Caríssimas,
Tendo agora acalmado o início do ano lectivo na minha Faculdade, aproveito a troca de correspondência iniciada pela Ana (a quem desejo que na nova escola tudo corra da melhor maneira), para dizer algo sobre o que vi e ouvi no encontro ECER.
Assisti sobretudo aos painéis da nossa rede, nomeadamente aos dos colegas que estiveram presentes na nossa mesa redonda e levantaram as várias questões. (Tenho as cópias dos slides apresentados que vos levarei numa próxima reunião, uma vez que, como já tinha dito, não estarei cá na próxima semana).
1 - Dentro da ALV, tanto o Hallford (Univ. of Nottingham) como a Hoskins (Centro de Investigação da ALV, Comissão Europeia), deram mais enfoque à competitividade e cidadania, acentuando as grandes diferenças dos últimos anos que marcaram a evolução das políticas educativas no sentido de dar uma grande relevância as todas as vertentes e não só à económica. O Hallford apresentou um muito interessante histórico desta evolução, com as razões que justificaram as mudanças que se têm vindo a verificar, reforçando a cidadania, a coesão social, o desenvolvimento do indivíduo. Não houve, nem nas discussões, a sobrevalorização da vertente económica, reconhecendo-se no entanto que está sempre presente.
2 - Em todas as sessões onde estive foi distribuída uma cópia do PP que ía ser apresentado, uns até com espaço para anotações ao lado de cada slide. A apresentação era feita por cada um dos investigadores, dentro do mesmo painel.
3 - E, na reunião do "network 23", houve um comentário azedo do "convenor" que entendi estar a ser feita ao nosso grupo, ainda que não tivesse sido abertamente referido. Foi em relação ao tipo de apresentação: uma única pessoa a apresentar os slides, uma única pessoa a falar durante meia-hora. Não é assim que se entende uma mesa redonda, disse ele. Eu não me manifestei pois achei que não se justificava estar a explicar que tinha sido essa a nossa opção por acharmos a mais adequada à mesa redonda (não foi?).
4 - Pelo que daqui percebi e vi, teria sido talvez mais indicado termos feito a apresentação como fizemos na Lusófona: cada uma a explicar a sua parte da investigação, e termos utilizado para a Lusófona o método que usamos aqui: uma só pessoa a apresentar o conjunto do projecto. Será para repensar numa próxima apresentação.
No que me diz respeito não percebi de todo a questão daquele senhor de aparência indiana, sentado à nossa esquerda, sobre a aprendizagem das línguas e o seu reflexo nos países fora da Europa...Minha culpa, que também não lhe soube responder adequadamente...No global acho que podemos talvez ser mais incisivos nos pontos que dizem respeito à area de cada uma, com documentação concreta.
Como a Cláudia costuma ser uma boa "relatora" das reuniões, cá fico a aguardar o envio da "acta", à qual só terei acesso a partir do dia 13, pois não sei se este Congresso aonde vou disponibiliza salas com computadores!
Um beijo para todas, boa reflexão e bom trabalho.
Clarisse