A Equitação de Trabalho é uma modalidade equestre baseada na
equitação tradicional de cada país, mantendo e conservando as suas
diferentes tradições, nomeadamente no uso do traje e arreios, e em que
o cavaleiro utiliza apenas uma mão na condução da sua montada. Foi
concebida para destacar o tipo de monte utilizado nas diferentes
vertentes do trabalho de campo.
Como modalidade equestre, a Equitação de Trabalho foi criada pelos
italianos e, a nível internacional, deu o seu primeiro passo com a
realização do primeiro campeonato europeu que decorreu em Itália, em
1996, tendo vindo a alcançar, desde isso, uma grande universalidade nos
círculos do hipismo mundial.
Em 1997, foi organizado o II Campeonato da Europa de Equitação de
Trabalho, que, além dos países fundadores (Itália com os maremenhos,
França com os cavaleiros camargueses, e Espanha com a doma vaquera)
contou com a primeira participação de Portugal com os cavaleiros da
Equitação Tradicional Portuguesa.
Constituído por diferentes etapas, um concurso de Equitação de
Trabalho prolonga-se normalmente por três dias. Começa por uma prova de
ensino, onde o cavaleiro tem que executar determinados
exercícios num rectângulo de 40 x 20 m, julgados por um júri, à
semelhança do que acontece na Dressage.
A segunda etapa é a maneabilidade, uma prova de
obstáculos onde se simulam algumas dificuldades que o cavaleiro poderá
encontrar no seu dia-a-dia de labuta no campo, e que este terá que
transpor, de acordo com critérios pré-definidos. Nesta prova, julga-se
a atitude, confiança e forma natural como os obstáculos são transpostos.
A velocidade é a terceira etapa. Esta prova
desenrola-se sobre um percurso idêntico ao da maneabilidade, onde não é
avaliada a atitude mas sim a velocidade, em sistema de contra-relógio,
fazendo com que esta prova seja a mais espectacular e atraia muito
público.
A quarta etapa, disputada exclusivamente por equipas, é a prova da vaca,
onde um grupo de cavaleiros terá que tirar de uma manada de bezerras,
um animal previamente sorteado, e colocá-lo numa zona demarcada para o
efeito, deixando todos os restantes animais na zona inicial.