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Desfile do Caloiro 2005/06

por Factus FCT - terça-feira, 17 de outubro de 2006 às 11:12
 
Mais um ano, mais uns caloiros, e mais um desfile do Caloiro, como sempre, foi um desfile muito colorido, a acabar na famosa fonte.
Resolvemos para este ano, escolher aleatoriamente um caloiro de um curso ao calhas e fazer-lhe algumas perguntas, sem nexo, com bom humor, sim, porque bom humor não faltou neste desfile do caloiro.

As perguntas escolhidas, para alem do habitual, nome e curso, foram:
(Resultados estatísticos incluídos)
  1. Morangos com açúcar?
         Sim: 30%
         Não: 50%
         Ocasionalmente: 20%
  2. Pastilhas de Melão?
         Sim: 40%
         Não: 60%
  3. Benfica?
         Sim: 30%
         Não: 70%
  4. Qual é o melhor curso?
         Nesta resposta não houve consenso, todos os caloiros disseram cursos diferentes, felizmente todos acertaram no próprio curso. 
E agora aqui ficam algumas das fotos retiradas pelo membro do NuFoto destacado para esta ocasião:

Desfile do Caloiro

Desfile do Caloiro

Desfile do Caloiro

A equipa do FaCTus e do NuFoto, gostaria de agradecer a colaboração dos caloiros envolvidos, que em situação alguma foram vítimas de maus tratos, e que ainda hoje gozam de boa saúde, bom, a saúde de alguns deles ainda está por verificar após o Rally das Tascas e outras actividades da Semana do Caloiro.
Gostaríamos também de agradecer especialmente aos seguintes caloiros da F.C.T.: Miguel Martins (LEEC), Rui Almeida (GEO), Sérgio Silva (Civil), Luís Meireles (MAT), Joana Pereira (BIOQ), Rui Almeida (LEGI), Inês Clemente (BIOMED), Daniel Lavrador (MEC), Diana Tofan (LEI) e Joana Delgado (CR), por terem sido os objectos estatísticos.

Aos novos caloiros da F.C.T., bem-vindos e bons estudos.

Notas:
Podem agora aproveitar para ver algumas das fotos do desfile do caloiro, cortesia do NuFoto, no total são 166 fotos a 1600x1200, mas não temos servidor para tanto por isso estão online a 640x480. Encontram-nas na galeria Galeria de Fotos.
Para aqueles que querem ver as respostas às perguntas por pessoa, vejam aqui.
 

E

Editorial

por Factus FCT - quarta-feira, 18 de outubro de 2006 às 14:23
 
Bem vindos a mais um número do FaCTus, este segundo número, ou primeiro número, tendo em conta que o primeiro FaCTus teve o número 0, este novo número aparece na alvorada do segundo semestre.
Passamos por algumas complicações para poder lançar este número, devido a problemas com a obtenção dos fundos necessários,  como devem ter reparado o FaCTus é distribuído de forma gratuita, mas há sempre custos, no entanto cá estamos nós com mais um número.
Aproveitamos para esclarecer que o motivo pelo qual o FaCTus não compareceu no fórum dos núcleos ficou a dever-se a falta de disponibilidade por parte dos elementos do núcleo e também devido a algumas situações pessoais que afectaram um dos membros.
Para o ano não percam a nossa presença.
Neste número, que têm um formato mais tradicional e mais páginas, falamos da nossa nova Biblioteca, a entrar em funcionamento no inicio do próximo ano lectivo, apresentamos artigos sobre eventos formativos que aconteceram na nossa faculdade, como foi o caso do III Fórum da Química, falamos do problema dos organismos geneticamente modificados, este mês  apresentamos uma nova coluna, com uma crítica musical, esta nova coluna irá conter a partir desta edição, toda uma parte lúdica do FaCTus, com inclusão também da Shout Box, uma coluna para onde os FCTenses podem mandar coisas, como por exemplo: poesia, piadas, desenhos, etc, tudo o que se enquadrar no espaço.
Apresentamos também a Agenda, onde constam as datas de eventos a acontecer na faculdade, e no espaço onde nesta edição aparece a imagem sem comentários, esperamos colocar um Cartoon, isto claro, dependendo do facto de algum FCTense com queda para o desenho se oferecer para realizar um.

E por esta edição é tudo, boa leitura!

Errata: Após uma conversa por e-mail com o Prof. Lampreia, chegou-se à conclusão que a morada de e-mail para onde foi enviado o pedido de colaboração do FaCTus do último número (Nov. '05), embora esteja atribuída ao Professor, não é o contacto de e-mail do professor, como tal, o Professor, estaria erradamente associado a uma falta de educação ao não ter respondido ao mesmo e-mail, o que não se verificou na verdade, tratando-se de um mal entendido.
Pelo qual pedimos desculpas ao Prof. Lampreia.

A Equipa do FaCTus.
 

Editorial

por Factus FCT - quinta-feira, 19 de outubro de 2006 às 14:25
 
Olá, sejam bem vindos a mais um número do FaCTus, estamos de volta com mais notícias para vocês.
Nesta edição procurámos ajudar a esclarecer um pouco o tema Bolonha e o impacto do mesmo nas nossas vidas de estudantes universitários. Desde que este tema foi introduzido na nossa vida escolar já muito foi dito sobre o assunto, muito se pensou sobre Bolonha, no entanto agora que Bolonha está aí ao virar da esquina, pronto a entrar em funcionamento no próximo semestre, o que sabemos nós sobre Bolonha e sobre o que isso vai significar para cada um de nós nos nossos cursos e na nossa vida futura?
Tentamos dizer o que se vai passar assim muito ao de leve, o resto é com cada um de vocês que está a ler estas linhas, cada caso é um caso e o vosso é um assunto que têm que analisar para que quando acabar o plano de transição, ou seja daqui a um ano, não se sintam queimados.
Numa vertente mais social, fomos até à Residência Fraústo da Silva e fomos também falar com o futuro da FCT, ou seja trocado por miúdos, fomos à Cresce da FCT, e acreditem que sinto falta de ser miúdo de cresce...
Dois colaboradores do FaCTus o João Martins e o Ricardo Alves foram falar com uma das pessoas mais conhecidas da FCT, a Professora Ana Sá, entrevistaram-na sobre o tema  que a ela e a muitos de nós nos diz mais, Análise Matemática, podem ler aqui um pequeno excerto da entrevista.
Aproveito para lembrar que durante os dias 15, 16 e 17 deste mês de Maio vão haver  eleições para os orgãos da Associação de Estudantes, não se esqueçam de ir votar, a Associação de Estudantes é um organismo que representa todos os alunos da FCT, mas só os que vão votar é que decidem alguma coisa, os outros sujeitam-se.
Tu és um dos que se sujeita ou um dos que decide? Vota!

