Paleontologia 05-06

células com movimento amebóide, isto é, por pseudópodes (expansões citoplasmáticas), realizando várias funções.

Preocupa-se com a datação das rochas através da vida presente nos diferentes estratos sedimentares. Isto pode ser conseguido através da análise da composição e das características das faunas e floras fósseis.

Biota é o conjunto de seres vivos, flora e fauna, que habitam ou habitavam um determinado ambiente geológico, como, por exemplo, biota marinha e biota terrestre, ou, mais específicamente, biota lagunar, biota estuarina, biota bentônica,..

As variações climatológicas e ambientais em geral, como salinização de uma laguna, quantidade de sedimentos em suspensão,.. alteram a biota pela adaptação, mutação e extinção de espécies, entrada de novas espécies e gêneros,... Assim, os estudos paleontológicos na sucessão de camadas (bioestratigrafia) ajudam a desvendar não só os ambientes, mas tambem as variações ambientais do passado (paleoambiente) registrados nessas rochas, principalmente por comparação com estudos atuais das biotas características de cada ambiente terrestre.

Estrutura sedimentar gerada pela deformação e/ou mistura de material sedimentar devida a ação de seres vivos como, por exemplo, as minhocas que deformam camadas já sedimentadas em um fundo de lago lodoso.

Seres coloniais, exclusivamente marinhos (com raras excepções), no estado adulto fixam-se a conchas, algas e rochas. Podem formar colónias ou zoários, este é constituído por pólipos, cada indivíduo está alojado na zoécia. Cada indivíduo possuí uma coroa de tentáculos ciliados - o lofóforo, que se expandem ou retraem através de um músculo, no centro do lofóforo abre-se a boca. São hermafroditas, alguns com autofecundação. Os briozoários actuais têm esqueleto calcário. Existem mais de 15 mil espécies fósseis conhecidas.

Período geológico da era Paleozóica que se estendeu de 540 a 500 Ma atrás.

São agrupamentos de organismos com afinidades evolutivas organizadas segundo a hierarquia Lineana(Lineu).

células flageladas providas de um colarinho(uma formação membranosa que envolve o flagelo), típicas das esponjas, com função digestiva. Distribuem-se de maneira diversa nos três tipos estruturais: Ascon, Sycon e Leucon.

Subdivisões das sucessões de rochas existentes na crosta terrestre, distinguidas e delimitadas na base das suas características litológicas.

Fezes fossilizadas e petrificadas.

Os coprólitos são de grande importância para determinar a anatomia do tubo digestivo e, associadamente, quais eram os hábitos alimentares dos animais extintos relacionados com esses coprólitos.

grupo de organismos classificados apenas, pelos caracteres morfológicos idênticos entre si. Este conceito tem como principais problemas: o polimorfismo, incluindo dimorfismo sexual; o politismo (populações dispersas por vastas áreas geográficas às vezes sujeitas a isolamento de parte das populações) que conduz ao aparecimento de raças geográficas ou de sub-espécies;  o factor tempo; as linhas evolutivas; e também os gradientes cronológicos.

Grupo de indivíduos com estreita afinidade morfológica, fisiológica e ecológica e com distribuição estratigráfica contínua. Não se sabe exactamente até que ponto correspondem as espécies biológicas.

Processo de adaptação dos seres vivos a determinadas condições ambientais de forma a que seres de origens ou linhagens distintas apresentem características biológicas ou paleontológicas similares em respeito às exigências de adaptação ao meio ambiente, como, por exemplo, os golfinhos e as baleias, mamíferos, que se adaptaram ao meio aquático desenvolvendo características similares às dos peixes.

Estruturas sedimentares comprovadamente inorgânicos (assemelham-se a organismos) resultante da "fossilização" de fenómenos físicos e /ou geológicos.

Correspondem a espécies ou géneros que surgiram em épocas recuadas e que existem nos dias de hoje, sem terem sofrido qualquer modificação na sua morfologia e que quase nada evoluiram em relação a formas idênticas conhecidas.

O termo foi introduzido por um naturalista em 1546. Derivou da palavra Latina fossilis, que significa, objectos extraídos da terra. Fosséis são todos e quaisquer restos ou vestigios da actividade dos seres de épocas passadas conservadas ou impressas nas rochas, cuja formação foi contemporânea deles. Permitem reconstruir em grandes linhas a história da vida sobre a terra e as fases sucessivas da sua evolução.

São fósseis que podem dar ou não indicações das suas fácies. Dão-nos uma informação estratigráfica precisa, equivalente a uma espécie que tenha evoluído rápidamente por um período de tempo curto e uma boa expansão geográfica. São abundantes e fácilmente identificáveis.

É um conceito muito usado em ecologia que inclui o espaço geográfico e os factores abióticos que condicionam um ecossistema e por essa via determinam a distribuição das populações de determinada espécie.

icnofauna

Caracterização do conjunto de animais responsáveis por determinados icnofósseis característicos.

Marcas e vestígios da actividade dos organismos. (Ex: pegadas de dinossauro, rastos, coprólitos, secólitos, condrites, gastrólitos, excrementos, ovos, cavidades de alojamento)

Tempo geológico expresso em anos até o presente.

