povo com pormenor saber o fundamento das práticas quotidianas e tradicionais das pessoas ajuda a compreendê-las e a legislar sabiamente e com coerência, construindo um sistema jurídico lógico, convicto, seguro e verdadeiramente popular; estar presente e junto dos cidadãos a Política não é uma acção de gabinete; deve estar na cidade, no campo, junto dos ofícios, deve dialogar com todos, numa procura de conhecimento das pessoas e de actualização (pois a realidade modifica-se). Note-se que esta proximidade não é opressora, não é espionagem, nem viola a intimidade das pessoas ou a sua liberdade. É uma procura de soluções, desinteressada e de boa-fé.
Quanto à ideologia, deve conservar o seu lugar de suporte às acções políticas, mas com limites. Os Homens podem estar convictos, mas não podem ser fanáticos. As ideias e a realidade devem ser habilmente articuladas. Aquelas devem ser suficientemente flexíveis para, por um lado, alterar as realidades harmoniosa e coerentemente para melhor e para, por outro, nunca forçar o curso dos factos, com grande prejuízo para as pessoas.
Na prática, os Homens da Política não sairiam à rua somente na altura de campanhas eleitorais, mas frequentemente para observar e conhecer o objecto do seu governo, para compreender alguns limites da aplicação da lei em relação a certos costumes, para procurar efeitos da governação e suas falhas, para esclarecer as pessoas. E tudo isto se faria tão normalmente como qualquer outro acto de governo, sem, por exemplo, suscitar a curiosidade dos media, porque o direito a ser governado é, todos os dias, incumprido de forma desonesta.