A Equipa do FaCTus.

Nota: Devido a problemas alheios ao FaCTus não foi possivel lançar este número antes ou durante as eleições, motivo pelo qual a parte final do editorial deixa de fazer sentido, aproveitamos no entanto para desejar um bom trabalho às Listas vencedoras.
Pelo facto pedimos desculpa aos nossos leitores.
 

Editorial

por Factus FCT - quinta-feira, 9 de novembro de 2006 às 13:59
 

Bem vindos à Edição Especial do FaCTus e ao Café-Concerto.

Esta edição e iniciativa, tem como base uma ideia de vários núcleos da FCT, juntos fazemos mais e melhor.

Uma espécie de café-concerto, realizada na sala de convívio, onde ao longo do dia estarão presentes vários dos núcleos da nossa faculdade, mostrando as suas actividades, concertos depois do jantar de bandas da faculdade, foi isto que se planeou, foi este o resultado do trabalho conjunto de vários núcleos e alunos da FCT, um evento onde é proporcionando um ambiente agradável e acolhedor, com actividades e bom som, onde todos podem participar e dizer o que pensam.

Este número do FaCTus, feito especialmente para a ocasião, edição cujo os conteúdos são da responsabilidade dos núcleos, conteúdos esses que são poucas linhas, ou em alguns casos, imagens,  onde cada núcleo teve oportunidade de resumir aquilo que são, aquilo que os move,  falando daquilo que lhes é familiar, procurando apresentar aos que ainda não os conhecem aquilo que são, e aos que os conhecem um pouco do que têm em calha para este ano.

Esperamos que esta edição seja do vosso agrado, e esperamos que a iniciativa cumpra aquilo ao que se propôs, ser um ponto de partida para mais e melhores actividades conjuntas entre todos nós, estudantes desta FCT.

Leiam, divirtam-se, participem, critiquem!

Pela Organização:
FaCTus
RádioFCT
NuSI
NuFoto
NJS (Núcleo de Jogos de estratégia e Sociedade)
X-FCT (Núcleo de Xadrez)
 

Editorial

por Factus FCT - quinta-feira, 9 de novembro de 2006 às 14:01
 
Olá a todos! Bem vindos a mais um ano, mais umas disciplinas, mais Faculdade, mais FaCTus. É verdade o FaCTus com esta edição faz um ano. Um ano com 4 edições e participações em várias actividades na Faculdade, um ano em que temos estado a melhorar e sempre a tentar dar o máximo de informação possível.

Com este propósito em mente o FaCTus e o News@MoodleFCTUNL fizeram uma parceria para se tentar criar um canal central de notícias da faculdade, neste momento já se pode ver o princípio do que está para vir, no entanto mais está no horizonte, estejam atentos a http://moodle.fct.unl.pt/news.

Nesta edição, por motivos óbvios, centrada na semana do caloiro e suas actividades, falamos do desfile do caloiro e da festa do caloiro. Fazemos uma revisão do que foi o inicio do ano lectivo para os que já cá estavam. Falamos das esculturas que embelezam a nossa faculdade desde o inicio de Agosto, falamos também do Metro do Sul do Tejo que deve estar por aí aparecer e finalmente falamos também do concurso de programação NovaIdeiaCup '06.

Gostaria de voltar a afirmar que gostaríamos de ter a tua colaboração no FaCTus, por isso, se gostas da área do FaCTus entra em contacto connosco.

Bom começo de ano lectivo. 
 

Editorial / Apresentação

por Factus FCT - terça-feira, 17 de outubro de 2006 às 10:44
 
O FaCTus, é um projecto antigo na Faculdade de Ciências e Tecnologia da U.N.L, na verdade o projecto inicial teve o seu número 1 em Janeiro de 1994, e teve o seu ultimo número, 6, em Dezembro de 1995, a versão online do FaCTus, F@CTus de seu nome, foi "arquivada" em 16 de Fevereiro de 1999.
Ou seja durante cerca de dois anos e 6 edições, a faculdade teve um jornal , o "Jornal dos Estudantes da F.C.T. / U.N. Lisboa", falando de assuntos que interessavam aos estudantes, com temas tão variados como por exemplo: Ambiente, Cursos, Desporto, Entrevistas, Local, Opinião e Viagens.
Em relação à origem do presente FaCTus, ele surgiu em formato de ideia em maio de 2005, após uma busca na www sobre a altura do vão de passagem da ponte 25 de Abril, ter devolvido como resultado um dos artigos do F@CTus, e se ter reparado na enorme lacuna que existia na faculdade em termos de informação, de, e para estudantes, visto que tendo o FaCTus lançado o seu ultimo número em Dezembro de 1995, já se tinham passado quase 10 anos sobre uma iniciativa do género na Faculdade.
Recentemente, após alguns inquéritos na faculdade, veio-se a saber que o último esforço em termos de jornal de alunos realizado na FCT, tinha sido o Boletim Informativo, cujo o último número, 116, data de 24 de Maio de 2002, o B.I. era também um jornal com temas variados, de, e para estudantes da F.C.T..
No entanto, mesmo tendo em conta o Boletim Informativo, já se passaram mais de 3 anos sobre a ultima tentativa de jornais de para alunos na F.C.T., já que existem no entanto algumas publicações por parte da direcção da F.C.T. nesse sentido, caso do NOVAS, mas são mais vocacionadas para os docentes da F.C.T. do que propriamente para os alunos.
Tendo em conta que na altura em que o actual FaCTus é lançado não existe, já há algum tempo nenhuma iniciativa do género, um grupo de amigos e colegas da F.C.T. juntaram-se e resolveram re-lançar o FaCTus, tendo para isso desenvolvido esforços para com a A.E.F.C.T, para dar o seu aval e cooperação no lançamento do FaCTus e as demais burocracias, foram também estabelecidos acordos com alguns núcleos, no sentido de fomentar a interacção entre grupos, e foram feitas também as demais diligências necessárias para lançar um jornal.
O culminar desses esforços é o que estão neste momento a ler, um jornal para alunos, que aborda os problemas relacionados com eles, e fala não só da vida na faculdade mas também na vida fora dela, sobre assuntos que nos interessam.
E como o FaCTus é também um jornal de alunos, não hesitem em dar o vosso contributo, se tiverem algo que gostassem de se tornar artigo, se tiverem algo que dê um artigo, participem, enviem as vossas propostas, façam parte do vosso jornal.
Isto também é válido para os membros dos núcleos que não foram referidos nesta edição, participem também e aproveitem para divulgar o vosso núcleo.
Este primeiro número é lançado no inicio do ano lectivo de 2005/06, altura de começos, entrada de novos estudantes na F.C.T., novas disciplinas para os estudantes que já cá estavam, enfim, começos.
Esta primeira edição têm como principais artigos a entrada em funcionamento do CLIP, o novo sistema de gestão de informação da F.C.T./U.N.L., este novo sistema, conjuntamente com a aplicação de algumas novas regras em termos de licenciaturas e reestruturações de alguns cursos, são o assunto para um artigo do FaCTus, assim como a Lei de Quadros da Água, as actividades dos núcleos para 2005/06, e as actividades de boas-vindas para os novos estudantes, artigo em que agradecemos a colaboração do NuFoto, compõem o âmago desta edição.
Uma boa leitura, e até à próxima edição.

