Como aluna de Engenharia do Ambiente, fiquei bastante contente por saber que a faculdade, particularmente um grupo de professores do Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente, desenvolve um sistema de gestão ambiental designado por Campus Verde. O projecto foi apresentado na Jortec 2007 e a certificação ambiental, segundo disseram, está para breve.
Até aqui, tudo bem.
Mas como nem sempre tudo é bom, venho expor uma situação que me desagradou.
No final do semestre passado, numa das tantas tardes em que me dirijo com um grupo de colegas ao bar do Departamental (da D. Lídia Quaresma), deparei-me com uma situação um tanto ou quanto caricata.
Para quem não reparou, à entrada encontra-se um ecoponto com três recipientes distintos (para embalagens, papel e cartão e vidro). Até aqui continua tudo bem, porque de facto é importante reciclar, já todos o sabemos, e já que se prepara a implementação de um sistema de gestão ambiental no campus, pode dizer-se que o trabalho está adiantado.
Qual não é o meu espanto, quando ao final do dia, já na fase das limpezas e arrumações, o senhor retira os sacos do lixo destes contentores e os junta no contentor verde destinado aos lixos indiferenciados, que é posteriormente recolhido pelos serviços municipalizados com destino a aterro.
Confrontado com a situação por uma colega minha, que o interrogou se aqueles sacos não seriam para reciclagem, o senhor não se designou a responder e preferiu ignorá-la.
Agora resta questionar acerca disto para que é que lá estão os contentores para reciclagem? É porque têm umas cores bonitas e dão vida ali ao bar? Que realidade será afinal o sistema de gestão ambiental e como será implantado o Campus Verde? Andam uns a trabalhar para outros desfazerem por trás?
Resta saber quem responsável poderá alterar esta situação e esclarecê-la junto dos autores, já que os estudantes não são ouvidos.
Saudações Ambientais,
Filipa Joaquim.