As idades absolutas das rochas são obtidas por vários métodos, notadamente os que se baseiam em decaimento radioativo, tais como: datação U-Pb, método do ¹⁴C , método K-Ar.
 São utilizadas as seguintes abreviaturas para as idades das rochas: ka= milhares de anos(kilo); Ma=milhões de anos (mega); Ga=biliões de anos (giga).

é um dos três períodos do Mesozóico, durou desde 208 Ma até 145,6 Ma. Os braquiópodes, bivalves e amonites estão entre os fósseis mais abundantes que caracterízam este período. Os grandes répteis, como os dinossáuros, floresciam e os mamiferos eram relativamente insignificantes. As primeiras aves surgem no Jurássico tardio.

Animais aquáticos popularmente designados por bivalves. Estes organismos caracterizam-se por possuírem o corpo comprimido lateralmente, com brânquias, pé e cabeça indiferenciada, para além de uma concha carbonatada formada por duas valvas.

A maioria são marinhos e bons indicadores de variações de salinidade. São bons fósseis estratigráficos e de fácies, pois surgem muitas vezes associados a coraliários existentes em ambientes marinhos de águas tropicais e de pouca profundidade.

Esponjas carbonatadas que vivem em água salgada, Câmbrico até à actualidade.

é um tipo de classificação das espículas com base na dimensão (entre os 100μ e os 300μ)

é um tipo de classificação das espículas com base na dimensão (≤1μ)

 São cefalópodes marinhos arcaicos que foram muito abundantes no Paleozóico. São os moluscos de organização mais complexa: têm simetria lateral, possuem uma cabeça bem diferenciada dotada de olhos bem desenvolvidos com uma coroa de tentáculos e a boca provida de um par de mandíbulas quitinosas e de rádula.São organismos nectónicos (nadadores activos), tendo uma concha externa planispiral involuta, formada por uma série de câmaras separadas por septos e/ou tabiques, que comunicam entre si através de orifícios sifonais.

Descreve a variedade de condições e qualidade de recursos dentro das quais o indivíduo, ou a espécie, funcionam. Cada uma das espécies de seres vivos especializa-se em realizar uma parte do trabalho necessário para o fecho dos ciclos. A essa especialização dá-se o nome de nicho ecológico.

Pela observação de como os organismos se adaptaram ou reagiram, procura reconstituir o meio físico em que estes mesmos organismos viveram.

Magnetismo remanescente registrado em rochas e que indicam características do magnetismo terrestre antigo relacionado com a idade em que foi fixado este magnetismo remanescente.

Solo antigo preservado por capeamento de material sedimentar ou rochas, sedimentares ou vulcânicas, mais jovens.

O termo Palinologia, derivado do grego paleinos (= derramar, dispersar). Foi definido pelos ingleses Hyde e Williams, em 1944, e referia-se ao estudo dos esporos e grãos de pólen das plantas e suas aplicações práticas. Num sentido mais amplo e actual, a Palinologia é a ciência que engloba o estudo de categorias de microorganismos orgânicos, denominados de palinomorfos (esporos, grãos de polens, algas, acritarcos, zoomorfos, esporos de fungos), fitoclastos (cutículas, traqueítes, etc.) e até de matérias amorfas (fragmentos de tecidos orgânicos dispersos uma degradação biológica do fitoplâncton).

Supercontinente único, rodeado por um mega oceano (Pantalassa), que provavelmente existiu no Permiano, há cerca de 250 milhões de anos, e que teria sofrido rifteamento, dando origem ao proto-oceano que evoluiu para o oceano Tethys, já no Triássico, entre duas grandes massas continentais: Laurásia e Gondwana.

Sistema de classificação paralelo seguindo em parte as mesmas normas de taxonomia, desenvolvido para ordenar os restos fósseis que pela sua natureza fragmentária ,ou outra, não houve possibilidade de ralaciona-los com outro taxon de ordem superior. (ex: Pólens, espículas e esponjas).

Termo crono-estratigráfico maior que reune os eons Arcaico e Proterozóico, cerca de 88% de todo o tempo geológico, ou seja o tempo geológico mais antigo do que 540 milhões de anos referente ao início do período Cambrico.

Preservação da forma original com a substitutição significativa da matéria seja cristalina seja amorfa por outra.

Exemplos: fósseis de troncos de plantas substituídos por sílica; cristal de granada alterada e substituída por clorita, mas mantendo a forma externa dodecaédrica; cubos de pirita substituída por magnetita ou por limonita...

São marcas de ondulação.

• Recristalização: modificação da estrutura cristalina do mineral original, mantendo as composições quimicas.
• Permineralização: preenchimento dos poros ou cavidades do organismo por um mineral, ex: poros de ossos preenchidos por calcite.
• Incrustação: revestimento da superficíe exterior do fóssil por uma película de substância mineralizadora cristalizada apartir da água de circulação, ex: ossos revestidos.
• Incarbonização: enriquecimento relativo de carbono por perda dos constituintes voláteis em meio anaeróbio, ex: plantas.
• Moldagem: tipo de fossilização abundante em que há duplicação da forma de parte do organismo por uma outra substância plástica, através de um molde em relevo cavado ou saliente.