A Equipa do FaCTus.
 

Encontro Nacional de Direcções Associativas – ENDA

por Factus FCT - quarta-feira, 15 de novembro de 2006 às 14:53
 
No mês de Setembro, mais precisamente no fim-de-semana de 22 a 24, houve lugar a um Encontro Nacional de Direcções Associativas - ENDA, que decorreu na Universidade do Algarve a cargo da Associação Académica da mesma (AAUAlg).

O objectivo dos ENDAs é de definir estratégias conjuntas sobre o modo de defender os melhores interesses dos alunos do Ensino Superior e Politécnico. Por exemplo, os dias de Luta Nacional e Manifestações costumam ser decididos nos ENDAs, aliás a AEFCT em Dezembro de 2004 foi anfitriã de um ENDA, tendo participado oficialmente em algumas das manifestações subsequentes.

Neste ENDA, que contou com a participação da AEFCT pelo seu representante João Pina responsável pela Área de Intervenção Académica da AEFCT, foram aprovadas algumas moções de interesse, a saber:

  • Pela Associação Académica de Coimbra - Dia de Alerta Nacional dos problemas do Ensino Superior a decorrer no dia 19 de Outubro, quinta-feira, cabendo a cada AE a promoção de acções descentralizadas nas suas cidades que denunciem os problemas específicos de cada instituição ou do Ensino Superior em geral. Havendo posteriormente, dia 21 de Outubro, uma reunião em Viseu de todo o movimento associativo nacional para balanço das acções desenvolvidas.
  • Pela Associação Académica da Universidade do Minho Solicitação à Provedoria da Justiça para que se pronuncie sobre a base legal da cativação de 7.5% sobre as receitas próprias das Universidades, incluindo a receita das propinas, por traduzir uma colecta directa do Estado às Famílias, em prejuízo do sentido associado ao seu pagamento e à fixação do seu montante.
  • Pela Associação de Estudantes do Instituto Superior de Psicologia Aplicada Proposta para que sejam tomadas medidas concretas para a consagração de um ensino superior de qualidade, acessível a todos independentemente da sua condição económica e social, como previsto na Constituição Portuguesa.
  • Pela Federação Académica do Porto Explicação por parte da Direcção Geral do Ensino Superior sobre os critérios utilizados aquando da adequação dos ciclos de estudos do Ensino Superior Público Politécnico que culminou com a não atribuição de qualquer Mestrado, já que não existe base para o mesmo acontecer segundo o artigo 16 do Decreto-Lei 74/2006 que regulamenta a atribuição de certificação dos Mestrados.
  • Pela Federação Académica do Porto Proposta de criação de um Observatório Nacional do Ensino e do Emprego - uma estrutura que englobe a Sociedade Civil, nas figuras das Associações Patronais, Sindicais, Juvenis, Culturais e demais e o Estado, na figura dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, Ciência, Ministério da Tecnologia e Ensino Superior, Ministério da Educação e Ministério da Economia e da Inovação. Estas entidades definiriam estudos de empregabilidade que permitissem avaliar as tendências de necessidade de mão de obra qualificada a longo prazo, de forma a proporcionar aos jovens toda a informação para a tomada de opções consciente e que não venham a ser defraudadas no futuro, em face de uma situação inesperada de desemprego.

Estas moções vêm de encontro ao que já é sabido, alguma coisa não vai bem no Ensino Superior, caso contrário não haveria lugar a que textos como o que vamos apresentar, que serve de base á moção da Associação Académica de Coimbra:

Todos os anos o movimento associativo Português depara-se com várias alterações ao sistema de Ensino Superior em Portugal. Alterações que têm mantido uma linha de desresponsabilização política e financeira do Estado face às diferentes instituições.
Este início de ano lectivo não foi excepção. Os motivos de preocupação são vários:
  • Na mesma semana em que surge um relatório da OCDE que lança dados preocupantes (falta de qualificação dos Portugueses trava crescimento económico, apenas 13% da população portuguesa tem uma licenciatura, o que representa menos de metade da média dos Países da OCDE, Portugal investe menos 1/3 nos estudantes do Ensino Superior do que a média dos restantes estudantes Países da OCDE), é tornado público que as instituições de Ensino Superior em Portugal serão alvo de um corte orçamental que varia entre os 5,8 % e os 7,2%, havendo uma diminuição de transferência de verbas para os politécnicos de menos 18 milhões de euros comparativamente ao OE de 2006.
  • Os Serviços de Acção Social das instituições, também eles fruto de sistemáticos cortes nas suas dotações, continuam com a penumbra de um presumível futuro marcado por uma lógica de privatização dos apoios indirectos, e um sistema de bolsas entregue à matemática e linearidade do poder central.
  • A adaptação do Processo de Bolonha às licenciaturas do Ensino Superior em Portugal, havendo uma desinformação generalizada sobre o seu conteúdo, formas de implementação e objectivos. Isto agravado por uma falta de estratégia por parte do Governo e das Instituições para a Educação e Ensino Superior em Portugal a médio/ ou longo prazo. 
  • O acentuar do carácter inócuo dos órgãos nacionais com representação estudantil, havendo um processo de alteração ou reorganização de estruturas sem a devida informação ou participação dos estudantes, destinatários de qualquer sistema de Educação.
  • O colocar em causa da identidade e sobrevivência financeira das Associações de Estudantes com a nova lei do Associativismo.
 
E tu? Achas que tudo vai bem? Qual é a tua opinião sobre o assunto? Porque não aproveitas o Dia de Alerta Nacional, esta quinta-feira dia 19 e dizes o que pensas, aproveita os meios que tens ao teu dispor: o fórum da Faculdade, o fórum do News@MoodleFCTUNL, o fórum do FaCTus, etc.

Diz o que achas, participa.

Nota: Podes encontrar mais informações sobre o ENDA em http://www.aaualg.pt/enda/ ou então podes dirigir-te à tua Associação de Estudantes e perguntar directamente ao representante da AEFCT nos ENDAS.
 

Entrevista com a Professora Ana Sá

por Factus FCT - quinta-feira, 19 de outubro de 2006 às 14:59
 
Entrevista por: João Martins e Ricardo Alves

Para muitos Ana Sá é sinónimo de Análise Matemática. A opinião geral é que é uma boa professora e boa pessoa.
Quando se fala de exames, o caso muda um bocado de figura, há muitas queixas sobre se não serão difíceis demais ou se os métodos de correcção não serão um bocado agressivos.
Com o objectivo de saber a opinião da Professora sobre estas e outras questões, João Martins e Ricardo Alves foram falar com ela, numa conversa muito mais extensa do que o breve excerto aqui presente.

FaCTus - Gostaríamos que falasse um pouco de si, em termos de formação, do interesse em Matemática e em dar aulas.
Professora Ana Sá Escolhi a matemática porque gostava de matemática. Se não, teria ido para Engenharia. Logo a seguir ao 25 de Abril o Técnico estava um bocado virado de pernas para o ar, e decidi que não seria o melhor lugar para mim. Licenciei-me em 81 e em 82 vim para a FCT. Doutorei-me em 94, em Sistemas Dinâmicos. Essa é a minha área de formação. Não tenho nenhum tipo de formação pedagógica, gosto de dar aulas, gosto de estar com os alunos.

F Acha que a FCT está bem equipada para proporcionar uma boa aprendizagem?
P Eu acho que os alunos desta faculdade estão muito favorecidos em relação à maior parte das faculdades públicas do país. Quando vim para cá como professora notei uma diferença fenomenal do que havia na Faculdade de Ciências. É mais recente, acho que se investe mais na óptica do aluno. Por exemplo, na Faculdade de Ciências não havia, na altura, horas fixas de atendimento aos alunos.

F E em relação ao uso de suportes nas aulas de matemática, como datashow, powerpoint?
P Eu sou muito melhor a dar aulas de giz e quadro. Penso que há uma maior interacção entre o professor e o aluno se eu escrever no quadro e for dizendo coisas, do que pôr coisas num acetato ou num powerpoint. Sou contra o uso desnecessário de máquinas de calcular, por exemplo.

F Qual é a importância, para quem estuda as análises, das demonstrações, por exemplo?
P As demonstrações que existem na sebenta são só para os mais curiosos, se é que os há, ou para aqueles que tiveram tempo de olhar para aquilo. Às vezes faço demonstrações quando os alunos me perguntam: Professora, porque é que aquilo funciona assim?
F Mas nos exames aparecem sempre demonstrações
P Sim, mas um aluno, em geral, nem lê o enunciado da última pergunta, o que é uma estupidez. Às vezes os exercícios nem têm nada de difícil, só porque é último e tem fama de ser difícil.

F No seu entendimento, o que é necessário para ser professor de Matemática?
P Aquilo que é preciso para se ser professor de qualquer coisa, é ter boa preparação na área, gostar muito do que se faz, e gostar de ensinar, senão não vale a pena.
F Esse é o caso dos professores deste departamento?
P Há de tudo no departamento de matemática, como há de tudo nos outros departamentos. Há os que gostam muito de ensinar, e os que a única forma de fazer investigação é na faculdade porque em Portugal há pouco por onde fugir. É normal que os professores tenham esta dupla face e até é bom, no sentido de que eu tenho que ser investigador e tenho de ser professor. Haverá, por arrasto, algumas desvantagens, como aquelas pessoas que querem fazer investigação, mas não quereriam ensinar, e não têm outro remédio. Nós, os professores, somos avaliados apenas pela investigação que fazemos, independentemente de sermos bom ou maus professores.

F - Nas Análises existem muitos alunos fantasmas, ou seja, alunos inscritos na cadeira mas que não vão às aulas nem às frequências, ou chumbaram por faltas. Porque é que acontece tanto nestas disciplinas?
P Acontece em todas, de certeza absoluta. As estatísticas estão todas disponíveis. Digo-lhe que entre 25 e 30% dos estudantes de análises são fantasmas.
F Estará relacionado com o facto de não serem cadeiras relacionadas com os cursos, de serem cadeiras gerais, os estudantes não têm tanto interesse?
P Vamos lá a ver: para mim não faz sentido nenhum uma aluno vir para uma faculdade de Engenharias ou de Ciências e não gostar de matemática, porque vai, em toda a vida, ter alguma relação com a matemática, mesmo que seja implícita! Não faz sentido nenhum um aluno vir para um curso de engenharia e achar que não vai fazer as matemáticas, ou achar que são desnecessárias. Pode achar um mal necessário, mas que vai ter que fazer. E que não há nenhum progresso em engenharia que não esteja associado a um progresso em matemática. Há sempre um intercâmbio interdisciplinar.

F O ensino de matemática poderia ser diferente conforme o curso a que ela é direccionada?
P É aonde vamos cair nos próximos anos, de certeza absoluta!
F Porque é que ainda não aconteceu?
P Por uma questão de falta de gente daqui, de professores no Departamento de Matemática, para começar, temos vinte e tal pessoas em dispensa de serviço. Pessoas que estão a fazer doutoramento e que, segundo o Estatuto da Carreira Docente, têm direito a isso. Quando eles vierem, teremos mais recursos, e eu penso que nos próximos três anos isso irá acontecer. Mas nós, do Dep. de Matemática, temos feito muitas tentativas para isso acontecer
Há uns anos atrás foram enviados os apontamentos antigos de Análise 1, assinados pelo Prof. Bento (era lógico que fosse ele a tomar a iniciativa), fizemos reuniões com Mecânica, Electrotécnica, Física, não sei se Civil de resto, zero.
F Não há interesse por parte dos outros departamentos, há rivalidades?
P Não sei por que haveria de haver rivalidades
F Em termos financeiros, de recursos
P Há sempre. Isso há sempre, porque, por exemplo, o grosso do nosso trabalho é de serviço a outras licenciaturas, não à matemática. Nós temos muito poucos alunos neste momento, por variadas razões que eu espero que sejam todas passageiras. Porque não é uma questão de alergia à matemática por parte dos alunos de liceu, nem que não queiram fazer coisas relacionadas com a matemática. Há muita ignorância no campo da matemática, no sentido de que os alunos acham que não serve para nada, não gostaram dos professores que tiveram, independentemente de terem queda ou não. Não lhes é desenvolvido o gosto pela matemática.
As rivalidades, entre aspas, podem ter um certo cariz político: nós temos mais recursos, temos muita gente cá dentro; há uns anos atrás gerou-se um mau relacionamento com os outros departamentos, porque o professor que esteve responsável pelo departamento de matemática não era muito sociável e, apesar de já cá não estar, existe ainda essa dificuldade de relacionamento, o departamento continua, por vezes, a ser olhado pelo que foi e não pelo que é.
P Os alunos têm de saber que as coisas exigem esforço. Eu posso aprender com uma brincadeira mas há coisas que não se aprendem sem esforço. O que acontece é que os alunos chegam cá e não sabem uma série de coisas. E depois muita gente diz que eu sou muito exigente porque eles chumbam muito. Mas porque considero que quanto mais baixa a fasquia, pior para os alunos. Não é prestar bom serviço aos alunos baixar a fasquia de dificuldade.

F
Tem-se notado diferenças a nível do sucesso dos alunos com a adopção de diferentes métodos de avaliação. Como explica?
P Em 1998, no 1º ano em que fizemos avaliação contínua em AM2, de 340 alunos passaram 275 uma percentagem espectacular, e alguns até com boas notas. E pronto pensei que tínhamos achado o melhor método. No semestre seguinte os resultados foram completamente diferentes, desceram, e no ano a seguir ainda pior.
F Mas há um estigma sobre as análises matemáticas que desmotiva e de certo modo desresponsabiliza os alunos de passar à primeira.
P Façam um inquérito aos alunos de primeiro ano e perguntem-lhes o que eles já sabem sobre as matemáticas. Eles responderão que não é para fazer à primeira. O que não faz sentido porque tenho vários caloiros que as fazem à primeira. São mais inteligentes que os outros? Não, têm é uma boa capacidade de trabalho que já vinha de trás. Estavam habituados a estudar com um certo ritmo e quando chegaram aqui continuaram com isso. Tinham um método.
F Mas aos alunos que não têm essa capacidade é preciso incuti-la. Essa é uma das funções do professor.
P Vocês têm 18 anos quando entram na faculdade. Votam. É-vos reconhecida a capacidade de decidir o querem fazer com o país. Podem conduzir. Se cometerem algum crime vão para a prisão. São cidadãos exactamente como eu. Têm as mesmas responsabilidades que eu. Não é? E com Bolonha a responsabilidade vai recair ainda mais sobre o aluno: as aulas teóricas só deveriam servir para

F
Em matemática qual é a vantagem de ter aulas práticas e aulas teóricas separadas?
P Para mim, as aulas teóricas são o primeiro partir pedra de uma disciplina. O que acontece é que a maior parte dos alunos que vão às aulas teóricas não querem nem saber. Porque é que eu tenho que mandar calar os alunos umas 30 vezes numa aula de 50 minutos? É ridículo! O ideal seria o aluno ler na véspera das aulas a matéria que se vai dar. E depois, antes de ir para a aula prática, reler a matéria que vai aplicar.

Dividi os alunos de AM2b em dois grupos: os que já fizeram AM1 e os que ainda não fizeram. A única coisa que eu disse aos que ainda não fizeram AM1 é que não podem vir fazer testes, só podem fazer exame final. Porque os que já fizeram AM1 estão muito mais preparados para conseguir num mês encaixar esta matéria do que um aluno que nem sequer sabe derivar.
Os testes servem para eu dizer aos alunos, que eu acho que estão mais preparados para os fazerem, que vão passar.
F Mas isso não é tirar oportunidades a quem mais precisa delas?
P Não, é gerir os recursos que tenho. E dizer aos alunos que não fizeram AM1 que têm, durante o semestre, que se preparar para fazer um exame de AM2 onde lhes vão ser exigidos os conhecimentos todos de AM1.

F
E é lógico um aluno que não fez AM1 estar inscrito em AM2?
P É completamente absurdo!
F Então porque é que isso acontece?
P Acontece porque o Concelho Directivo, há dois anos, decidiu que assim seria. Não há precedências para disciplinas de matemática. Para mim seria muito mais lógico ter a repetição da AM1.
Mas voltando à conversa de à bocado. Pode variar os métodos. Eu já percebi que no ano em que há variação dos métodos de avaliação há uma melhoria nos resultados. Mas passados dois anos volta tudo ao mesmo.

F
Mas não traria resultados mais positivos haver mais momentos de avaliação. Mais testes, fichas, trabalhos para casa, ?
P Se os alunos estudassem mais a sério, se soubessem estudar, porque às vezes nem sabem estudar; se isso acontecesse, metade dos nossos problemas estaria resolvida. Além disso, têm de ser eles a preparar as aulas práticas. Os alunos têm de ir com os exercícios já feitos e com as dúvidas identificadas. E quando há uma dúvida generalizada o professor salta para o quadro e começa a explicar para toda a gente. Porque o ideal é que o professor consiga passar pelos 20 e tal alunos que estão nessas turmas e em grupos pequenos explicar as suas dúvidas.

F
Quais são as dificuldades mais frequentes?
P Por exemplo, uma coisa que a mim me faz imensa impressão: são capazes de calcular uma primitiva agora e daqui por quatro horas já não conseguem. O aleatório do conhecimento de alguns deles é um fenómeno. O conhecimento não ficou retido.
F Decoram?
P Qualquer coisa! Eu precisava de um curso sobre como o ser humano recebe o conhecimento para perceber esse fenómeno. Também acontece um aluno dizer, no início de um exercício, que a é 3 e no final da folha já estar a dizer que a é 2! Nem olha para o início da folha para ver que disse outra coisa.
F Pode ser uma distracção
P Não é distracção, porque isto é muito frequente para ser distracção. Não é sempre a mesma pessoa.
F Mas o raciocínio está válido?
P O que me preocupa não é se o raciocínio está certo. Fez o exercício, disse que o a e o b é não sei o quê, depois entra em total contradição com o que está lá atrás (escrito por ele, nem é por mim) e já não tem a capacidade para dizer que há aqui qualquer coisa que está mal. Estranho, não é?

F
E quanto à sebenta? É a mesma dos últimos anos?
P - É sempre a mesma, a minha. Mas a maior parte dos alunos não lê a sebenta, vêm só os exercícios resolvidos. A sebenta está super renovada. Tem 350 páginas, mais ou menos, das quais 120 são matéria e o resto são exercícios, exercícios que saíram em exame. Isto é o resultado de eu ter perdido as minhas férias da Páscoa no ano passado. E além da sebenta têm os livros todos da bibliografia na biblioteca. Agora, os alunos têm de gastar horas.

F
Qual seria o tempo de estudo necessário por semana para um aluno passe à cadeira?
P Eu diria que por cada hora de aula deviam ter duas horas de estudo. Isso significa estudar 10 horas por semana.
F Portanto 5 horas de aulas mais 10 horas de estudo por semana. E acha isso compatível com as outras disciplinas?
P O que é que vocês sabem sobre Bolonha?
F Pois, isso é outra questão. Está relacionado, mas
P Mas vem já aí para o ano. Por isso é que eu acho que a faculdade não é realista. Eu estou em completo desacordo que se diminuam as horas presenciais. Porque um aluno de 1º ano precisa de estar na faculdade; precisa do contacto com os outros colegas e principalmente com os professores.

F
E o ensino à distância, o chamado e-learnig?
P O ensino à distância é uma tanga. Só faz sentido para um aluno que esteja incapacitado, em casa. Os alunos precisam do acompanhamento do professor e até deviam ter mais. Os alunos é que não gostam de ter alguém a massacrá-los. O primeiro semestre na vida académica de um aluno é o mais importante. Porque se um aluno, mesmo que não faça as disciplinas todas no 1º semestre, conseguir encontrar o seu caminho, a sua vida está mais facilitada. O pior é chegar cá e esparramar-se ao comprido.

F
Os alunos de primeiro ano mereciam então um acompanhamento maior?
P Eu estou há um ano no Concelho Directivo. Já falei deste assunto em todos os tons. É uma das soluções para combater o insucesso dos alunos no primeiro ano. Os alunos vêm do liceu habituados a um regime. Chegam aqui e têm um regime muito mais livre. O entrar na faculdade pode eventualmente ser difícil, mas o estar cá é muito mais. Temos mais liberdade de movimento, menos aulas obrigatórias, não há comissões de pais (Graças a Deus!)
F Menos responsabilidade
P Se um aluno não for sensato, isto é um desastre. Mas também o semestre é mais curto: entram mais tarde e acabam na mesma altura que os mais velhos. Isto não faz sentido. Porque é que o semestre não pode ir mais longe? Alguns professores não querem porque perdem aquela liberdade de movimentos dos exames. Mas nem todas as disciplinas precisam de mais tempo. Mas o professor Jorge Lampreia concorda comigo numa coisa: Eu podia dar AM1 até ao fim de Janeiro sem isso implicar um aumento de matéria, obviamente.
F   Mas isso não seria incompatível com os exames das outras disciplinas?
P Se for instituído que o primeiro ano tem um regime especial, não poderia haver incompatibilidades. Eu podia combinar as datas de exames com cada licenciatura em particular.

F
Talvez Bolonha seja a oportunidade?
P Ah, o paradoxo de Bolonha Querem que vocês ao fim de três anos, o primeiro ciclo, tenham uma licenciatura, que é um bacharelato, mas enfim Mas se vocês repararem pedem-vos que tenham mais disciplinas e disciplinas mais pesadas do que até agora. Mas por outro lado, toda a gente está de acordo que os alunos chegam cada vez mais imaturos, intelectualmente, com menos experiência à faculdade. São muito infantis e querem que ao fim de 3 anos saibam mais coisas do que eventualmente nós sabíamos.
F Bolonha não se adapta à realidade que estamos a viver, é isso?
P O que eu acho é que não há comparação possível entre um aluno português e, por exemplo, um aluno alemão. Não estou a dizer que é mais ou menos inteligente que o outro. O que estou a dizer é que é completamente diferente; são sistemas de ensino diferentes; culturas completamente diferentes. A Inglaterra, e julgo que o resto da Europa, tem 13 anos de pré-universitário. Nós temos 12.
F Mas já se fala em termos um 13º ano.
P Só faz sentido se for pré-universitário, no sentido de ser quase um ano zero da universidade. Foi o que aconteceu há uns anos atrás com o 12º ano. Originalmente tinha apenas três disciplinas, depois converteu-se em mais um do secundário. Acho que isso foi um erro de todo o tamanho que não se devia repetir. Mas o combate ao insucesso não passa de certeza por se baixar o nível de exigência. Não pode passar. Isso é contornar o problema.
F Acha que neste momento que a fasquia é a adequada?
P Acho que sim.

F
Como é que constrói os testes? As perguntas têm todas o mesmo nível de dificuldade?
P Cada pergunta cobre um assunto.
F Pode cobrir um assunto mas ser mais fácil ou mais difícil de resolver do que outra.
P Por exemplo, num exame em que eu peça muitas derivadas parciais, não preciso de as pôr todas muito complicadas. Posso pôr uma complicada e depois as outras serem muito fáceis. Porque é naquele exercício que eu quero ver se o aluno sabe derivar e nas outras eu quero ver se ele sabe o teorema da função inversa, por exemplo. Depois de fazer o exame dou-o aos professores das teóricas para eles verem o que acham e peço a um professor das práticas, em geral um que tenha pouca experiência que esteja a dar a disciplina pela primeira vez para o resolver. Esse professor discute então comigo o exame e umas vezes eu concordo com o que ele diz outras vezes não concordo.
F Já experimentou a maneira de fazer os exames? Não poderá isso estar relacionado com algum do insucesso?
P   Se eu mudar este tipo de exame, os alunos caem-me em cima!
F   Mas acha que este modelo de exames é o ideal para avaliar os alunos?
P   Para avaliar a matéria que eu dou eu até acho que está muito bom.
F   Mas para avaliar aquilo que os alunos realmente sabem?
P São perguntas directas. Dei o teorema da função inversa, agora aplique o teorema. Depois tenho que ver o que eles escrevem, por isso é que eu sou tão exigente a nível das justificações. Eu quero que eles construam um discurso coerente com aquela matéria. Não quero que eles cheguem ao exame e me atirem o exercício resolvido. Os alunos têm de ter um discurso coerente. Não podem saber receitas.
Mas o que eu queria dizer-vos há pouco é o seguinte: muitos alunos conseguem chegar ao 5º ano sem fazer as análises. Por exemplo, no outro dia alguém me dizia: Eu tenho o curso quase acabado e ainda não fiz Análise Matemática 2. Para que é que me serve a matemática?. E eu respondi: Que porcaria de engenharias são estas em que um aluno consegue chegar ao 5º ano sem ter feito as análises?

Nota: Esta é a transcrição de uma entrevista de 5 horas com a Professora Ana Sá, existe um registo de audio de duas dessas cinco horas, que oportunamente será colocado online.
 

F

Festa do Caloiro 2005/06

por Factus FCT - terça-feira, 17 de outubro de 2006 às 22:44
 
Tendo já passado algumas semanas sobre os tristes incidentes que ocorreram durante a Festa do Caloiro 2005/06, e considerando que o que sucedeu foi algo que abalou muitos estudantes, não só pela brutalidade dos eventos, como por algumas inconsistências, verificadas tanto por parte da Organização como por parte da Guarda Nacional Republicana.
Como já é sobejamente conhecido, nessa noite, desde bastante cedo na noite diga-se, que a G.N.R., na sua vertente Pelotão de Intervenção Rápida, estava estacionada dentro das instalações da Faculdade de Ciências e Tecnologia, coisa que ao abrigo do principio da autonomia universitária, um dos direitos conquistados com o 25 Abril, é altamente irregular, já que para tal, é necessário autorização expressa por parte das autoridades académicas, como também já é sabido, a reitoria da Universidade Nova de Lisboa, na pessoa do Reitor Leopoldo Guimarães, seria efectivamente a única pessoa a ter o nível de autoridade para autorizar a entrada da G.N.R. na F.C.T., na indisponibilidade do reitor, poderia eventualmente assumir tal autoridade alguém da direcção da faculdade, no caso, o Prof. Doutor A. M. Nuno Santos, no entanto tal autorização nunca foi dada, como tal a G.N.R. agiu ignorando os princípios que se dispuseram a cumprir, seguir e fazer cumprir a lei.
O motivo que a G.N.R. deu para estar de prontidão na F.C.T. foram alegadas queixas de moradores da zona relativamente ao ruído, como é compreensível uma festa na qual participam para cima de 2000 pessoas, com animação vária, gera ruído.
A base legal que a G.N.R. utilizou para a acção foi segundo os dispostos no art.º 10º, alienea 2ª, do D.L. 292/2000 que rege o Regime Legal Sobre a Poluição Sonora:
"2 - Sempre que o ruído for produzido no período nocturno, as autoridades policiais ordenam à pessoa ou pessoas que estiverem na sua origem a adopção das medidas adequadas para fazer cessar, de imediato, a incomodidade do ruído produzido."
Segundo as declarações da A.E. as indicações dadas pela G.N.R. foram acatadas por parte da Organização, ficando assim cumprido o que está disposto no artigo referido, não havendo por isso motivo para o prolongamento da permanência da G.N.R. no campus da F.C.T., isto aconteceu às 04:00, no entanto o que originou a intervenção enérgica da G.N.R., foram desacatos por parte de alguns alunos, cerca das 05:00, ora esta intervenção, findo o motivo para a permanência da G.N.R. no local, é altamente irregular para não dizer ilegal.
No entanto, isto tudo levanta uma questão, a organização do evento, a A.E. tinha ou não tinha a Licença de Ruído?
Segundo o mesmo o mesmo D.L., nos dispostos do art.º 9º, alienea 2ª:
"2 - O exercício das actividades referidas no número anterior pode ser autorizado durante o período nocturno e aos sábados, domingos e feriados, mediante licença especial de ruído a conceder, em casos devidamente justificados, pela câmara municipal ou pelo governador civil, quando este for a entidade competente para licenciar a actividade."
[relativamente a Actividades ruidosas temporárias]
Custa a crer que a presente associação de estudantes, que já é rodada na organização de Festas do Caloiro, não tenha conhecimento da necessidade de autorizações de ruído.
Fora essa questão mínima, que poderia ter poupado toda este situação incómoda, não existe falha apontar à organização, já que a Festa do Caloiro, decorreu como seria de esperar para um evento desta envergadura, ou seja, sem problemas de maior, isto obviamente excluindo algumas situações esporádicas e prontamente resolvidas no bom espírito académico.
Pena no entanto que o mesmo espírito académico, leve a algumas situações menos boas, como por exemplo o que aconteceu no decorrer do Rally das Tascas, mas pronto, isso é de responsabilidade individual e cada um sabe do que faz.

Convem informar que a Reitoria da Universidade Nova de Lisboa e a Faculdade de Ciências e Tecnologia, já terá apresentado uma queixa contra a actuação da G.N.R. na passada quarta-feira dia 12 de Outubro, como tal esta situação está a ter o encaminhamento, para se poder chamar à responsabilidade a quem de respeito.

Para terminar, esperemos que esta situação não se repita, já que não abona a favor do bom nome da Faculdade de Ciências e Tecnologia, nem tão pouco a favor das partes envolvidas, quaisquer que sejam as culpas envolvidas.

GNR
[ uma foto de um estudante, em que se vê claramente as forças da G.N.R. dentro da F.C.T.]

Comunicado da Associação de Estudantes da F.C.T.:

Para evitar mais especulações, a AEFCT / UNL, após mover as diligências que considera necessárias, sente a necessidade de explicar a sua versão dos insólitos e trágicos acontecimentos na Festa do Caloiro da FCT 2005. O comunicado que se segue reporta, com factos documentados por relatos fidedignos, câmaras de segurança e relatórios da situação envolvida.
A Festa do Caloiro da FCT realiza-se há mais de 10 anos, sem problemas, sem desordem pública e SEM UMA ÚNICA QUEIXA DE RUÍDO. FACTO.
A GNR entrou no campus cerca das 23h50 de Sexta-feira, alegando "estar em serviço", e foi dar uma vistoria à festa. FACTO
Cerca da 1h00 de Sábado, começam a solicitar a presença de um elemento responsável pela organização. FACTO.
Cerca das 2h10 de Sábado, chegam à fala comigo, João Pina - Presidente da AEFCT. Nessa altura já uma carrinha do Corpo de Intervenção Rápida se encontrava no local. Um elemento da GNR fardado e um elemento da Unidade de Intervenção falaram comigo e solicitaram a Licença de Ruído para a referida festa. Nessa altura comuniquei que, quem trata dessas licenças é a funcionária da AEFCT e que nesse momento não tínhamos conhecimento de que licenças tínhamos nem onde se encontravam. Mostrei toda a disponibilidade para ir no dia seguinte ao posto da GNR para prestar declarações e esclarecimentos e que, no caso de estarmos a incorrer em alguma contra-ordenação, que a AEFCT se responsabilizaria pelas mesmas. FACTO.
Nenhum destes argumentos foi compreendido, responderam-me que a festa não estava autorizada, pois para o mesmo acontecer a GNR teria que estar no local em regime de gratificado e ter dado parecer prévio, pelo que a festa iria mesmo ACABAR naquele instante. Eu questionei-os perguntando o que poderia ser feito para impedir que a festa acabasse. Responderam-me um seco "NADA!". FACTO
Fui identificado e comunicaram-me que, como responsável pela organização tinha 15 minutos para acabar com a festa e EVACUAR todas as pessoas presentes no recinto. Eu afirmei que não possuía condições físicas ou logísticas para acabar com a festa e evacuar cerca de 5 mil pessoas. Responderam-me que os guardas voltariam ao fim de 15 minutos e que se a festa não tivesse acabada até aí, eu seria o responsável pelo que aconteceria a seguir. FACTO
Após cerca de 20 minutos, cerca das 2h30, a GNR voltou, com mais uma carrinha adicional da Unidade de Intervenção. Nessa altura entrou no campus o Comandante da Divisão de Almada do Corpo de Intervenção (penso que é este o cargo), a querer falar também com o responsável da organização. No local referiu que "a licença tinha de ser apresentada e não foi, eu sou aluno da Faculdade, sei que esta semana tem sido uma bandalheira, e por isso a festa ia mesmo acabar, de qualquer forma". Nessa altura apresentámos como proposta a possibilidade do som ser reduzido e mandámos logo desligar o som da Tenda Chill-Out, para reduzir o impacto sonoro exterior. FACTO.
A conversa arrastou-se pelas 3h00 adentro, responderam que nada dessas coisas iria impedir o fim da festa e que nos dava até às 4h00 para acabarmos com o som. Eu questionei-o acerca da evacuação das pessoas após o fim do som às 4 da manhã, ao que ele respondeu "Desde que acabem com o som e abram as grades, o pessoal vai saindo naturalmente e o que me interessa é que não haja som. Podem ficar por aí e ir saindo normalmente". FACTO
Esta posição teve a nossa concordância, para evitar mais conflitos, e às 4h00 EM PONTO, o som foi cortado em todas as pistas. As grades foram abertas e o pessoal foi saindo. Eu comuniquei ao pessoal dos bares que podia continuar a servir por mais algum tempo pois já não havia barulho. FACTO
Cerca das 5h00 da manhã, começaram alguns desacatos dentro do recinto da festa e o Corpo de Intervenção Rápida carregou sobre todos os alunos indiscriminadamente. O espectáculo que se seguiu é conhecido de todos.

Algumas questões e afirmações se colocam acerca daquela noite:

*  Ninguém chamou a GNR ao campus nem a mesma foi autorizada a entrar no mesmo. As declarações da GNR de que "não precisa de autorização para entrar no campus" carece ainda de confirmação legal. O nosso Reitor afirma que precisa.
*  Se a GNR entrou no campus para acabar com a festa, qual a necessidade da presença do Corpo de Intervenção? O mesmo chegou ANTES de falarem com organização, de verem as licenças e aferirem qual o nosso grau de colaboração. Bastava virem dois guardas e desligarem o som.
*  Se ás 4h00 em ponto o som foi desligado, porque é que o Corpo de Intervenção se manteve no local após essa hora? O som estava desligado, um ajuntamento de estudantes dentro da faculdade não é ilegal mesmo àquela hora da noite e bastava que ficassem dois guardas no local para garantir que o som não voltava a ser ligado
*  "Troca de mimos", desacatos menores e umas brigas são uma coisa natural em qualquer festa, de estudantes ou não, os quais costumam ser resolvidos imediatamente. NENHUM DESACATO JUSTIFICA UMA CARGA POLICIAL INDISCRIMINADA SOBRE TODOS OS ESTUDANTES. A GNR encontra-se obrigada por uma missão preventiva-pedagógica onde o seu objectivo deve ser evitar conflitos e não intensificá-los.
*  Ao contrário do que a GNR alega, e vinculado em órgãos de comunicação social, a mesma não entrou no campus para pôr fim a desacatos mas sim para discutir licenças. Unidade de Intervenção Rápida PORQUÊ ??

A AEFCT tem sido contactada no sentido de se fazerem abaixo-assinados, manifestações, Assembleias Gerais de Alunos, etc. Cabe-nos informar que estas iniciativas servem para criar pressões sobre que deve ser informado e agir neste caso: a Direcção da FCT, a Reitoria e o Ministério da Administração Interna. A AEFCT está a mover as diligências necessárias, os inquéritos já foram abertos e os testemunhos estão a ser recolhidos, bem como os relatórios de todas as entidades envolvidas. APELA-SE Á SERENIDADE DE TODOS OS ENVOLVIDOS E ESTUDANTES DA FCT. ESTAMOS A FAZER TUDO O QUE ESTÁ AO NOSSO ALCANCE e não serão, por enquanto, necessárias outros tipos de mobilização.

A legislação acerca do ruído é dúbia. Sempre nos informaram que para cada festa apenas tínhamos que informar a Câmara Municipal de Almada e a Direcção da FCT, por nos encontramos num espaço universitário. A jurista da AEFCT está a pesquisar toda a legislação acerca do licenciamento de festas dentro de espaços universitários, se é que existe. De qualquer forma, uma contra-ordenação seria preferível à pancadaria.

A AEFCT considera que a presença da GNR, nomeadamente do Corpo de Intervenção, e a sua actuação, como invasão abusiva, prepotência, carga policial injustificada com violência gratuita contra estudantes universitários. Iremos até onde for preciso para apurar a responsabilidade e ultimar os culpados.

Fica por explicar a necessidade da presença de um contingente tão excessivo para a matéria em questão. A AEFCT não acredita em bruxas mas .........

Para algum esclarecimento adicional, não hesitem em contactar a AEFCT.

Saudações Académicas do

João Pina - Presidente da AEFCT

Link: Decreto-Lei n.º 292/2000 de 14-11-2000
 

G

GAIA - Grupo de Acção e de Intervenção Ambiental

por Factus FCT - segunda-feira, 20 de novembro de 2006 às 21:04
 
GAIA

GAIAtos apostam na FCT
O GAIA (Grupo de Acção e de Intervenção Ambiental) nasceu na FCT como núcleo sendo agora uma ONGA sediada no gabinete 120 do Ed. Dep. da FCT com mais um núcleo no Porto. 
Encontra-se de momento, após uma fase de redução de pessoal, a recuperar forças e com novos projectos na calha. 
Para a FCT surgiu o Projecto GAIA FCT, inserido num grupo de trabalho este projecto visa informar e sensibilizar FCTenses para a falta de sustentabilidade existente no modo de viver actual, actuando especificamente no Campus da FCT procura-se um campus mais sociável, debativo e em última análise sustentável.
De momento existem já ideias de alguns trabalhos a levar à prática, após a distribuição das ECOBOX(recipientes que se encontram nos átrios dos edifícios da FCT com o fim de recolher tinteiros ou Tooners para serem reciclados) surge a ideia de levar a separação do lixo ás unidades de restauração da FCT , de modo a  que possa ser praticada tanto pelos utentes como pelos gerentes desses estabelecimento.
Após o workshop de Didgeridoos ocorrido no último semestre, procura-se continuar a levar a cabo workshops de transmissão de conhecimento.
Não esperes mais pelo final do curso para começar a actuar no mundo para além da tua forma de viver, diverte-te e entretém-te com projectos que mudam as coisas ao teu redor trabalhando assim na FCT por dois caminhos que te darão um melhor futuro
Passa junto ao Gabinete do GAIA e informa-te junto ao placard ou com o pessoal que estiver no Gab, fica atento a futuros eventos decorados com o logótipo do planeta verde (GAIA). Se já tiveres ideias e só precisas de melhores condições e de pessoas para as pores em prática m_tavares@netcabo.pt
Este projecto é para quem está cansado do ciclo vicioso de aguardar que as coisas mudem em vez de as mudar por si só, o que se oferece é a possibilidade de o fazer acompanhada é muito melhor.


contacto: Miguel Tavares
site: http://gaia.org.pt/ Site
email: m_tavares@netcabo.pt
morada:
GAIA Grupo de Acção e Intervenção Ambiental
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Gab. 120 Ed. Departamental
Monte de Caparica 2829-516
 


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